domingo, 23 de agosto de 2009

Aceitação

Por que é tão difícil nos aceitar como somos? Com todos os defeitos, as imperfeições, as cicatrizes que fazem de nós quem realmente somos. Afinal, quem disse que precisamos ser perfeitos para sermos amados ou aceitos? Bom, essa é uma idéia que adquirimos durante a vida por um motivo ou outro. Sorte daqueles que não caminham por essa estrada.

Tenho pra mim que esse ideal de perfeição começa com um fracasso em determinada área da vida da gente, seja ela afetiva ou professional. Esse é o botão de 'Start' pra muitos. É quando começamos a buscar o motivo de não ter dado certo, e começamos a nos culpar, e achar que poderíamos (sempre) ser melhores do que somos. A partir daí começamos a nos julgar mais, a sermos críticos de nós mesmos, tendo como objetivo a perfeição. Na verdade estamos nos tornando nosso maior inimigo.

Comecei a pensar nisso quando estava na praia hj a tarde. Quando eu vou a praia, não me basta ir e curtir na areia o sol e o local em si. Eu preciso entrar na água. Não basta só molhar os pés, eu preciso mergulhar. Isso é o que EU exijo de mim, não o que eu realmente tenho que fazer necessariamente. Aí fica eu igual a uma pateta na beira da água esperando a brecha perfeita pra mergulhar, sendo que eu não das mais corajosas no mar. Já me vi me afogando(sonhei, mas foi bem real), então não tenho lá muita coragem pra ir chegando e furando onda. Eu sei nadar, sei exatamente o que fazer e como me comportar no mar, mas eu tô sempre com dois pés atrás. Assim é bem difícil vir a oportunidade perfeita, a não ser que não tenha praticamente onda nenhuma (difíiiiicil). Aí fico eu lá, olhando todo mundo entrar, de criança a idoso, e eu ali, parada, de preferência me sentindo o cocô do cavalo do bandido.

Em meio a esse sentimento hj, eu comecei a me questionar. Pq eu TENHO que mergulhar? Será que é isso mesmo que eu quero? Mesmo que eu não entre no mar isso não me faz pior do que ninguém, então pq me torturar? Eu tenho que aceitar que eu sou assim, tenho medo mesmo. Posso tentar enfrentar o meu medo? Sim, mas não achar que enquanto eu não entrar lá eu serei menos que os outros.

Enfim. Difícil colocar em palavras todas as teorias sobre o assunto que estão na minha cabeça no momento. Espero que tenha feito algum sentido pelo menos.

Pra quebrar um pouco o clima pesado do post:





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Esse não é só mais um blog, ele tb tem conteúdo! ;P

sábado, 22 de agosto de 2009

Lucius Malfoy



Rawr! >:9

Acabei de ver Harry Potter e a Ordem da Fênix. Acho que esse é o meu favorito dos filmes da série.

E se vc não tem nada o que fazer(assim como eu), clique aqui. Imprecionei O.o Tem o spell, a descrição, pronúncia e onde foi mencionado! Impressionante.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Expectations

It's SO hard to not have expectations. From life, from people, from situations. SO. effing. hard.

I try, though.

sábado, 15 de agosto de 2009

Peace sweet peace

Sandra e Jack tiraram férias e foram para o Alaska com as duas crias. Como não é muito barato ir para o Alaska em cima da hora, eu fiquei. Porém, contudo, todavia, eu adoriaaaaaa ir para o Alaska no 0800, mas tô é curtindo muito minha paz aqui desde quinta-feira. Verão é stress, fato. 9 horas intensivas de motherhood. Depois dessa experiência, acho que só na próxima encarnação. E isso pq meu sonho de vida era ser mãe...

Enfim. Falando em quinta-feira, a piada começou cedo. Não, pq assim, quando vc menos espera vem o destino e BAM, te dá um tapa na bunda pra ver se vc acorda. Isso aconteceu comigo as 7 da manhã de quinta.

Os Bullock-Chan queriam que eu levasse eles no aeroporto de manhã as 6:30. Então acordei as 6:15, prendi o cabelo sem olhar no espelho, coloquei a primeira calça jeans que vi, um casaco que anda sozinho já de tanto que eu uso, meia e sapatinho. Bem vó. Sem brincos, sem escovar o dente, afinal, são 6:30 da manhã, quem que vai falar comigo além dos "de sempre"? Só preciso deixar eles lá e pronto. Agora, caro amigo leitor, aprenda uma coisa. Sempre que vc pensar dessa maneira, pode acreditar. O oposto acontecerá.

