terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um pouco de tudo, um pouco de mim e um pouco dos outros

Tanta coisa acontece, tanta coisa pra contar que acaba não sendo contada. Tanta coisa que eu queria documentada e acabo deixando a cargo da minha memória, que é bem seletiva (se pelo menos eu pudesse escolher o que quero lembrar!). Culpo a minha ansiedade. Mas deixando as culpas de lado, deixa eu fazer um brevíssimo resumo do que tem acontecido em terras estrangeiras, enquanto divido o mesmo teto com os Bullock-Chan.

Fui à NYC por um final de semana! Sim, 48 hs contadas na Big Apple. Pouquíssimo tempo, eu sei, mas consegui fazer praticamente tudo que queria. Não tinha outra opção. Na verdade tinha, mas como não cogitei a possibilidade, perdi a oportunidade. Pelo menos agora já aprendi que perguntar não machuca, rs. Amei tuuudo. A cidade, a companhia, as pessoas, os parques e o metrô em cada esquina. Pra minha felicidade completa o tempo também cooperou e nem hospedagem eu precisei pagar. Isso por conta de uma conversa entre a mãe de Sandra e a irmã da mesma (que mora em NYC) alguns dias antes. Coincidência ou não, Bullock #2 estaria fora durante aquele final de semana específico, portanto cederia seu apto para a minha pessoa com o maior prazer. Morri por umas horinhas. Feliz demais da conta que eu fiquei. Qualquer dinheirinho que a gente possa economizar é lucro, não é mesmo? Foram dois dias maravilhosos, ponto. Gostaria de voltar com menos pressa.

Fui assistir Bebel Gilberto e Seu Jorge no Hollywood Bowl!!! Esse foi épico. Mermão, o negão manda muito bem. Seio Jorge, de acordo com o host :X É bizarro estar em um lugar em terra estrangeira, cercada de nativos e ver a main atraction falando o seu idioma. Meio surreal. Um surreal bom. Fiquei um pouquinho-inho impressionada com Bebel Gilberto. Ainda não sei dizer se de forma positiva ou negativa. Mas que ela força uma barra tentando ser sexy, aaaah ela força. Além de falar sussurrando (literalmente - sem exagero), solta uns gemidos meio fora de hora (!) Bateu uma vergonha alheia. Mas deixa quieto, de repente foi só eu que achei estranho.

Teve a festa de aniversário do Carlos em Huntington Beach. Nunca tinha descido pra aquela área e fui fazer isso a noite. Praticamente pedi pra me perder, né. Aí vou e ligo pra festa, pra ver se alguém consegue me passar as coordenadas, e me passam o telefone pra aquele que NÃO mora lá e sabe menos que eu da área. Valeu mesmo (Y) Fui obrigada a parar num posto de gasolina, comprar um mapa e me encontrar eu mesmo. ODEIO me perder. ODEIO!

Tiveram muitos cinemas também. Camilla e eu estavamos indo ao cinema todo final de semana, as vezes duas vezes por weekend. Vício mesmo. Vimos muitos filmes.

Teve também Drum Circle na praia em Hermosa que foi ótimo. Me deu vontade de ser voluntária lá. É uma energia muito boa, e um trabalho muito legal que eles fazem. Quero ver se volto lá mais vezes.

Nesse Fall decidi estudar Creative Writing. Eu já tinha feito pronunciation, e agora queria aumentar o meu vocabulário. Pensei em writing porque além de me obrigar a ler mais, eu quase não gosto de escrever, né :P Achei que ia ser interessante, e foi, só que foi voltado pra ficção e eu sou péssima nisso. Meu negócio é escrever sobre o que eu vivo ou relatar acontecimentos. Ficção pra mim é muito difícil. Já tentei, mas meus personagens acabam tendo sempre a mesma personlidade, parecendo a mesma pessoa. Em inglês então, foi trabalho dobrado. Definitely a challenge, mas valeu muito a pena. Foram apenas 6 semanas, mas só pelo fato de eu estar de volta a aquele campus maravilhoso que é o campus da UCLA, já estava bom. E estar numa sala onde só eu não tinha o inglês como primeira língua, também foi bem interessante. Terminei o curso com a mufa queimada e um A bonito A no currículo :) Minha piece final foi sobre quem? Quem acertar ganha um pote de Ben & Jerry's sabor Americone Dream!

Outubro teve aniversário da Marcela e jogo de futebol americano. Meu primeiro jogo de futebol americano :') Confesso que emocionei. Caiu lagriminha quando vi as cheerleaders fazendo a dancinha delas. Depois de 1 ano e 2 meses caiu a ficha de que eu finalmente estava nos EUA. E pra completar era um homecoming game! O time voltando a casa. Teve até desfile e "premiação". Chorei, gente. Hahaha. Foi muuuuito bom! Só não consegui entender pq depois que elas fazem lá a dancinha delas, todas, sem exceção, ficam jogando a perna pra cima e depois dá tchauzinho. Tipo ??? É pra dizer que é flexível? Se alguém souber, favor dividir.

Fui ao Manhattan Beach Fair pela segunda vez. Nesse dia eu chorei MESMO. Fui ano passado, e agora quando teve de novo não deu pra evitar. Passou todo um flashback na minha cabeça. Passei o dia todo sozinha, rodando igual peru naquela feira e curtindo as bandas-família que tocavam, só eu e eu mesma. Tocaram todassssss as músicas velhas que eu gostava. Achei que estavam secretamente tocando pra mim, rs. Até Signed, Sealed, Delivered do Stevie Wonder eles tocaram. Choreeei igual uma idiota enquanto comia um cachorro-quente do lado do palco. Eu juro que nasci no lugar errado (mamita, não se ofenda! <3)

E o Halloween? Ah, o Halloween. As meninas aqui decidiram que o programão do Halloween seria assistir ao filme Halloween (1978) num cemitério. Talk about spooky O.O Gente, sério. Não sou fan mesmo desses lugares. Quem me conhece sabe que eu acredito que a vida não acaba quando a gente morre, consequentemente eu acredito em espíritos, e nenhum lugar poderia ter a maior concentração de espíritos desencarnados, por motivos diversos, do que um cemitério. Gota total. O argumento que era usado toda vez que eu tocava no assunto era de que esse não era um cemitério normal. Era o Hollywood Forever (sente o nome), onde apenas celebridades eram enterradas (!). E eu lá faço distinção de espírito? Morreu, morreu. Não leva fama, dinheiro, roupa, nada. Só o que tá dentro do coração. Perigoso, né? Celebridades podem ter o coração tão pesado quanto qualquer um. Enfim, eu acabei indo -.-' Fui pq de lá íriamos pra West Hollywood, pra Carnival Parade, e eu não estava a fim de dirigir. Camilla me deu aquela carona básica e dormimos na Michelle. Para o meu alívio, o filme não foi tão assutador (LOL) e eu não me senti tão mal quanto esperava no cemitério. Confesso que rezei. Meu primeiro Halloween eu passei em casa dando doces com as crianças. Esse eu comemorei "como gente grande". Foi bem divertido. Fecho o parágrafo dizendo que esse foi o dia que eu descobri que West Hollywood é um bairro gay-zaço.

Fui também a Santa Bárbara com a minha host-família. Foi muito divertido! O motivo da viagem? Tentar ver o lançamento de uma foguete (? essa palavra tá me soando estranha - rocket, galera) na base aérea de Vandenberg. Foi tudo lindo. Ficamos num hotel super gostosinho, cama gostosa, nadamos na piscina, nos divertimos...mas não vimos o tal foguete. Essa base é tida como o melhor ou o pir lugar pra ver os lançamentos, porque quando fica com neblina, é neblina MESMO. Pra vc ter uma noçao, no video oficial da NASA vc mal pode ver, LMAO. Imagina a gente longe! Mas deu pra ouvir e sentir a parada decolando. Foi siniiistro. Jack se amarra nessas coisas. Sabe de tudo, ta por dentro de tudo que envolve espaço. Trabalha na área, e só não foi astronauta pq ele usa óculos (não quando ele luta nos filmes! ;). Regra ridícula, né? Certeza que ele já estaria em algum lugar do espaço se não fosse isso. Eu aprendi a amar essas coisas com eles. Eu lembro que antes de vir pra cá, aconteceu alguma coisa em Marte e eu recebi um e-mail deles falando que tinham feito martian rock cookies pra comemorar, HAHAHAHA. Pensei logo "essa é a minha família" :) Pro seu governo, fizemos Obama cookis também pra comemorar quando ele ganhou as eleições. Bons!!! LOL

A estação espacial também passou por aqui num horário consideravel, o que significaria que estaríamos acordados pra ver. A primeira opção seria assistir do telhado do vizinho, mas tava muito foggy. No dia seguinte tentamos de novo. Pegamos o carro, fomos todos jantar perto do local "ideal". Ainda sim estava foggy, então alguns minutos antes saímos com o carro do restaurante e começamos a procurar um local onde estivesse menos foggy. Uns vizinhos nossos estavam fazendo a mesma coisa. Estavamos em três carros. A maior expectativa!!! Nisso, toda hora o celular de Sandra tocando e eu atentendo. Eram os vizinhos dizendo pra gente onde estavam e se tinham achado um lugar "bom". Já na hora do negócio passar no céu, o telefone tocou de novo. A vizinha gritando "Olha pro céu! Olha pro céu! Tá bem em cima!". Minha host dirigindo e eu de co-pilota, as duas olhando pra cima feito doida e eu tentando ligar pra Jack, coitado, que só viu um pontinho pequenininho. Quando eu vi tava grande! E se estivessemos usando os binóculos, o que era o plano, poderiamos ter visto que na verdade o formato era retangular, e não um simples ponto no céu. Ele ficou super com inveja do nosso vizinho. Deu pena pq ele que avisou todo mundo disso, ele que ama essas coisas e não conseguiu ver. Enfim, essa é parte da minha vida aqui, rs. Vou sentir falta...

E bom, semana passada tiveram os shows do Hanson *olhinhos brilhando*. Nothing puts me in a better mood than Hanson music! Foram 3 shows e 1 evento pra membros. Quase morri aqui e ali, perdi mais uns pounds, mas sobrevivi. Foi ma-ra-vi-lho-so, as usual <3 Pra quem é fan e tá lendo isso aqui, eu sinceramente espero que eles voltem logo ao Brasil. Tentando eles estão, e eles não cansam de repetir isso. O negócio é torcer pra dar tudo certo ano que vem! Sei não, hein, mas acho que esse cd que tá vindo aí vai ser o melhor deles. Amo MUITO, no matter what.

Acho que tá bom, né? Acho que escrevi pra mais de uma semana, rs. Mas vou sumir por mais de uma semana. Vou ficar sem acesso a internet por uns 10 dias, mas por uma boa causa. Volto com notícias :)


[ ♥ ]
p.s. Parabéns Isaac Hanson! (só pra não perder o costume - são a única banda/cantor que eu me importo de lembrar o aniverário)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Soco no estômago

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso — nunca se sabe qual é o defeito que susten­ta nosso edifício inteiro." - Clarice Lispector


Puuuuuuta que pariu. Essa sabia do que tava falando!


(meus títulos tão os mais criativos......tsc)

domingo, 15 de novembro de 2009

Edited

Meu personal rant foi editado pq ninguém merece vcs ficarem lendo reclamação, não é mesmo? Ainda mais reclamando dos outros. Eu não posso mudar ninguém, e as pessoas tem o direito de ser como quiserem. Afinal, vivemos num mundo livre (ou não). Um dia eu aprendo a não levar isso tão a sério. E essa foi a minha experiência com a pessoa. O que eu vi e vivi, mas pode ser que seja totalmente diferente com os outros. E nem engraçado o texto estava.

Enfim, quem não leu, sorte. Quem leu, foi mal aê!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O MUNDO É UM OVO!



Não sei se isso é bom ou ruim.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Simplifique já!