Dei a chave pra minha host dirigir, pois ela é mais rápida e eles tinham se atrasado 15 minutos. Chegando lá, os dois do lado de fora do carro tirando as malas e eu naquela de ajudo ou não ajudo, ajudo ou não ajudo. Resolvi ajudar e saí do carro. Acabou que nem precisei fazer nada, mas minha saída do carro tinha propósito, um estranho propósito que eu ainda não consigo definir bem. Pouco depois que saí do carro, vejo um par de calças parar do lado da pilha de malas que tinha se formado. Adivinha quem era? O PÃO! A tá, valeu mesmo, hein, Destino. A essa hora da manhã, eu sem ter dormido direito, com essa cara e sem nem escovar os dentes, o Sr. vai e cruza o meu caminho com o do pão. Táquipariu. Ele lindo, fofinho, quentinho e cheio de açúcar, e eu aqui na minha insiguinificância matinal. Valeu meRmo pelo "empurrão".

Tava perdido, acredita? Tá sempre viajando a trabalho e naquele dia, justamente naquela manhã, ele foi parar no terminal errado. Que coisa, né, Deus? -.-' Engraçado foi Sandra, Jack e até Pocahontas perguntando quem era. Oxe, gente. Até parece que nunca viram um pão doce na vida! Aff.

Nem preciso dizer que caí em tentação e mandei msg pra ele, que logo respondeu que deveríamos hang out soon. Uhum, sei. Mas dessa vez é diferente. Já sei qual é o esquema e não tô esperando nada. Como vcs sabem, tem muita mosca em volta e eu não tô aqui pra ser uma delas. Se não é pra levar pra casa então não quero. Chega de ficar só olhando com água na boca. Bola pra frente. O que vier (desse pão) é lucro.

Sexta transcorreu tranquila. Acordei tarde pra caracoles, e acabei passando o dia dentro de casa, com exceção da minha saída pra comprar papel higiênico. No final do dia uma suéca que eu conheci no início do meu ano aqui e sumiu depois que encontrou party-buddies(não curto muito o party-all-day-all-night life style), me chamou pra sair. Eu aceitei, claro. Não preciso acordar cedo no dia seguinte, então tá beleza.

Foi uma das noites mais divertidas da minha vida. Não se foi pq eu tava in the mood ou por causa do Sex On The Beach(não literalmente) que eu bebi, mas eu tava falando até com poste se deixasse. Quem manda as pessoas puxarem papo. Acabou que encontrei geral na pista (desci o morro carioca agora) e foi muito divertido. Fiz vários amigos pelo caminho,rs. Foi realmente muito bom.

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Como eu tô editando esse post 1 mês depois, já não lembro muito bem da sequência dos fatos ou exatamente o que eu fiz. Eu sei que eu fui no cinema várias vezes, show de banda cover dos Beatles no parque, show da Michelle Branch no mall, passeio em San Pedro, restaurante e ótimas noites de sono. Que delícia! Pensei que me sentiria sozinha ou até "com medo" de ficar aqui sozinha, afinal, essa é a terra dos serial killers e todas as assombrações e ETs que vemos nos filmes. Mas não, fiquei de boa! Que bom, rs.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Causos: Bob The Builder

Como diria meu pai, esse muleke é do pIru!

É cada uma que eu vou te contar (literalmente):

Antes de eu ir pro Brasil ele colocou na cabeça que era um pirata. Isso porque Jack gosta de Gilbert and Sullivan, e colocou os pimpolhos pra assitir uma das operetas chamada The Pirates of Penzance. Pronto. Desde estão ele acorda já perguntando onde tá a espada dele. Passou duas semanas (DUAS) vestindo a mesma roupa porque o resto que ele tinha "não era roupa de pirata". Só dava eu lavando e secando no mesmo dia pra ele poder usar de novo.

Já que quer se fantasiar, então vamos fazer direito. Fiz um chapéu preto com uma caveira desenhada na frente. Peguei uns grampos de cabelo meu que não uso e prendi no cabelo dele. Idéia fantáaardica a minha pra completar a fase pirata dele. Ia pra tudo quanto é lugar com o chapéu. Todo mundo ficava olhando, uns elogiavam, outros comentavam com quem estivesse do lado, e ele adoraaava. Pedia pra eu abaixar pra comentar no meu ouvido "vc viu que aquele menino estava falando do meu chapéu?", e isso com um sorrisinho de prazer tímido. E se o bendito chapéu começasse a escorregar do cabelo? Ihhh, o tempo fechava. Afinal, desde quando grampo de cabelo segura em peruca de descendente de chineses? Nunquinha! Menina, ele ficava possesso. Cooomo aquele chapéu ousaaaaaaava cair da cabeça dele? ATREVIDO! (o chapéu) Só faltava querer dormir com aquilo.