Tipo, eu bem quero, mas se tem uma missão quase impossível na minha vida, está é a de simplificar o meu dia-a-dia. Sendo eu a procrastinator mor, fica difícil não deixar TUDO pra daqui-a-pouco e não acumular tarefas, fazendo com que meu tempo free que já não é muito se reduza a nenhum. Conclusão, não há amizade que resista. Só tendo amigos MUITO pacientes. Haja paciência.

*suspiro*

E lá vou eu passar mais uma noite em branco terminando meu assignment pra aula de amanhã. "Por que eu não fiz isso antes?" <--- meu pensamento característico.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Re: Preguiçosa e fútil!

Joyce,

Não uso skype e as vezes esqueço que tenho msn. Então me manda um e-mail :) Clica na bonequinha aqui do lado direito sacudindo uma cartinha, rs.

sábado, 17 de outubro de 2009

Preguiçosa e fútil!




Quero um igualzinho! (L)
(clique na foto pra ver melhor)

[ from The Sartorialist ]

domingo, 11 de outubro de 2009

In disguise


Fui com uma amiga hj numa loja de fantasias, procurar um bom disfarce pro Halloween. Eis que volto pra casa com isso, e somente isso. Muito últil! Na verdade eu sempre quis um negócio desse, rs.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Updatiando

Mais um ano escolar se inicia.

Pocahontas voltou a escola uma semana antes de Bob. Com menos expectativas do que o ano passado, ela parece ter gostado da professora nova. Eu devo admitir que gosto mais da anterior, rs. Anos mais de experiência, cara de mãe, carinho e autoridade na medida certa. Os amiguinhos ela conhece todos, inclusive a melhor amiga este ano está na salinha dela.

Bob, por sua vez, estranhou a sala nova e as professoras novas. Os primeiros dias foram dramáticos. Parecia que estávamos deixando ele pra sempre. Um desespeeero só. Agarrou no meu pescoço de tal maneira que parecia que estavam levando ele pra forca, quando na verdade (obviamente) a professora só queria colocar ele na cadeirinha pra comer uns snacks e ouvir histórias de bichos (como se não fosse suficiente as que ele escuta em casa. Tá na fase dinossauro agora "cadê o meu velociraptor?"). A ida foi assim por 2 dias, até que essa semana ele decidiu que não precisava mais chorar. Pronto. Chega lá, na dele, senta. Eu faço uma atividade com ele, ganho 4 beijos (número exato que ele falou quando contou pros pais como ele fez), abraço e tchau. Hoje fui buscar ele, parecia animado. Entrou no carro, e enquanto eu ligava a chave ele dizia que agora ele não precisava mais fazer o que fez nos dois primeiros dias, pois agora ele gostava de escola. Bom saber, rs. Bom saber mesmo. Era tão ruim deixar ele lá "a força". Três vezes na semana ele vai lá socializar com as outras crianças. Acho ótimo, pq acho que ele passa muito tempo com adultos, inclusive as vezes eu acho que ele prefere brincar comigo do que com os outros gnomos da idade dele. Acho não, é quase uma certeza. E isso na minha opinião não é muito legal.

Enquanto ele estava na escola, eu fui dar uma de produtiva. Arrumei a bagunça aqui (o que não inclui meu quarto), coloquei laudry pra fazer e fui depositar um cheque e colocar no correio as chaves do apto da irmã de Bullock. Chegando aqui, comi uma torrada mais que correndo, e fui buscar o "anjo" na escola. Cheguei aqui e fui buscar o outro "anjo". A tarde correu tranquila entre snacks, arrumação de armário e brincadeiras.

Foi um dia tranquilo, graças a Deus. Não sei se pq estou mudando a maneira de encarar a minha vida aqui ou se pq foi realmente tranquilo.

*tô viciada em Masterswarm do Andrew Bird, que veio num desses cds que a Starbucks lança vez ou outra com músicas de cantores não muito conhecidos. Eles chamam de 'fresh sounds handpicked by Starbucks'. Demora, mas "cresce" na gente. No momento eu só escuto esse cd, e essa música fica no meu ouvido o dia todo. Embora a letra seja bem complexa e eu cismar que ela fala de amor quando escuto, ela não tem nada a ver com isso. Pena, rs.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Just for the record

Quando eu tiver meu cantinho, Ray Lamontagne tocará o dia inteiro. Soundtrack de mi vida! <3

O cara tá fazendo um show aqui em L.A. em Novembro! Na verdade mais de um, mas como o primeiro esgotou em menos de um dia, abriram uma nova data. O problema é que é muito perto do Thanksgiving e os Bullock-Chan vão viajar que eu sei. Mó medo de comprar e não poder ir. Mas ainda tá lá, aberto. Ainda tem ingresso. Deve ser um sinal O.o

Aiiiiiiii... *nervosinho*

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ontem e hoje

Tenho andado tão rabugenta ultimamente...não vou dizer desde quando pq senão vou assustar quem passar por aqui, mas caraca, o que que tá acontecendo comigo? Tudo bem que final de semana eu ponho o pé fora de casa e o humor muda da água pro vinho. Tô sempre rindo, falando besteira(se não falasse não seria eu eu, claro) e having the time of my life. Mas aí o domingo a noite chega, e cá fico eu com meus pensamentos de novo, minhas divagações sobre a vida e sobre o futuro que não chegam a lugar nenhum, e outras tantas besteiras.

Minha mãe constantemente me pergunta "mas não era isso que vc queria? Viver nos EUA por um ano?". Sim, mamita, era isso mesmo que eu queria. Queria muito ser au pair mesmo, brincar e rolar com as crianças aqui, até pq eu tenho muito delas dentro de mim. No início era uma diversão só. Quando cheguei aqui, eu brincava de tudo, as idéias partiam sempre de mim, de navio pirata à princesa presa no castelo. Me fantasiava, criava fantasias, me pintava, pintava eles, fazia mil art-projects e etc. Life was good. Queria até mudar de carreira e ser professora infantil.

Mas depois de um tempo vc cansa de ser criança, pq afinal, vc não é mais uma e seus interesses são outros. É bom por um tempo, mas passa. Depois de um tempo vc começa a querer mais, ou melhor, a querer a vida que vc tinha de volta. Claro que não exatamente a mesma, mas a sua vida própria. Seu apto, seu direito de ir e vir quando quiser, seu trabalho de gente grande, seu estudo. Conversar e brincar com crianças por 9 hs seguidas não é mais tão excitante. As gracinhas que eles fazem já não são tão engraçadas pra vc, e os planos de trabalhar com menores de 12 anos se torna absurdo. Ser mãe? Nah, melhor ter um cachorro.

Essa vida aqui é um intensivão motherhood total. Não é que eu tenha deixado de gostar de criança, mas acho que isso acontece com a maioria das meninas, a gente passa a ver como trabalho (o que é triste). Na rua eu atraio criança. Acho elas lindas, queria que meus olhos tirassem fotos dos sorrisos e das cenas que eu vejo, mas quando chega muito perto e quer brincar, já vem aquele pensamento de "opa! op! tô off!". Acho que tira o "encanto", sabe? Ser mãe é coisa séria! Seja Au Pair que vc poderá ver de perto, temporariamente, como que é realmente ter filhos. Não tem como brincar, curtir e depois guardar pra brincar quando tiver vontade de novo. É um ser, vivo, que precisa mais do que ninguém da sua atenção, do seu carinho, amor e dedicação.

Todo dia eu agora visualizo o que eu poderia estar fazendo enquanto tenho que estar ali de quatro fingindo ser um urso polar ou dando mamadeira pra boneca. Viver desse jeito não está me fazendo muito bem MESMO. Eu AMO a minha família aqui, com todos os defeitos que eles tem. Não estou aqui por acaso. Não mesmo. Eles me tratam muito, muito bem. São humanos, tem seus defeitos, assim como eu, mas os admiro em muitas coisas e gosto da vida com eles...quando não estou trabalhando, rs. Mas isso pq quando os pais estão aqui, não me sinto obrigada, sabe? Me sinto a vontade.

Por tudo isso que falei acima, tenho pensado também em mudar de blog. Criar um só sobre coisas simples da vida, um blog de apreciação diária pois quem sabe assim eu volto a apreciar até os dias da semana onde mesmo não fazendo o trabalho dos meus sonhos eu ainda sim eu posso ver beleza ou pelo menos colocar um pouquinho mais de amor em qualquer coisa que eu faça.

Não tenho grandes pretenções da vida. Na verdade, nunca tive. Mas acho que as pessoas sempre esperaram muito de mim. Quando criança eu era sim uma criança muito esperta, muito curiosa, a favorita das professoras, mas sempre a menor da turma. Faladeira, eu não tinha papa na língua e era assim que eu me virava, pois sendo a menor da turma eu supostamente estaria em desvantagem com relação aos meninos ou até as meninas. Nada. Eu queria, eu tinha. Ninguém "tirava farinha" comigo. Como eu falei, eu era esperta. E eu não me importava at all com a opinião alheia. Não era mal-educada não! Pelo contrário, e fazia as coisas com classe. Conseguia as coisas com classe. Eu era pequena, mas de alguma forma eu intimidava. Tava sempre por dentro de tudo, sabia de tudo, não era de nenhum grupinho, mas ao mesmo tempo estava em todos, sabe como é? Eu sabia tudo, respondia tudo, tinha uma memória de elefante. Me interessava por tudo, e achava que podia ser boa em qualquer coisa. Na verdade eu até que conseguia realmente fazer tudo muito bem, muitas vezes melhor do que as outras crianças. Não invejava ninguém, tinha uma segurança muito grande, uma confiança em mim fora de série, e fazia pq gostava, não pra ser melhor. E não era odiada! Pelo contrário. Eu não gostava de me gabar. Não me importava com essas coisas. Eu só queria me divertir, ser feliz. Brinquei muito, caí muuuuito, briguei muito com meu irmão, tive também uns problemas, mas superei porque afinal, a vida não é feita de flores e eu tenho pra mim que além de não ser feita de flores, é uma escola em tempo integral.

Nisso, veio o Ensino Médio. Acho que foi aí que as coisas começaram a desandar. Ninguém sai ileso da adolescência. Eu saí bem capenga. No início até que estava me saindo bem. Uma amiga e eu éramos as melhores alunas da sala, sempre com as melhores notas, e não diferente do primário e ginásio, lá estava eu no grupo dos "populares". Mas é nessa altura também que começam as competições mais sérias, e o coração se volta pra coisas diferentes, aí sabe como é. São tantas coisas em jogo quando vc tem seu coração exposto, que ter ele rejeitado pode mexer em várias áreas da sua vida. E acho que foi aí que a coisa desandou. Foi um conjunto de coisas, não só isso. Mas juntou tudo e fez um estrago enorme.

Lembro que as pessoas esperavam tanto de mim. A maioria dos alunos sem saber o que fazer, o que estudar ao fim do Ensino Médio, e olhavam pra mim e diziam "A Bela não precisa se preocupar. Com as notas que ela tem ela pode ser o que quiser". Mas não é assim que as coisas funcionam, vcs devem saber. O Ensino Médio terminou e eu não tinha idéia do que eu queria fazer. Eu gostava de um monte de coisas, e era boa em outras, e isso me levou 3 anos pra escolher estudar Turismo, que foi a área em que me encaixei por gostar de viajar, idiomas, culturas e pessoas. Hoje não me vejo na área. Aí olho pros meus amigos, pras pessoas que estudaram comigo e nossa, todo mundo fazendo alguma coisa, correndo atrás, sabe. E cá estou eu, a tão promissora Bela, com 25 anos já, graduada em Turismo mas sem saber se quer mesmo exercer a profissão, e cuidando de criança nos Estados Unidos por 2 anos. Sei lá, sabe. Não sei onde vou chegar desse jeito. Minha confiança em mim, no meu potencial hj é quase nenhuma. Me pergunto onde foi parar, por onde vazou. Onde foi que perdi a memória de elefante que eu tinha, e o interesse pela VIDA que explodia dentro de mim. Definitivamente não estou satisfeita com o que me tornei. Parece o oposto do que eu era. Comecei tão bem...

A única coisa que eu tenho certeza, hoje, que eu não quero, que me desculpem os patriotas, é morar no Brasil. Amo o país, minha cultura, amo a minha família, mas não pertenço, nunca pertenci. Quem me conhece, sabe.

Às vezes eu penso que não deveria postar sobre isso aqui e guardar pra mim, mas esse é o meu blog, cantinho que eu escolhi pra escrever sobre mim, sobre a minha vida. Me faz bem escrever, então eu acho que tenho o direito, né?

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Ainda tem tempo de mudar, né? Espero. Mas por onde eu começo?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Queria tanto fazer desse blog uma coisa mais frequente...

Enfim.

Desde que voltei do Brasil, em meiados de Julho, todo final de semana eu tenho algo pra fazer. Não fico em casa e dou chance ao tédio, porque no segundo ano se vc deixar, o tédio se faz presente quando menos se espera. Sem sentir, tô meio 'Yes Man' do Jim Carrey, o que é ótimo. Os finais de semana tem sido tão bons *faz figa contra o mal-olhado*, mas tão bons *duas vezes*, que chega domingo bate aquela depressão pré-segunda. Um saco.

Eu costumava sair bastante com os Bullock-Chan, mas no Verão eles praticamente só vão a praia, já que está muito quente pra fazer trilha ou qualquer outra atividade ao ar livre que eles gostem.

Não tô dizendo isso pra me gabar, mas sim pra deixar registrado aqui que estou tentando aproveitar ao máximo o meu ano aqui. Tenho feito muitos planos pra esse ano, planos esses que nem sei se vão caber no meu humilde budget, mas vou tentar mesmo assim.

Vim pra escrever algo totalmente diferente disso, mas não tô aguentando. Tô dormindo aqui na frente do computador.

Mas antes que eu me esqueça, eu tenho entrado bem mais no mar, inclusive tentado algumas manobras de boogie boarding (pegando espuminha!), mas isso porque o mar tem estado supimpa, tão supimpa que Pocahontas, 7 anos de idade e franzina, entra comigo sem problemas. Tem feito dias lindos de sol aqui. Duh, aí vc pergunta "mas claro, quando que chove nessa terra?". Num chove, fofa. Mas não é sempre que fica quente o suficiente (= sem brisa) pra vc se molhar e não sentir frio depois de um certo tempo.

E é isso.

(tá meio sem sentido, mas a essa altura meu cérebro tá half off já. Volto pra editar)

Edit: Não volto não.

domingo, 23 de agosto de 2009

Aceitação

Por que é tão difícil nos aceitar como somos? Com todos os defeitos, as imperfeições, as cicatrizes que fazem de nós quem realmente somos. Afinal, quem disse que precisamos ser perfeitos para sermos amados ou aceitos? Bom, essa é uma idéia que adquirimos durante a vida por um motivo ou outro. Sorte daqueles que não caminham por essa estrada.

Tenho pra mim que esse ideal de perfeição começa com um fracasso em determinada área da vida da gente, seja ela afetiva ou professional. Esse é o botão de 'Start' pra muitos. É quando começamos a buscar o motivo de não ter dado certo, e começamos a nos culpar, e achar que poderíamos (sempre) ser melhores do que somos. A partir daí começamos a nos julgar mais, a sermos críticos de nós mesmos, tendo como objetivo a perfeição. Na verdade estamos nos tornando nosso maior inimigo.

Comecei a pensar nisso quando estava na praia hj a tarde. Quando eu vou a praia, não me basta ir e curtir na areia o sol e o local em si. Eu preciso entrar na água. Não basta só molhar os pés, eu preciso mergulhar. Isso é o que EU exijo de mim, não o que eu realmente tenho que fazer necessariamente. Aí fica eu igual a uma pateta na beira da água esperando a brecha perfeita pra mergulhar, sendo que eu não das mais corajosas no mar. Já me vi me afogando(sonhei, mas foi bem real), então não tenho lá muita coragem pra ir chegando e furando onda. Eu sei nadar, sei exatamente o que fazer e como me comportar no mar, mas eu tô sempre com dois pés atrás. Assim é bem difícil vir a oportunidade perfeita, a não ser que não tenha praticamente onda nenhuma (difíiiiicil). Aí fico eu lá, olhando todo mundo entrar, de criança a idoso, e eu ali, parada, de preferência me sentindo o cocô do cavalo do bandido.

Em meio a esse sentimento hj, eu comecei a me questionar. Pq eu TENHO que mergulhar? Será que é isso mesmo que eu quero? Mesmo que eu não entre no mar isso não me faz pior do que ninguém, então pq me torturar? Eu tenho que aceitar que eu sou assim, tenho medo mesmo. Posso tentar enfrentar o meu medo? Sim, mas não achar que enquanto eu não entrar lá eu serei menos que os outros.

Enfim. Difícil colocar em palavras todas as teorias sobre o assunto que estão na minha cabeça no momento. Espero que tenha feito algum sentido pelo menos.

Pra quebrar um pouco o clima pesado do post:





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Esse não é só mais um blog, ele tb tem conteúdo! ;P

sábado, 22 de agosto de 2009

Lucius Malfoy



Rawr! >:9

Acabei de ver Harry Potter e a Ordem da Fênix. Acho que esse é o meu favorito dos filmes da série.

E se vc não tem nada o que fazer(assim como eu), clique aqui. Imprecionei O.o Tem o spell, a descrição, pronúncia e onde foi mencionado! Impressionante.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Expectations

It's SO hard to not have expectations. From life, from people, from situations. SO. effing. hard.

I try, though.

sábado, 15 de agosto de 2009

Peace sweet peace

Sandra e Jack tiraram férias e foram para o Alaska com as duas crias. Como não é muito barato ir para o Alaska em cima da hora, eu fiquei. Porém, contudo, todavia, eu adoriaaaaaa ir para o Alaska no 0800, mas tô é curtindo muito minha paz aqui desde quinta-feira. Verão é stress, fato. 9 horas intensivas de motherhood. Depois dessa experiência, acho que só na próxima encarnação. E isso pq meu sonho de vida era ser mãe...

Enfim. Falando em quinta-feira, a piada começou cedo. Não, pq assim, quando vc menos espera vem o destino e BAM, te dá um tapa na bunda pra ver se vc acorda. Isso aconteceu comigo as 7 da manhã de quinta.

Os Bullock-Chan queriam que eu levasse eles no aeroporto de manhã as 6:30. Então acordei as 6:15, prendi o cabelo sem olhar no espelho, coloquei a primeira calça jeans que vi, um casaco que anda sozinho já de tanto que eu uso, meia e sapatinho. Bem vó. Sem brincos, sem escovar o dente, afinal, são 6:30 da manhã, quem que vai falar comigo além dos "de sempre"? Só preciso deixar eles lá e pronto. Agora, caro amigo leitor, aprenda uma coisa. Sempre que vc pensar dessa maneira, pode acreditar. O oposto acontecerá.

Dei a chave pra minha host dirigir, pois ela é mais rápida e eles tinham se atrasado 15 minutos. Chegando lá, os dois do lado de fora do carro tirando as malas e eu naquela de ajudo ou não ajudo, ajudo ou não ajudo. Resolvi ajudar e saí do carro. Acabou que nem precisei fazer nada, mas minha saída do carro tinha propósito, um estranho propósito que eu ainda não consigo definir bem. Pouco depois que saí do carro, vejo um par de calças parar do lado da pilha de malas que tinha se formado. Adivinha quem era? O PÃO! A tá, valeu mesmo, hein, Destino. A essa hora da manhã, eu sem ter dormido direito, com essa cara e sem nem escovar os dentes, o Sr. vai e cruza o meu caminho com o do pão. Táquipariu. Ele lindo, fofinho, quentinho e cheio de açúcar, e eu aqui na minha insiguinificância matinal. Valeu meRmo pelo "empurrão".

Tava perdido, acredita? Tá sempre viajando a trabalho e naquele dia, justamente naquela manhã, ele foi parar no terminal errado. Que coisa, né, Deus? -.-' Engraçado foi Sandra, Jack e até Pocahontas perguntando quem era. Oxe, gente. Até parece que nunca viram um pão doce na vida! Aff.

Nem preciso dizer que caí em tentação e mandei msg pra ele, que logo respondeu que deveríamos hang out soon. Uhum, sei. Mas dessa vez é diferente. Já sei qual é o esquema e não tô esperando nada. Como vcs sabem, tem muita mosca em volta e eu não tô aqui pra ser uma delas. Se não é pra levar pra casa então não quero. Chega de ficar só olhando com água na boca. Bola pra frente. O que vier (desse pão) é lucro.

Sexta transcorreu tranquila. Acordei tarde pra caracoles, e acabei passando o dia dentro de casa, com exceção da minha saída pra comprar papel higiênico. No final do dia uma suéca que eu conheci no início do meu ano aqui e sumiu depois que encontrou party-buddies(não curto muito o party-all-day-all-night life style), me chamou pra sair. Eu aceitei, claro. Não preciso acordar cedo no dia seguinte, então tá beleza.

Foi uma das noites mais divertidas da minha vida. Não se foi pq eu tava in the mood ou por causa do Sex On The Beach(não literalmente) que eu bebi, mas eu tava falando até com poste se deixasse. Quem manda as pessoas puxarem papo. Acabou que encontrei geral na pista (desci o morro carioca agora) e foi muito divertido. Fiz vários amigos pelo caminho,rs. Foi realmente muito bom.

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Como eu tô editando esse post 1 mês depois, já não lembro muito bem da sequência dos fatos ou exatamente o que eu fiz. Eu sei que eu fui no cinema várias vezes, show de banda cover dos Beatles no parque, show da Michelle Branch no mall, passeio em San Pedro, restaurante e ótimas noites de sono. Que delícia! Pensei que me sentiria sozinha ou até "com medo" de ficar aqui sozinha, afinal, essa é a terra dos serial killers e todas as assombrações e ETs que vemos nos filmes. Mas não, fiquei de boa! Que bom, rs.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Causos: Bob The Builder

Como diria meu pai, esse muleke é do pIru!

É cada uma que eu vou te contar (literalmente):

Antes de eu ir pro Brasil ele colocou na cabeça que era um pirata. Isso porque Jack gosta de Gilbert and Sullivan, e colocou os pimpolhos pra assitir uma das operetas chamada The Pirates of Penzance. Pronto. Desde estão ele acorda já perguntando onde tá a espada dele. Passou duas semanas (DUAS) vestindo a mesma roupa porque o resto que ele tinha "não era roupa de pirata". Só dava eu lavando e secando no mesmo dia pra ele poder usar de novo.

Já que quer se fantasiar, então vamos fazer direito. Fiz um chapéu preto com uma caveira desenhada na frente. Peguei uns grampos de cabelo meu que não uso e prendi no cabelo dele. Idéia fantáaardica a minha pra completar a fase pirata dele. Ia pra tudo quanto é lugar com o chapéu. Todo mundo ficava olhando, uns elogiavam, outros comentavam com quem estivesse do lado, e ele adoraaava. Pedia pra eu abaixar pra comentar no meu ouvido "vc viu que aquele menino estava falando do meu chapéu?", e isso com um sorrisinho de prazer tímido. E se o bendito chapéu começasse a escorregar do cabelo? Ihhh, o tempo fechava. Afinal, desde quando grampo de cabelo segura em peruca de descendente de chineses? Nunquinha! Menina, ele ficava possesso. Cooomo aquele chapéu ousaaaaaaava cair da cabeça dele? ATREVIDO! (o chapéu) Só faltava querer dormir com aquilo.