E as músicas? Decorou todaaaaaaas as músicas da opera e ficava (ainda fica) cantando repetidas vezes com o sotaque dos cantores!!! Aí eu, que depois de ouvir ele cantando por mais de um mês, começo a cantar e sou repreendida porque não tô cantando com o sotaque certo *gotinha se suor escorrendo no canto do olho*

Nessas duas semanas eu tinha que brincar todos os dias de pirata. Todos. os. dias. Era cada espadada que eu levava "por engano" que vira e mexe a espada sumia misteriosamente *evil smile*. Um domingo cheguei em casa e a barraca de camping estava montada na sala de jantar. Não preciso dizer que pelos próximos 7 dias aquele foi o navio do pirata ou o esconderijo dos policiais, que claro, estavam sempre em desvantagem pois não tinham espada, privilégio este do King Pirate(preciso dizer quem era?). Foi uma semana longa, confesso.

Quando voltei do Brasil ele estava um pouquiiinho melhor da fase pirata. Ainda cantarolando non-stop as músicas, mas já não fazia questão de se vestir como um pirata. Bastava a espada na cintura o dia todo que tava bom. Porém, notei que ele agora estava mais abusadinho que o normal. Eu chamava atenção dele e ele me olhava com a melhor cara de emoticon-do-olho-de-japa que já vi na vida! Coisa de ninja mesmo! Me olhava de lado, de cara amarrada com o olho cerrado. Que meda!

As disputas com a irmã também rendem boas caras e bocas. Outro dia Pocahontas foi pro quarto e começou a chorar. Sandra correu pra saber o que tinha acontecido. Eu fiquei na cozinha e olhei pro banheiro. Um Bob de cabeça baixa lavava a mão leeentamente. Humm, pensei. Me aproximei como quem não quer nada e perguntei se ele tinha alguma coisa a ver com a irmã chorando no quarto. Ele continuou esfrengando a mão com sabão como se eu não estivesse alí, como se eu não tivesse perguntado nada, até que ele olhou pra mim com aqueeeele olho cerrado. ME-DO. Comecei a incentivar indiretamente (?!), perguntar o que ele tinha feito, com muita calma, e bem baixinho. Aos poucos ele deu a versão dele, que fazia muito sentido, claro. Ele não tinha espaço pra lavar a mão então ele puxou a irmã de cima do banquinho(que já estava lavando a mão!), empurrando ela na parede do banheiro. Tá explicado. Ele não tinha espaço suficiente, ora bolas!

Agora ele também tá menos "gentil", como vcs podem perceber. Os abraços dele parecem mata-leão. As cosquinhas são cutucões. Os beijos podem virar mordidas e o carinho pode resultar num arranhão. Mas uma coisa continua a mesma: as lambidas. Vira e mexe ele vem lamber a gente - eu e a irmã - nos lugares mais inusitados possíveis. Cotovelo, pé...esses lugares.

Ele também é muito ligado em animais e insetos. Tudo que ele vê ele pergunta "o que come isso?", mas não no sentido de querer saber o que o animal come, mas qual é o predador daquele animal. Sinistro. Por isso, outro dia o pai estava mostrando um video no YouTube de um leão brigando com um gato selvagem. Pronto, lá vem. Devem fazer mais de 3 semanas que ele tá andando de quatro e quer que eu ande também, porque afinal, sempre sobre pra gente o trabalho sujo, rs. Até rugir eu tenho, mas tem que ser convincente senão ele fica puto. Mas semana passada eu dei um jeito muito feio na coluna fazendo Pilates que tô sentindo até hj, então agora eu tenho uma desculpa pra não andar de quatro. Mas ele tem o olho junto, ele arruma solução pra tudo. Se não sou o amigo lobo, então tenho que ser o Zoo keeper. Digo lobo pq os animais se alternam, mas todos tem que andar de quatro. Estamos na fase do lobo agora porque eles estão indo pro Alaska essa semana de férias e ele ouviu falar que tem lobos por lá.

E tem que brincar do que ele quer! Senão esteja certo de que ele vai arrumar um jeito de encaixar a brincadeira dele, não importa do que vc esteja brincando. Outro dia fizemos um consultório dentário na cozinha. A história seria a seguinte: O paciente (que era ele), chegaria no consultório dentário e já na salinha ele começaria a cantar uma música de pirata (aquela com sotaque e tudo que eu já canto dormindo). Nisso, o dentista ficaria com medo e perguntaria se ele era um pirata, e aí eles lutariam e o dentista fugiria. Perfeito, né? Agora, quando brincamos de casinha ela é o leão de estimação. Perfeito!

Se vc ver uma foto dele, vc não diz! Figuraaaaaaaaaaaaça. Dá trabalho, viu? Ô!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lisa Hannigan - I Don't Know



Não sei se já postei aqui, mas eu amo essa música <3 Simples, do jeito que eu queria ser, do jeito que eu queria levar a minha vida.

Se eu já postei isso antes, sorte sua que vai poder ver e ouvir a música de novo :P