E as músicas? Decorou todaaaaaaas as músicas da opera e ficava (ainda fica) cantando repetidas vezes com o sotaque dos cantores!!! Aí eu, que depois de ouvir ele cantando por mais de um mês, começo a cantar e sou repreendida porque não tô cantando com o sotaque certo *gotinha se suor escorrendo no canto do olho*

Nessas duas semanas eu tinha que brincar todos os dias de pirata. Todos. os. dias. Era cada espadada que eu levava "por engano" que vira e mexe a espada sumia misteriosamente *evil smile*. Um domingo cheguei em casa e a barraca de camping estava montada na sala de jantar. Não preciso dizer que pelos próximos 7 dias aquele foi o navio do pirata ou o esconderijo dos policiais, que claro, estavam sempre em desvantagem pois não tinham espada, privilégio este do King Pirate(preciso dizer quem era?). Foi uma semana longa, confesso.

Quando voltei do Brasil ele estava um pouquiiinho melhor da fase pirata. Ainda cantarolando non-stop as músicas, mas já não fazia questão de se vestir como um pirata. Bastava a espada na cintura o dia todo que tava bom. Porém, notei que ele agora estava mais abusadinho que o normal. Eu chamava atenção dele e ele me olhava com a melhor cara de emoticon-do-olho-de-japa que já vi na vida! Coisa de ninja mesmo! Me olhava de lado, de cara amarrada com o olho cerrado. Que meda!

As disputas com a irmã também rendem boas caras e bocas. Outro dia Pocahontas foi pro quarto e começou a chorar. Sandra correu pra saber o que tinha acontecido. Eu fiquei na cozinha e olhei pro banheiro. Um Bob de cabeça baixa lavava a mão leeentamente. Humm, pensei. Me aproximei como quem não quer nada e perguntei se ele tinha alguma coisa a ver com a irmã chorando no quarto. Ele continuou esfrengando a mão com sabão como se eu não estivesse alí, como se eu não tivesse perguntado nada, até que ele olhou pra mim com aqueeeele olho cerrado. ME-DO. Comecei a incentivar indiretamente (?!), perguntar o que ele tinha feito, com muita calma, e bem baixinho. Aos poucos ele deu a versão dele, que fazia muito sentido, claro. Ele não tinha espaço pra lavar a mão então ele puxou a irmã de cima do banquinho(que já estava lavando a mão!), empurrando ela na parede do banheiro. Tá explicado. Ele não tinha espaço suficiente, ora bolas!

Agora ele também tá menos "gentil", como vcs podem perceber. Os abraços dele parecem mata-leão. As cosquinhas são cutucões. Os beijos podem virar mordidas e o carinho pode resultar num arranhão. Mas uma coisa continua a mesma: as lambidas. Vira e mexe ele vem lamber a gente - eu e a irmã - nos lugares mais inusitados possíveis. Cotovelo, pé...esses lugares.

Ele também é muito ligado em animais e insetos. Tudo que ele vê ele pergunta "o que come isso?", mas não no sentido de querer saber o que o animal come, mas qual é o predador daquele animal. Sinistro. Por isso, outro dia o pai estava mostrando um video no YouTube de um leão brigando com um gato selvagem. Pronto, lá vem. Devem fazer mais de 3 semanas que ele tá andando de quatro e quer que eu ande também, porque afinal, sempre sobre pra gente o trabalho sujo, rs. Até rugir eu tenho, mas tem que ser convincente senão ele fica puto. Mas semana passada eu dei um jeito muito feio na coluna fazendo Pilates que tô sentindo até hj, então agora eu tenho uma desculpa pra não andar de quatro. Mas ele tem o olho junto, ele arruma solução pra tudo. Se não sou o amigo lobo, então tenho que ser o Zoo keeper. Digo lobo pq os animais se alternam, mas todos tem que andar de quatro. Estamos na fase do lobo agora porque eles estão indo pro Alaska essa semana de férias e ele ouviu falar que tem lobos por lá.

E tem que brincar do que ele quer! Senão esteja certo de que ele vai arrumar um jeito de encaixar a brincadeira dele, não importa do que vc esteja brincando. Outro dia fizemos um consultório dentário na cozinha. A história seria a seguinte: O paciente (que era ele), chegaria no consultório dentário e já na salinha ele começaria a cantar uma música de pirata (aquela com sotaque e tudo que eu já canto dormindo). Nisso, o dentista ficaria com medo e perguntaria se ele era um pirata, e aí eles lutariam e o dentista fugiria. Perfeito, né? Agora, quando brincamos de casinha ela é o leão de estimação. Perfeito!

Se vc ver uma foto dele, vc não diz! Figuraaaaaaaaaaaaça. Dá trabalho, viu? Ô!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lisa Hannigan - I Don't Know



Não sei se já postei aqui, mas eu amo essa música <3 Simples, do jeito que eu queria ser, do jeito que eu queria levar a minha vida.

Se eu já postei isso antes, sorte sua que vai poder ver e ouvir a música de novo :P

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Noticiário Manhattan Beach

Vandalismo

Placas indicativas da Rua 9 amanheceram com um novo número. A pé ou de carro, moradores da região já sabem: depois da 10th vem a 69th. Já tentaram limpar, mas parece que a tinta é resistente. O negócio é se acostumar. Mas uma pergunta fica no ar: O que será o que o delinquente queria dizer com isso?


Rusgas

Vizinho A intima vizinho B, com carta escrita a máquina presa no pára-brisa do carro, a deixar suas latas de lixo em paz. Aparentemente, vizinho B está irritando profundamente vizinho A quando guarda suas latas de lixo (vazias!), e acidentalmente troca uma pela outra. Ambas tem o mesmo tom de azul(!) e tamanho. Parece que vizinho B está mesmo fazendo de propósito já que as lixeiras são totalmente(?) diferentes. Danadinho...


Morte

Killer waves matam surfista no domingo.



(as notícias publicadas acima são verdadeiras)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Enfim.

Eu não sei se alguma vez eu cheguei a dizer aqui o por quê de eu ter estendido o programa por mais 1 ano. Na verdade eu poderia ter estendido por mais 9 meses, assim eu não pegava o verão de novo, mas na época eu nem lembrei disso. Só me dei conta quando minha amiga da noruega, que também estendeu, só que por 9 meses, me explicou suas razões. Pq que eu não pensei nisso??? Não sei onde foi parar aquele meu raciocínio rápido, aquela mente perspicaz (?) que nego invejava na escolinha da Tia Patrícia...

Falando sério agora, a decisão não foi fácil. Eu amo esse lugar. Adoraria viver por um tempo na East Coast, confesso, mas não há nada melhor do que o clima da Califórnia. Aqui eu saio mais, me divirto mais, tenho mais independência, mas em compensação são as vezes mais de 45hs da minha semana, das 70hs que eu tenho acordada, onde eu volto a minha infância mais do que desejava, e sonho em voltar a ser um adulto a cada 5 minutos.

Um dos problemas é o trabalho que eu achei que faria com os pés nas costas, hoje eu me arrasto *drama*. Digo me arrasto pq dependendo do dia, eu conto as horas pro dia acabar. Faço o meu trabalho da melhor maneira possível, mas se eu estou satisfeita? Isso já é outra história.

Cheguei aqui achando que brincar com criança era a oitava maravilha do mundo. Isso claro, pq eu só tinha trabalhado com elas part-time e no final do dia eu estava em casa, onde eu podia descansar sem problemas. Don't get me wrong, eu AMO criança, ainda quero ser mãe (agora bem mais tarde), adoro conversar com elas e tal, mas todo dia ter que brincar da MESMA coisa, ficar de quatro fingindo ser um tigre ou um leão, brincar de carrinho fingindo que meus dedos são pessoas, e isso por pelo menos 1h direto. Ou até mesmo ir ao mesmo playground de sempre e brincar do mesmo pique-pega...eu digo: CANSA, baby. Afinal de contas eu tenho 25 anos, não tenho filhos (embora muita gente ache que são meus - ou Bob diga vez ou outra "have you told you mom that you have kids now?"), eu tô no auge da minha juventude e brincando de casinha 24hs, e pior, mãe solteira, né pq arrumar um exemplar do sexo masculino de qualidade que tenha idade pra "brincar" comigo, tá difícil.

Fico praticamente o dia todo dialogando com pessoas de 7 e 4 anos. Tipo, as vezes no auge do meu tédio, eu viro pra um deles e começo a contar fatos que eu gostaria de comentar assim, com alguém de pelo menos 20. Coisa boba mesmo: "ontem fiz minhas unhas, mas não gostei dessa cor...", "tô querendo ir no shopping esse sábado comprar uns shorts e umas regatinhas", e por aí vai. Sério, é muito complicado. Para os pais(me refiro a todos no geral) é muito cômodo. Passam o dia todo fora, chegam pra janta, ficam umas 4 horinhas no máximo com os pimpolhos, e cama. Passaram o dia trabalhando? Passaram, mas lidando com adultos, não trocando idéias com crianças. Se algum pai ou mãe ler, vai dizer que daria tudo pra ficar em casa com os filhos. Isso é verdade, mas tenta aí focar de 9 a 10 horas do seu dia SÓ em função dos seus filhos como a au pair aqui faz, não só alimentando, protegendo, mas brincando como se vc tb fosse uma criança. Sem fazer nada pra vc, por vc, até umas 7 da noite. Só tendo o saco do Papai Noel ou meditando muito!

Eu quero ter a minha casa, meu apto, voltar a estudar, quero ter amigos que não vão mudar pro outro lado do mundo em alguns meses, ter tempo para os meus hobbies, para sentar na varanda e admirar o céu azul de sempre na hora que eu quiser, ser dona do meu nariz, sabe? Nisso, meu despertador tocou, deu 7am e eu tenho que levantar pra mais um dia de Au Pair.

E a saudade que eu tenho de casa é enorme. Eu nunca pensei que isso fosse ser algo que me incomodasse tanto. Não há nada como a família da gente, não canso de repetir. Quando estive no Brasil durante essas 3 semanas, senti como se eu fosse visita. É muito estranho.

Eu sinto como se só reclamasse ultimamente. Mas tenho plena consciência de que não é de todo ruim. Sei que dei sorte também de estar na família que estou, onde sou respeitada e incluída em todas as atividades e ocasiões. O lugar onde vivo que é maravilhoso, na beira da praia numa cidadezinha super fofa a 40 min. do centro de L.A.. Sei disso tudo. Eu amo essa família aqui. Eles são parte da minha vida agora e serão parte da minha história. Tento estar sempre presente, participar mesmo, somar com eles. O meu único problema é o trabalho (o principal, HAUHAUHAUHAU).

Enfim.

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Diálogo da semana:

Pocahontas: you're 25, right? Mr. Taylor(o professor de piano) is younger than you!
Au Pair encalhada: Yeah, I'm older than him.
P: why don't you marry him?
A: *gasp*
P: He's nice! You like him, don't you?
A: Yeah, I like him, he's nice, but this is not how things work.
P: I think you should marry him.

(Ela quer que eu case. Cismou)

Later that day...

A: Today Pocahontas said I could marry Taylor, hahahaha (e conto o diálogo acima)
Sandra: Pocahontas, he is too young for Bela. Plus, I don't think he is interested, if you know what I mean, Bela...

LMAO! E eu bem sei. O que é uma pena, vamos combinar. Todo aquele encosta-encosta durante a aula de piano numa pessoa carente como eu não me faz bem. Não mesmo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avisa pra mim?

Alguém avisa pra brasileira(simpática, por sinal) que sentou atrás de mim na conexão de Atlanta pra Los Angeles que a tela atrás do banco no qual eu estava sentada, é TOUCH screen, não HIT screen ou SPANK screen. Primeiro eu achei que era a filha dela de 2 anos que estava sentada atrás de mim, o que faria mais sentido, mas qual não foi a minha surpresa ao ver que não era a filha e sim a mãe O.o

Delicadeza mandou lembrança, viu fia.


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Então, cheguei. Tô em L.A. de novo. Volto com um post mais detalhado do que está se passando na minha cabeça assim que as coisas aqui voltarem pro lugar. Afinal, foram 3 semanas no Brasil. Fiquei mal acostumada, rs.

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Ih, gente. Cês tão muito fraca de dica pro verão, credo. Valeu mesmo pela ajuda, hein...

*sai correndo antes que leve um cuspe de alguma colega de trabalho ofendida*

:P

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sugestões para o Summer

Quem tem? rs.

Só volto daqui a 2 semanas e meia, mas já tô meio em pânico. Não tenho muitas opções de playdate, tem a piscina do club mas é paga, tem parquinhos por perto mas todo dia enjoa, e minhas idéias de games se esgotaram. O problema é que eu brinco (me sinto na obrigação de) com eles o dia t-o-d-o, das 7:30am às 5pm. Eles não brincam muito sozinhos, então eu tenho que entrar na brincadeira sempre, não dá só pra intermediar de vez em quando, até porque Bob é 3 anos mais novo que Pocahontas e está naquela fase que acha que já sabe tudo. Ai de vc se tentar ensinar ou disser que ele está errado..."you're WRONG, Bela. You're going to jail!". Ai que meda! Além de ser uma fase auto-suficiente-sabe-tudo, é também ameaçadora, posso? O.o

Tudo bem que eu cheguei no verão ano passado e tal, mas depois de quase um ano as idéias se tornam escassas, né?

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Ah! Renovei meu visto hj. Segundo meu pai que estava me esperando do lado de fora, estavam negando bastante vistos hj. Diz ele ter visto um bando de menina saindo triste/chorando/revoltada :| E tava cheeeeeeeeio. Muito cheio.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diretamente do ninho da mamãe pássaro

Muita coisa já aconteceu desde a minha ida a Tulsa, OK. Uns dois finais de semana após tal (surreal) viagem, recebi uma amiga americana e fizemos um tour por Los Angeles, incluindo a visita a um restaurante brasileiro(que aliás, me decepcionou). Na verdade não recebi, fiquei com ela em um hotel em Santa Mônica. Essa visita foi interessante pois eu (acho que) finalmente "realizei" que eu posso sim pilotar em Hollywood, Beverly Hills e todos essas lugares que eu total desconheço portando apenas um...que mané GPS! Um mapa. Nesse final de semana meu host estava usando o GPS, então só sobrou o mapa de Los Angeles, e mesmo assim só com as ruas principais. Ninja eu, eu sei. E mesmo na desvantagem pouco nos perdemos! :D

Teve final de semana com BBQ em algum lugar de Malibu, depois Hollywood, Six Flags no dia seguinte (detalhe básico: medo pouco de montanha-russa, mas se é pra tentar coisas novas, PARTIU!) e pra fechar monthly meeting da APC num restaurante country em Universal City que minha LCC não sabia, mas estava comemorando o jogo final dos Lakers(= mil anos até conseguir uma mesa que acomodasse todas).

Mas o que eu quero falar meeeesmo é que estou postando da:

casa da mamãe, 128
Rio de Janeiro, RJ
Brasil

Ou seja, a melhor casa do mundo! Não tem Europa, não tem Estados Unidos, não tem Califórnia ou casa de namorado (pssst, que eu não tenho). Nada se compara a casa da gente, onde mesmo com todos os defeitos somos amados incondicionalmente. Andar pelada (adoooro, cês sabem), sentar como quiser no sofá, comer o que ver na frente primeiro, ouvir musica no último volume e dançar como se ninguém estivesse vendo e principalmente acordar tarde = não tem preço. E que fique bem claro que esses comentários vem de alguém que ama os Estados Unidos e sempre sonhou em pisar naquela terra. E que também fique claro que eu adoro a minha host family e não temos problema algum.

Quando saí do portão de desembarque e vi minha família, os olhos de ansiedade e angustia dos meus pais e tio (minha mãe já chorando), chorei litros. Eu soluçaaava. Foi muita emoção. Mas isso aconteceu depois de eu rir horrores com os carinhas de mascara por conta da gripe suína que recepcionaram a gente no desembarque.

Foi barra aguentar todas as horas de vôo. Eu estava muito ansiosa pra chegar. Mas finalmente cá estou aproveitando as minhas muito merecidas férias ao lado da minha família real, já que estendi(Deus tende piedade da minha alma) por 12 meses.

Quando saí de casa há pouco mais de 10 meses atrás, a saudade foi tanta que mamãe ficou doente. Não foi uma gripezinha, foi sério. Ela não me contava muito, fez pouco caso, mas depois abriu o jogo. Eu vi poucas fotos, mas as poucas que vi ela estava abatida (assim como meu pai), mas quando falava comigo ao telefone se fazia de forte, me dava o maior apoio do mundo, principalmente quando eu fiquei homesick e ligava pra ela chorando ao telefone :( Vê-la me esperando ontem, só de lembrar me dá vontade de chorar de novo. Minha família é a coisa mais importante da minha vida!!! É isso que eu acho que eles talvez não entendam lá fora. Culturas diferentes? Sim, muito. Pontos positivos e negativos, mas acho que falta calor humano, e isso t-o-d-o ser humano precisa em abundância (por isso que eu tô sempre beijando e abraçando em excesso as "minhas" crianças.

Voltando ao assunto, ao chegar aqui fiquei sabendo que quando viajei, ela começou a se vestir super bem, se valorizar, andar sempre bem arrumada porque eu sempre falava isso pra ela e ela acabava nunca fazendo, quase sempre por estar muito cansada. Ela passou a fazer isso pois ao fazer algo que eu gostaria que ela fizesse, ela se sentia mais perto de mim. Todo dia religiosamente entrava no meu blog, fotolog, e-mail e orkut pra ver notícias, se achava mais sobre mim, até ler o que meus amigos deixavam pra mim pra saber o que eu andava fazendo nos finais de semana. Não de fofoca ou coisa do tipo, mas pra saber sobre mim mesmo já que aqui no Brasil nós éramos super unidas. Minha mãe é minha melhor amiga. Eu sempre contava tudo em detalhes.

O que importa agora é que eu estou aqui e não vou pensar em trabalho até a hora de ir embora. Serão dias muito preciosos pra gastar pensando ou falando sobre coisas que viverei por mais 365 dias, sendo que tenho apenas míseras 3 semanas por aqui. Nah. Dia 12 de julho volto a falar sobre a minha vida de au pair. Antes disso só relatos dos meus dias de felicidade de volta a pátria, isto é, se eu voltar a postar até lá.

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Foi difícil, é difícil e vai ser difícil voltar. Não quero nem pensar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Uma rapidinha

Preciso de um pão doce novo, tipo assim, URGENTE. Sabe aqueeeele pão doce que eu estava juntando as moedinhas pra comprar? Então, não deu em nada. Não sei se vale o meu dinheirinho. Tem muita fulana de olho nele, mas ninguém leva pra casa. Parece pão doce, tem bastante creme, mas a essa altura do campeonato já não tenho mais certeza da qualidade da coisa, e quer saber? Agora fiquei com preguiça de ir a padaria. Quem quiser pode comprar meu ponto na fila. Aliás, tô dando o ponto de graça. Toma, pó'levá.

Preciso também parar com esses posts econômicos e escrever de verdade. Falando em escrever de verdade, obrigada pelos comentários no post anterior! Vou continuar a minha busca pessoal pelo talento perdido :)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Mid-mid-life crises

É possível alguém não ter nenhum talento? Tipo, ouvi alguém comentando outro dia "when you don't have any talent, you should study something like Marketing in college" (NÃO estou querendo de maneira nenhuma desmerecer ou criticar que estuda ou estudou Marketing. Só estou repetindo o que eu ouvi). Isso me fez pensar em mim, no meu futuro, nos meus planos, e consequentemente me fez perguntar a mim mesma qual é o meu talento. Pior, eu não soube responder. Mais alguém divide esse vácuo comigo? É possível nascer com uma lacuna no lugar do talento? Espero que o meu só esteja adormecido, LOL.

Alguém afasta essa nuvem ciiinza da minha cabeça, faz favor.

E amanhã será mais um dia de mau humor por não ter dormido o suficiente visto que são quase 2 da manhã e eu tenho que acordar as 6:50am. Buuuuuuuurra.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Tipo assim, um papo entre eu e eu mesma

Às vezes parece que tudo fica meio cinza, sem graça e aparentemente sem razão. Aí eu venho aqui, vejo umas fotos, leio umas coisas, baixa uma inspiração, uma clareaza mental assutadora e pronto. Problema resolvido. Sou outra!

Tô procurando um sign que diga "YOU ARE AMAZING" pra colocar no meu espelho, assim posso olhar todo dia de manhã. Se alguém souber de algo assim ou parecido, me avisa!

Eu sei, meus posts filosóficos-que-só-eu-entendo matam vcs de tédio.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Experiência Mastercard




* Ticket aéreo round trip pra Tulsa, OK: $317
* Hotel: $180
* Total gasto com merchandise do Hanson: $95
* Ver a sua banda favorita tocar músicas que ainda não foram lançadas e não serão por algum tempo, na cidade deles que vc sempre quis conhecer, e isso tudo num teatro minúsculo: não tem preço.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mãe que é mãe

Esse final de semana é Dia das Mães e eu vou passar a data com a mãe dos outros. Já que amanhã estarei indo pra San Diego e não terei tempo de postar, decidi fazer uma singela homenagem a minha mãe, que não é a mãe do Clark Kent, mas é SUPER!

Era uma vez uma menina que gostava de andar pela casa sem blusa depois que chegava da rua. Uma noite enquanto arrumava a cama no quarto, sem blusa, a mãe da menina entrou no quarto pra comentar alguma trivialidade com a filha, e a viu sem blusa como era de costume. Dessa vez porém ela parou e disse:
M: "Tá com um peitão...!"

Mãe que é mãe, mesmo sabendo que o número do sutiã da filha é PPP, faz questão de elogiar a comissão de frente quase inexistente da herdeira sempre que tem oportunidade.


Valeu, mãezinha! É por essas e outras que eu te amo ;) <3

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Awww...

Eu = E
Pocahontas = P

Pocahontas vestida toda de rosa, enquanto voltava da escola, conversando comigo sobre a peça da escolinha em que ela vai ser um dos porquinhos da estória.

P: I think I can use this outfit for the Little Red Hen play.
E: You can use that but you'll need to have a good make up, ears and nose so you do look like a pig.
P: No, I don't need to.
E: Yes, you do. Otherwise how will people know that you're a pig?
P: I don't need to. They don't matter. You matter and you know I'm a pig.

<3

Things change! Life is changing all the time :)

. x .

Everyone waits on the walk
Some are long and some small
But all of them tall
Everyone must make a choice
Will I go for it all
And possibly fall
The tightrope is thin
I could possibly win on the walk
` The Walk, Hanson.

HAPPY HANSON DAY! :D Continuo comemorando meRRRRRmo. Tenho vergonha não. Já me trouxe incontáveis coisas boas, muitas memórias, e algumas das minhas maiores conquistas vieram por causa deles, direta e indiretamente.

sábado, 2 de maio de 2009

AAAAAAAAAAAHHHHH *grita com eco*



Too much excitement right now!!!!!!!!!!!!

:D

Tinha que gritar em algum lugar já que não estou na minha casa.

Aiai, desculpa aê. Pula esse post e lê o debaixo. Foi mal.

O pão de cada dia

Estava pensando nos pães e rosquinhas da minha vida. Cheguei a conclusão de que adoro açúcar, mas antes de me mandarem a padaria, provavelmente me avisaram que eu estaria de dieta, mas em algum momento entre a casa e a padaria, eu esqueci!

Sempre tive um gosto muito peculiar na hora de escolher doce. Não é qualquer um que me agrada aos olhos, e sempre acabei escolhendo o pão doce que todo mundo queria. Que dor de cabeça. Uma vez me apaixonei por um pão doce, e mesmo implorando ao padeiro pra que me desse o que eu queria, ele deu pra uma "amiga" minha. O pão doce descobri que era uma rosquinha estragada(pior decepção da minha vida!), e a amiga deu só uma mordida (HÁ!). Depois disso eu ainda queria, porque sabe como é criança, quando cisma com uma coisa, ninguém tira da cabeça.

Mas o tempo passou, outras roscas(ma ôeeeeee) vieram e eu esqueci temporariamente a estragada. Mas vira e mexe eu encontrava com a nova freguesa que tinha levado a rosquinha pra casa, e claro, a rosquinha estava sempre com ela. Vai dizer que vc vai deixar sua rosquinha(mesmo que estragada) assim, largada pras formigas comerem(mas hein?)? Nã!

Agora tô eu aqui vendo um monte de pão doce pra lá e pra cá, mas sem levar nenhum pra casa. A padaria daqui é farta, mas esses pães não sei a que vieram. Lembrando as queridas amigas de padaria que o pão doce é um nível acima da rosquinha. Sendo assim o sonho é o supra sumo, o melhor doce da padaria. Desse eu só vi UM, e confesso que ainda acho ser muita injustiça do padeiro trabalhar tão arduamente assim num sonho e depois jogar a forma e a receita fora, mas...não cabe a mim julgar as regras da padaria, não é mesmo?

A padaria aqui é melhor no sentido de ter mais opções que me interessem, mas sou uma freguesa tímida que não diz a que veio, muito menos especifíca o que quer, aí fica difícil. Tô igual cachorro. Eu assistindo os doces e eles os frangos. Quem sabe um dia o padeiro não resolve me dar um, assim, do jeitinho que eu sempre quis e embrulhado pra presente. É, mas tem que ser dessa maneira, porque se for de outra vai continuar difícil. Um freguesa pode sonhar...com os pães, pq se for sonhar com os sonhos, morre de fome!

. x .

Sexta-feira dura, em casa, sem nem mesmo um chocolate pra adoçar o coração, mas mesmo assim tô inspirada pra postar. Engraçado que é a noite que eu tenho as melhores idéias, mas também é a noite que eu tenho mais preguiça. Vai entender, rs.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

28 de Abril de 2009 - Tinted Windows @ Troubador, Los Angeles



Pra quem não sabe ou nunca ouviu falar, essa é uma banda nova formada por músicos "antigos". Já que Taylor Hanson é um dos integrantes, eu como uma boa fan de Hanson, tive que dar aquela conferida no material.

(Pra quem não gosta ou nem tem interesse, favor parar de ler por aqui)

Vi que iam fazer show aqui em Los Angeles muito por acaso. Li em algum lugar que no momento não lembro onde(o que era de se esperar), e corri pro Ticketmaster. Tomei um susto pq pensei que o show era dia 12 de Março, o dia exato que eu tinha visto o anúcio, mas não. Dia 12 começava a vender os ingressos. Por sorte, eu comprei na hora ao invés de deixar pra mais tarde como eu sempre faço.

O tempo passou, eu quase não fui pois tava na fase de decidir umas coisas pra minha vida, mas eis que tudo se resolveu da melhor maneira possível. Então na terça, as 7pm saía eu aqui de casa, sozinha, sem GPS, bem como naquela música da Michelle Branch, que não tá na minha lista de cantoras favoritas, mas esse trecho é bem a minha pessoa: "And it's only me, empty handed/With a childish grin, and a camera".

E lá fui eu, que chegando lá descobri que a casa de show era em Beverly Hills, haha. São momentos assim que eu penso como é surreal algumas coisas que eu vivo aqui. Cada restaurante perto da casa de show que eu vou te contar. O naipe das pessoas pra entrar então, sem comentários. Só aquelas mulheres magrelas de pernas compridas e salto agulha, meticulosamente maquiadas, que andam e falam da mesma maneira. É um padrão. Aliás, aqui tem um padrão. As mulheres aqui são muito bonitas, pelo menos aqui na minha cidade, no sul da Califa. Vejo cada uma que fico passada. Nego entra na fila da beleza 10 vezes e Deus não fala nada. Sacanagem. Mas o negócio é que elas todas meio que se parecem de alguma forma, não sei identificar o que é. É como se fosse um padrão. É como se todas quisessem ser a mesma coisa, se vestir da mesma maneira, até como reagem a certos comentários. Que fique BEM claro que não tô falando que americanos são falsos ou coisa do tipo, até pq eu tenho amigos e amigas americanas que NÃO são assim, mas em geral, as adolescentes e recém chegadas ao mundo adulto(nossa, me senti a minha avó agora) são isso aí na minha opinião.

Fugi do assunto, mas retornando com esperança de não ter matado ninguém de tédio com as minhas opiniões fora de lugar, achei o parking sem problemas. Eu sempre me preocupo com parking, SEMPRE. Mas achei numa boa. Saí do parking que era em frente a venue, e fiquei olhando pra Santa Monica Blvd, pensando em como atravessar. Tinha sinal pra esquerda e pra direita, e eu decidindo qual seria mais perto. Ah, que se dane, vou pra direita. Andei, andei, atravessei interessada no letreiro de um restaurante que lia-se Flavor of India, bem na esquina da rua que eu tava pra pisar. Desci os olhos assim enquanto andava, despretensciosamente(?) e ! SUSTO! Vi aquela peruca branca do japa...



A banda estava jantando no restaurante indiano, posso? Dei dois passinhos pra trás, um segundo look e tomei meu rumo. Ninguém na frente do restaurante, só uma suspeita garota num celular. Hummm. Fan, pensei. Eu que não ia parar ali. Meu pai ficou puuuto que eu não entrei (?!?!?!). Como assiiiim? Onde a gente guarda o respeito pelo espaço alheio, ou melhor, a hora sagrada da janta? rs. Admito que são essas pessoas caras de pau que conseguem tudo e um pouco mais nessas horas, mas eu não sei ser assim(eu bem que podia aprender, né?).

Entrando no estabelecimento tamanha foi minha felicidade ao ver o quanto era pequeno o lugar. Ô alegria! Alegria melhor que essa só se o bar fosse num nível mais acima, facilitando a vida da minha pessoa como na House of Blues. Já que não tinha diferença, nem sequer um degrauzinho, uma elevaçãozinha que fosse, mirei o palco e tratei de procurar um bom spot pra ficar.

Quando cheguei não estava cheio e visto que ficar lá atrás não era vantajoso, fui o mais pra perto do palco que eu pude e finquei meus pés. Esperei mais de duas longas horas, putz. Eles foram bem pontuais, mas teve banda de abertura e o caramba. Minha coluna doíiida, ainda mais depois de um dia de trabalho com crianças saudáveis.

Sei que vi todos os membros da banda entrarem no palco, e por último o vocalista principal, claro. Tá sissi, aquele ali. Mas ele pode, vai. Blusa social vermelha, gravata e calça branca (cara, só nele isso fica legal, fala sério), e só Deus sabe como era o sapato pq eu não estava tão perto assim pra ver. Ele entrou, cantou, pulou, SUOU e foi assim, 1 hora de show só pq afinal eles só tem um cd, haha. Variedade 0, mas tá beleza. Foi muito legal poder ter estado ali, conferir um lado diferente de um músico que eu conheço já faz uns anos. Não foi a mesma emoção que Hanson nem de longe, já falo logo.



Terminou o show e eu morrendo de vontade de ter aquele momento de sorte, aquela luz divina que cai once in a life time sobre a gente e te proporciona momentos surreais. Total me vi sendo convidada por alguém pra jogar papo fora no backstage e poder trocar umas palavrinhas com o Hanson do meio(só ele tb, pq o resto eu só sei mesmo o nome do japa e olhe lá). Mas aí o mundo real me chamou de volta pra Terra, eu caí em mim e tomei o rumo do estacionamento. O dia seguinte era dia de branco, ralação e já eram mais de 11pm, hora de Au Pair estar na cama. Fui mas não antes de virar pra trás e dar aquele último look no local repassando as memórias da noite.

Fui pra casa com aquela vontade contida de dar dois tapinhas nas costas daquele ser e dizer o quanto eu estava orgulhosa e feliz por ele como uma velha amiga de infância, mas mais uma vez a Terra fez aquela chamada interespacial(?) e eu tive que entrar na 405 S e voltar a minha atenção para os carros que mais pareciam flechas voando do meu lado.

Resumo da ópera: Muito bacana e tal esse projeto paralelo. Acho legal que ele(Taylor Hanson) tá tendo uma nova oportunidade de fazer com que as pessoas pelo menos escutem, sem o preconceito cego que todos tem quando escutam o nome Hanson. Torço muito pra que dê tudo certo. As músicas são legais, o show é animado, descontraído, mas Hanson é Hanson. As duas bandas são bem diferentes. Nada substitui pra mim. Acho tb que é o fato de Hanson estar ligado a muitos momentos da minha vida, amigos que eu fiz, etc.

Então taí, minha review pra quem quiser ler, com bastante detalhe que não é importante, mas tá beleza. São minhas memórias.



Boa sexta pra todos!
Off topic total: não comam a Pringles de Salt e Vinegar. O gosto é bom, mas o cheiro de vinagre é tão forte que me broxa o gosto, argh.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dois comentários (desnecessários)

Hoje:

Tava saindo pro curso quando resolvi parar e me intrometer na briga alheia entre Bob e Pocahontas. Eu e minha mania de mediar conflitos. Fui tentar apaziguar o negócio, acalmar Bob que mais parecia Enéas em horário político, e me venho com a brilhante idéia de assoprar a cara do muleke que tava ficando vermelho de raiva e choro. Pronto. Achou que eu tava cuspindo nele. Cuspiu de volta e me beliscou várias vezes. Tudo isso por causa das batatinhas chips de arroz recém chegadas da rua que a irmã estava colocando pra ele num guardanapo mas ele queria no prato. Nessa hora dei uma de Quico e gritei "Jackieeeeee, o Bob me beliscoooou!". Já com a voz embargada e a vista embaçada com o excesso de lágrimas, peguei minhas coisas, meu tênis e sumi antes que me vissem chorando por causa de um beliscão de um cotoco de quase 4 anos.

Tô muito emotiva esses dias(só esses dias?!). E acho que é tudo culpa do pão doce. O pior é constatar que o pão doce é bem parecido com aquela rosquinha (estragada) que vc tanto queria anos atrás, mas nunca chegou a sequer provar. É como se a história estivesse se repetindo, credo. Pelo menos não lembro da rosquinha quando olho pro pão doce.

(sabe o que é isso? Carência - a décima potência)

Tá brabo.

Etc:

Não é de hj que vejo esse homem barbudo (meeesmo), de óculos, descalso, pés com rachaduras super profundas, andando pela rua lendo um livro e carregando na mão algum outro. Não sei como atravessa a rua, menina. Ele tá sempre lendo, sempre. Quando o vi pela primeira vez fiquei fascinada. Eu sou uma people watcher, fato, então fiquei analizando a figura e não conseguia decidir se ele era um mendigo (o único da minha cidadezinha), louco, os dois, e com ou sem teto. Vi ele passando e atravessando a rua (feito mágica!) mais de uma vez. A última vez? Aqui na minha rua, entrando em uma das casas. Ele é meu vizinho, HÁ!

Que coisa, não? Conclusão que eu cheguei foi que eu sou muito normal. Me achei bem boring até.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

What's the secret?

I mean, really.

Tipo que quando eu vou em algum lugar, festa, confraternização, batizado ou enterro, eu me comunico facilmente. Chego chegando e logo já tô batendo papo com um aqui, outro ali. Basta eu conhecer um ou dois no meio da multidão. Mas que fique bem claro que esse meu comportamente acontece só em português. Já em inglês, a coisa muda de figura. Eu fico mais calada do que qualquer coisa. Não consigo ser desenvolta e começar conversa assim fácil. É péssimo, me sinto péssima. Passo uma imagem que não é minha.

Então venho aqui hj perguntar a vcs, fellow au pairs se vcs tem algum segredo pra esse dilema.

Edit: Vim fazer um adendo. Eu postei isso aqui pq ontem eu fiquei passada como algumas meninas mesmo falando um outro idioma tem uma facilidade quase assustadora de se misturar e se enturmar(?) assim, puff, do nada. Quando vê já tá batendo aquele papo gostoso. Vi isso acontecer ontem, e pensei "comofas, Jesus?". Invejei, assumo.

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Ia deitar, mas acabei de ver que tá passando The Notebook na TV e eu tô bem sentimental esses dias (darnit)

Boa semana pra todos!
p.s. pra quem interessar, eu postei o resumão a Visitante e o Pianista uma semana atrás, mas como eu já estava escrevendo fazia um tempo, ficou embaixo do último post.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

LOL of the day

Jackie tá assobiando a melodia de "O Sapo Não Lava o Pé" desde que chegou em casa. Agora pouco virou pra mim e disse que esperava que no final do meu ano ele soubesse falar mais do que "mas que chulé" em português. E isso não é tudo! Tá lá dedilhando no piano umas notas pra acompanhar a música, HAHA! Tá viciado, rs.

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Tô trabalhando no post sobre a visitante e o pianista. Juro!

domingo, 29 de março de 2009

Resumão Visitante & Pianista

A Visitante alemã:

O início do meu ano aqui na América não foi muito fácil. Ao contrário de muitas meninas, meu início foi tudo menos flores. Um dos motivos foi o fato de eu perceber o quanto eles sentiam falta da au pair anterior, aquela que chamo carinhosamente de: A Visitante. Infantilidade pra muitos, ciúme, como queiram chamar. Mas prazer, meu nome é Bela e embora eu não me orgulhe de algumas das minhas características, essa sou eu.

Até quase o meio dessa experiência, eu criei uma certa implicância em relação a ela. Por quê? Bob parou de dormir na cama dele quando ela foi embora, acordava várias vezes durante a noite. Mas esse pelo menos nem falava no nome da ditacuja. Só meses depois ele começou a mencionar ela, contando fatos aqui e ali. Já Pocahontas, essa era o meu maior problema. Vivia comparando nós duas. Era um tal de perguntar por que eu não falava inglês tão bem quanto a outra (grrrr...), por que eles não podiam fazer isso ou aquilo já que a outra deixava, o quanto ela amava a alemã e sabia o hino da Alemanha by heart -.-' Jackie e Sandra, era fácil de notar no início o quanto sentiam falta dela também. Mesmo "sem querer" eles faziam uma ou outra coisa que insinuava (ao meu ver) que a outra fazia melhor. Sem contar que ela passou de primeira na prova de direção onde supostamente era o lugar mais difícil de passar, e eu só passei na terceira -.-'' Falavam com ela ao telefone quase todo final de semana! No início eu até participava, depois eu passei a me retirar já que não tinha nada pra acrescentar.

Nessa época onde minha antipatia só crescia, no auge da minha infantilidade, fiz de tudo pra planta que ela deixou aqui morrer...rs. Eu sei que o tempo passou e eu fui trabalhando isso dentro de mim porque vamu combiná, o lema aqui é progresso. Quando eu me vi tentando salvar a planta que quase morta já estava (sem folha alguma a bicha), percebi que meu sentimento com relação a ela tinha mudado, e resolvi mandar um email. A essa altura eu já sabia que ela estaria vindo, só não sabia quando exatamente.

Depois desse e-mail devo ter mandado mais uns dois, com fotos das crias e tudo. Pensei até em encontrá-la em Chicago, quando eu já sabia o roteiro dela na América, e fazer parte do passeio com ela. Infelizmento eu não tinha $$ suficiente, e não fui. Mas por algum motivo desconhecido, eu estava bem animada pra chegada dela. Não só eu. As crianças SÓ falavam disso na semana anterior. Pocahontas chegou a soltar a pérola "semana que vem terei uma aula de piano maravilhosa - risada de deboche - pq fulana estará aqui e ela toca flauta, conhece música e vc não sabe NADA". Minha vontade foi mandar ela pra pqp três gordas vezes. É criança? É, mas já sabe o que machuca e o que não machuca. Se não soubesse não vinha choramingando da escola as vezes reclamando de certos comentários proferidos por supostos coleguinhas. Pior, tinha sido o dia em que eu fui buscá-la toda contentinha, tinha comprado picolé na saída da escola e estava toda solidária com os problemas dela, e depois disso tudo ela vem e me manda uma dessa. Chorei de raivaaa. Vontade de arrumar minhas coisas e picar a mula, porque cá entre nós, eu dou o melhor de mim aqui, vivo preocupada com a opinião deles, com o bem estar de todos pra depois ser tratada desse jeito. Meus pais estão certos quando dizem que vim aqui pra fazer o que tenho que fazer mas também viver a minha vida, não pra ser a melhor Au Pair do mundo. As vezes eu esqueço disso.

Pra resumir e não deixar ninguém dormir com a descrição dos meus dias e pensamentos enquanto a visitante estava aqui, posso dizer que foram duas semanas ÓTIMAS em que as crianças me trararam super bem, assim como a família que nos primeiros dias ficaram preocupados se eu estava me sentindo confortável com a presença dela. Pocahontas, pra minha supresa, fez questão que eu estivesse sempre presente em todas as atividades. Trabalhei bastante, mas foram dias muito agradáveis e acredite se quiser, se ela fosse au pair aqui na região, com certeza ela seria a minha amiga mais próxima. Nos demos SUPER bem, temos muita coisa em comum. Aprendi muito com ela também. Aliás, isso é um dos aspectos da minha personalidade do qual acredito ser uma das minhas maiores qualidades. Eu sempre busco aprender alguma coisa com as pessoas que eu conheço, seja com os defeitos ou com as qualidades. Tem sempre alguma coisa que te faz repensar reações ou situações da sua vida.

O engraçado foi ver como as pessoas acham que somos related de alguma forma. Isso foi engraçado e estranho, já que fisícamente não somos tão parecidas assim. Aliás, nem eu nem ela nos achamos parecidas a ponto de pensarem que somos irmães, primas, mas não só uma, mas quatro ou cinco pessoas em lugares completamente diferentes.



Chorei quando me despedi dela e senti falta de ter uma amiga por perto na semana que ela voltou pra Alemanha. Ou eu me apego as pessoas rápido demais, ou eu realmente fiz uma amiga alemã. Fico com a segunda opção. Como a vida dá voltas, não?


O pianista:

Por via das dúvidas, mas já sabendo que não seria lá grande coisa devido a minha intuição aguçada, fiquei toda bonitinha pro tal jantar já que a primeira parte seria aqui. Não ia comer, mas ia recepcionar por pelo menos 1 hora os vizinhos aqui enquanto eles desfrutassem do pianista e sua música.

A visitante estava aqui, e também não ficou atrás. Deu 5:30 estava penteando cabelo, colocando uma make up básica, essas coisas. Não muito depois disso alguém bateu na porta da sala. Devo confessar que fiquei com medo de olhar, mas olhei e minhas expectativas estavam certas. Não era o monstro do Lago Ness, mas também estava longe de ser um Patrick Fugit.

Chegou tímido, continuou mudo, sentou no piano e começou a tocar. Melodia conhecida, pensei. Cochichei com Pocahontas e conhecia a versão em português da música. Tão familiar! Acabei dançando com os cotocos na sala enquanto ele tocava. Mais tarde, depois que o povo foi todo pra casa ao lado pra jantar, tive oportunidade de bater papo com ele e claaaaaaaaro que eu conhecia a música. Era Bossa Nova!!!! Ele ama Bossa Nova, AMA. Tocou várias, inclusive o hino Garota de Ipanema, rs.

A noite transcorreu tranquila. Eu aceitando o fato de que estava certa mais uma vez, e ele sentadinho na mesa jantando com as kids, vestindo um suéter com calça social e sapato social, tudo bem bege. Conversamos um pouquinho aqui, um pouquinho ali, vimos o desenho dos Smurfs e bem depois disso Bob vira para o pianista e solta a frase "now I think you should go home", LMAO! Ri demais. Minutos depois ele mudou de idéia quando a irmã disse que queria brincar de "baby", pois disse "you can be the daddy!". HAUHAUAHUAHUAAUHAU RI HORRORES. "Baby" é quando a gente brinca de casinha. As vezes um deles é o bebê, mas de vez em quando usamos as bonecas. Foi hilário! 10 minutos depois ele foi embora.

Uma semana depois, a visitante já em solo alemão, eu com a host familia no Disney Concert Hall, Sandra me dá um susto olhando pra mim com os olhos arregalados (essa palavra sempre me soa estranha...). Tinha acabado de se lembrar que o pianista tinha mandado um pacote pra mim que estava na bolsa dela desde segunda. Era um cd de Bossa Nova que ele gravou pra mim.

Agradeci por email 3 semanas depois >.< (procrastinator mor) Que foi respondido na manhã seguinte. Ainda não respondi de volta, though. Que fique bem claro que eu não tenho intenções algumas com o talentoso pianista. Tô é de olho num pão com bastante açúcar e creme que eu vejo de vez em quando numa padaria aqui perto, mas tá cheio de abelha em cima. O engraçado é ver que entra dia, sai dia e o pão, tão apetitoso, continua lá na pratileira. Estranho, né?

Enfim, boa noite! Vou dormir pq tive um dia de cólica braba, mas Deus é bom e isso aconteceu num dia em que a mãe de Sandra estava aqui. Amo essa coroa, pqp. Minha ídola!

Bju e fui ;*

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quer apostar?

Já deve fazer mais de um mês que Sandra Bullock menciona displicentemente um cara que trabalha com ela e toca piano. Segundo a mesma, ele adoraria vir praticar um pouquinho aqui em casa (?!) um dia desses. Ele está participando de uma espécie de "concurso", e caso ele seja escolhido o melhor, irá tocar com a orquestra de Los Angeles. Pois eis que duas semanas atrás Sandra anuncia a bela idéia que teve: Sábado, antes do jantar que fará com alguns dos vizinhos, tal pessoa virá aqui para tocar alguma coisa para os convidados. Jackie, intrigado, não entende o porquê do ser vir assim, sábado, só pra isso. Nisso, Sandra me solta a pérola "ele quer vir, acredite. Com a Bela e sósia* dela aqui sábado a noite, ele vai estar muito bem. Acredite. Ele quer vir" - com direito aquele smirk safado no canto da boca. 22 anos, toca piano, trabalha com Sandra que é crânio puro (cientista, sem kaô). Quer apostar quanto que é um daqueles nerds (Jackie que não leia isso) muito do esquisito que não pega ninguém faz séculos? (não que eu possa ficar me gabando no quesito pegação...) Por enquanto não tenho planos para sábado a noite e não tô visando ficar de babysitter, mas vamo' ver no que dá.

Quando voltar, volto com a resposta pra essa aposta e o resumo dessas duas últimas semanas com a visitante.

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Tive um dia bizarro hj. Pra não esticar muito que tá tarde, segue os principais fatos: Fiz waffle com gosto de veneno, um rombo no tapete do banheiro(com a melhor das intenções - coloquei pra lavar na máquina), ganhei um novo roxo no joelho (como se já não tivesse suficiente) depois de tentar dar um flip na barra de um desses play structures pra criança, entre outros.

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*já perdi a conta de quantas pessoas perguntaram se eu e a visitante somos irmãs.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Visitante

Ontem recebemos uma curiosa visitante aqui na casa dos Bullock-Chan. A au pair anterior a mim aqui nessa família acabou de chegar ontem pra passar as férias dela da faculdade aqui. Duas semanas inteiras. É a primeira vez que a gente se encontra já que ela deixou a casa na manhã do dia que eu cheguei.

Alguém tem algum palpite de como vai ser esse período? Façam suas apostas. Venho fazer o balanço assim que acabar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Conselho

Você futura au pair, colega de trabalho, preste atenção. Vc que ainda tem essa oportunidade, se puder opte por família com bebês, até 2 pra 3 anos tá bom. Dá trabalho e muito, mas pelo menos não falam coisas que vão te machucar.

Vai por mim.

Antes trabalhar feito uma corna do que ouvir coisas que vão fazer vc se sentir a mosca do cocô do Fernandinho Beira Mar.

P.s. 'Brigada pelas dicas pra tosse! Vou usar tudo moderadamente, rs. Mas na verdade (finalmente) já está melhorando. Tô quase boa (espero!). 'Brigada!

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Priscila: Como eu nao consigo acessar o seu blog, vou responder por aqui. Vim pela STB sim, mas faz uns 7 meses quase. Na época demorei muito pra ficar online. Vc pode dar uma olhada aqui nos meus arquivos. Mas tb quando fiquei, choveu família. Isso tem a ver com vários fatores como horas de experiência(eu não tinha muitas!), há quanto tempo vc dirige(nem 1 ano, mas quase isso), a sua carta bem escrita, a fotocolagem tb pq é um marketing pessoal assim como a sua carta e é isso que eu consigo pensar agora. Mas tb naquela época a crise econômica não tinha tido tantos efeitos aqui ainda, e acredito que tinha menos meninas inscritas. Não sei qual por ser o problema. De que estado vc é?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Alguém sabe?

Quanto custa checar a voice mail? Devo ter ligado umas trocentas vezes só hj pra lá. Não consigo entender toda a msg que me deixaram. P*TA QUE PARIU!

*agora tô me sentindo melhor :)*

Me pergunto se isso aparece na conta que minha host family paga.............espero que não.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tossi fora minha criatividade pra títulos ontem a tarde, sorry

Gente incompetente tem em todo lugar do mundo. Mas isso não quer dizer que vc precise passar por uma experiência que confirme tal fato. Eu pelo menos poderia ter dormido sem essa.

Vai fazer um mês que tô com uma tosse horrorosa (mãe, eu sei que vc tá lendo, então presta atenção: EU TÔ BEM!), daquelas que quando vc escuta solta a pérola "meu cachorro morreu assim!". Pois bem, já que o tempo não foi suficiente pra levar todo esse catarro(eww) embora, tive que apelar para o remédio. Mas desde quando americano sabe de remédio? Aqui eles entendem de Tylenol e olhe lá. Eu tô em busca de algo mais natural e isso parece algo raro por aqui.

Perguntei pra Sandra Bullock se ela sabia de algo bom pra tosse. Acho que ela (também) usa o tempo como remédio. Semanas depois os pais de Jackie vieram pra cá passar duas semanas com a gente e a mãe de Jackie, com pena dessa pobre alma que só tosse (tô exagerando, mãezinha!), me comprou um remédio que por sinal acabou hj e eu continuo no mesmo nível tossal. Great. Agora acredito mais ainda nos remédios que encontro nas big pratileiras dessas famárcias gigantes...

Hoje, num ato desesperado, pergunto a Elvira, a cleaning lady como eles chamam aqui (que é da Guatemala) se ela sabe de alguma coisa. Eu com meu português e ela com o espanhol(ela pouco fala inglês), fico sabendo que a CVS supostamente tem xarope natural. HOORAY! Que ânimo que me deu essa notícia. Uma alegria quase sexual, que mais tarde se transformaria em perda de tesão total.

Pois que depois da janta, pego o carro e vou a CVS pra encontrar os mesmo produtos da outra farmácia. Já que estava lá, pq não pedir informação a algum funcinário? Vai que eles colocam esse tipo de produto separado, não é mesmo? Rodo a CVS inteeeira atrás de uma alma que seja, e encontro uma mulher com cara de quem já queria estar em casa faz tempo e inutilmente faço a minha pergunta. "Olha lá na seção H, deve estar por lá". H for HEALTH or HELL que é pra onde eu quero mandar a senhora (com todo respeito é claro)? PQP, que ódio! Pedi ajuda até ao meu anjo da guarda, mas nada. Acabei comprando uma porcaria de xarope Vick e uns drops "naturais".

Ai que saudade do Mundo Verde onde eu podia comprar Bronquivita e parar de tossir em no máximo 3 dias.

E aí, alguém tem alguma dica, mandinga, qualquer coisa pra dar?

P.s. Terminei o post e ainda tô respirando, mamita :)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Diálogo do dia

MM = Minha Mãe
BC = Bandido Carioca

MM: Alô?
BC: Mãe, sou eu, sua filha. Fui assaltada, me ajuda *chorando*
MM: filha?
BC: É, mãe. Fui assaltada, me ajuda...!
MM: ... olha aqui seu filho da puta, onde a filha tá não tem assalto!!!
BC: ...tu...tu...tu.


Assalto tem, mas esse tipo aí de roubo ainda não chegou aqui.

Ô país pra juntar gente esperta E mal intencionada. Pqp!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tudo junto + um monte de coisa

Hoje sei o que é falta de tempo. No Brasil meu problema era a preguiça que eu chamava de falta de tempo por administrar porcamente meu tempo livre. Hoje sim sei o que é nào ter tempo, ou ter mas não o suficiente pra fazer tudo que se quer. As colegas-de-trabalho-que-atualizam-seus-blogs-regularmente que me desculpem, mas depois de um dia inteiro pensando no outro e administrando a vida alheia, tudo que eu quero são algumas horas sem pensar em nada, ou melhor, algumas horas de eu, eu mesma e meus pensamentos sobre a minha pessoa.

Tecnicamente depois das 5pm eu não "trabalho" mais, mas como eu me vejo como parte de um todo e sou tratada como tal, 5:30/6pm as vezes ainda tô brincando, coloco a mesa vez ou outra quando tô a toa(serviço esse que eu fazia na minha casa e não vejo pq não fazer aqui), e só depois das 7pm mais ou menos é que posso relaxar. Vamos fazer as contas então. Se as 7pm eu quero relaxar e as 9pm eu quero ir pra cama(não que eu realmente consiga ir pra cama a essa hora...), me restam 2hs, no máximo 3hs pra tomar banho, fazer homework, resonder e-mail etc. TV? Nossa, nem sei o que é isso. Essa semana cheguei da faculdade e tinha um dvd do Netflix aqui na porta do meu quarto: French Kiss com a Meg Ryan(quando ela ainda era ela mesma). Meu host assistiu e achou que eu ia gostar. Deu a louca e eu fui a assistir a porcaria do filme(que aliás é bom, recomendo. Dei altas risadas com a personagem dela). Conclusão, fui pra cama as 1am e só Deus sabe (meeeesmo) como eu levantei as 6:50am.

Então assim, vontade de postar não falta. Passo o dia fazendo rascunhos mentais das coisas que quero comentar aqui, mas acabo sempre deixando pra depois já que vou por prioridades.

Enfim.

As suspeitas do post passado sobre o final de semana de 3 semanas atrás estavam completamente erradas (ainda bem!). Eu tive um dos melhores finais de semana aqui. Fui pro Big Bear, as montanhas aqui embaixo no sul da Califa onde o povo vai pra fazer esses esportes de inverno. Vi neve pela primeira vez na vida, o que era o meu objetivo. Tudo bem que foi neve velha, suja de 1 semana. Enquanto muitas de vcs já estão a beira do suicídio por causa do inverno, eu tive que mover my ass atrás de neve.

Não vou dizer que foi tudo bem por acaso pq não acredito em acaso, mas estava eu louca pra ver neve, mas sem chance alguma de realmente ver a merda branca já que meus hosts foram pras montanhas quando eu fui pra Sao Xico no final do ano. Fui convidada, mas preferi subir, rs. Eles ate que tentaram reservar um dois dias que fossem no Big Bear pra Fevereiro, mas não bateia com a agenda deles e das criancas(lê-se winter break), então miou. Depois disso queriam que eu convencesse a Norueguesa a ir pra neve. Tipo que a garota não aguenta nem eu falar a palavra neve, que dirá ir pro Big Bear.

Nisso, eu vinha pensando na au pair da Nova Zelândia já fazia uns dias, que foi a primeira que eu eu conheci aqui, e resolvi deixar uma msg no facebook pra ela. A fofa me responde dizendo que extendeu por mais alguns meses e a proposito, me pergunta se quero ir pro Big Bear no final do mês de Janeiro. Quase caí da cadeira. Ca-la-ro, benhê.

Eu, ela e mais 18 amigos...................... tipo, a bicho do mato aqui aceitou na hora, mas um dia antes já estava como, né. Pensando que melhor seria não ir, inventando mil desculpas pra mim mesma do pq seria melhor ficar em casa. Que vergonha de mim mesmo, meu Deus. Tenha pena dessa pobre alma que vos escreve! Eu não tinha muito intimidade com ela, e sem contar os 18 desconhecidos. Nesse meio tempo eu sei que consegui carona pra ir com pessoas que eu nunca tinha visto na vida e peguei emprestado toooooooodo o gear pra snowboard com uma amiga dela que é my size. Economizei muito já que ia ter que alugar tudo. Achei muita sorte ter alguém que é exatamente minha altura e número.

Pra resumir, não me senti excluída nem por um minuto. É um grupo muito legal, que está sempre fazendo alguma coisa junto, marcando eventos, saídas, essas coisas. Fiz uma aula de umas 2hs e depois fui com a cara e a coragem pras montanhas. Caí horrores naquela neve que no segundo dia tava mais pra gelo do que qualquer outra coisa. No final eu já tava mais em pé do que sentada, rs. Virei fan do esporte. Sem dúvida, se tiver chance, volto lá pra continuar a praticar :D



Acabei voltando pro Big Bear semana passada com so hosts just for the day, e aí sim vi fresh snow. Ô coisa linda! Muito bom passar o dia na friaca, ver a neve, brincar na neve, molhar a bunda e depois voltar pra casa onde vc só precisa de um casaquinho leve(um pouco mais que isso mas tudo bem).

Fui a Hollywood, fui a cluester meeting de outra agência(muito divertido!) çom direito a lugar na frente da foto (hauahauhaua), entre outras coisas. Meu grupo de amizade está crescendo bastante e isso está sendo fundamental pra mim. Ah! E tô fazendo aula particular de piano, já falei? Pois tô, e tô amando claro. Não poderia ser diferente. Um dia venho aqui contar sobre uma aula.

Queria escrever mais, mas tô caindo de sono aqui. Vou responder os comentários como prometido há alguns posts atrás e vou pra cama pq eu mereço.

Juca Araujo: Obrigada pelos elogios :) Escrevo a toa mesmo, pra minha própria diversão, rs. Mas fico feliz quando alguém diz que gosta de ler meus textos. E eu sei que o meu trabalho aqui é importante e faz diferença, mas queria poder fazer um pouco mais. Mas talvez eu não esteja dando o valor necessário o que faço diariamente.

Mari Z: Não, ainda não procurei, mas achei "por acaso" algo relacionado

Carlitcha: We need to talk!

Então é isso. Fui que já tô ficando dizzy aqui.

(tô há 3 semanas com uma tosse de cachorro sarnento ferrada. Aaaaah que saudade do xarope lá de casa....)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Hum...

Sei não, mas depois de desligar o telefone há alguns minutos atrás, não senti firmeza nesse final de semana...

Espero estar errada! Mas volto pra contar. Quando voltar também respondo aos comentários, ok?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Falta alguma coisa

Não falta uma, faltam várias na verdade, mas o principal é que falta algo really meaningful, sabe? Sei lá, acho que sempre faltou, até mesmo quando eu fazia a evangelização das crianças no centro. O que a gente mais fazia era trabalhar o caráter das crianças, mostrando e ensinando o que podemos fazer de bom para o próximo e para o mundo em que vivemos. Mas ainda sim não era isso.

O motivo de eu estar escrevendo isso é que há uns minutos atrás estava eu de curiosa vendo as fotos do perfil de uma pessoa quase-aleatória no Facebook, e tinha uma foto dela que parecia ser na África. Tipo, a ÁFrica tá na moda, mas beleza. São boas ações para com o próximo, então tá mais que válido. E é isso que tá faltando na minha vida(uma das). Não digo ir pra África, mas fazer algo que dê sentido e tenha um propósito nobre. Também não tô falando de reconhecimento, status, lugarzinho no céu, mas algo que mude a minha vida e a vida dos outros também (eita!).

Enfim, enquanto eu não sei o que eu quero fazer da minha vida, vai ficar ainda mais difícil saber o que eu posso fazer com a vida dos outros(no bom sentido, claro)!


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O mais engraçado é que eu sempre venho pra postar uma coisa e acabo postando outra. Ninguém merece.