quinta-feira, 30 de abril de 2009

28 de Abril de 2009 - Tinted Windows @ Troubador, Los Angeles



Pra quem não sabe ou nunca ouviu falar, essa é uma banda nova formada por músicos "antigos". Já que Taylor Hanson é um dos integrantes, eu como uma boa fan de Hanson, tive que dar aquela conferida no material.

(Pra quem não gosta ou nem tem interesse, favor parar de ler por aqui)

Vi que iam fazer show aqui em Los Angeles muito por acaso. Li em algum lugar que no momento não lembro onde(o que era de se esperar), e corri pro Ticketmaster. Tomei um susto pq pensei que o show era dia 12 de Março, o dia exato que eu tinha visto o anúcio, mas não. Dia 12 começava a vender os ingressos. Por sorte, eu comprei na hora ao invés de deixar pra mais tarde como eu sempre faço.

O tempo passou, eu quase não fui pois tava na fase de decidir umas coisas pra minha vida, mas eis que tudo se resolveu da melhor maneira possível. Então na terça, as 7pm saía eu aqui de casa, sozinha, sem GPS, bem como naquela música da Michelle Branch, que não tá na minha lista de cantoras favoritas, mas esse trecho é bem a minha pessoa: "And it's only me, empty handed/With a childish grin, and a camera".

E lá fui eu, que chegando lá descobri que a casa de show era em Beverly Hills, haha. São momentos assim que eu penso como é surreal algumas coisas que eu vivo aqui. Cada restaurante perto da casa de show que eu vou te contar. O naipe das pessoas pra entrar então, sem comentários. Só aquelas mulheres magrelas de pernas compridas e salto agulha, meticulosamente maquiadas, que andam e falam da mesma maneira. É um padrão. Aliás, aqui tem um padrão. As mulheres aqui são muito bonitas, pelo menos aqui na minha cidade, no sul da Califa. Vejo cada uma que fico passada. Nego entra na fila da beleza 10 vezes e Deus não fala nada. Sacanagem. Mas o negócio é que elas todas meio que se parecem de alguma forma, não sei identificar o que é. É como se fosse um padrão. É como se todas quisessem ser a mesma coisa, se vestir da mesma maneira, até como reagem a certos comentários. Que fique BEM claro que não tô falando que americanos são falsos ou coisa do tipo, até pq eu tenho amigos e amigas americanas que NÃO são assim, mas em geral, as adolescentes e recém chegadas ao mundo adulto(nossa, me senti a minha avó agora) são isso aí na minha opinião.

Fugi do assunto, mas retornando com esperança de não ter matado ninguém de tédio com as minhas opiniões fora de lugar, achei o parking sem problemas. Eu sempre me preocupo com parking, SEMPRE. Mas achei numa boa. Saí do parking que era em frente a venue, e fiquei olhando pra Santa Monica Blvd, pensando em como atravessar. Tinha sinal pra esquerda e pra direita, e eu decidindo qual seria mais perto. Ah, que se dane, vou pra direita. Andei, andei, atravessei interessada no letreiro de um restaurante que lia-se Flavor of India, bem na esquina da rua que eu tava pra pisar. Desci os olhos assim enquanto andava, despretensciosamente(?) e ! SUSTO! Vi aquela peruca branca do japa...



A banda estava jantando no restaurante indiano, posso? Dei dois passinhos pra trás, um segundo look e tomei meu rumo. Ninguém na frente do restaurante, só uma suspeita garota num celular. Hummm. Fan, pensei. Eu que não ia parar ali. Meu pai ficou puuuto que eu não entrei (?!?!?!). Como assiiiim? Onde a gente guarda o respeito pelo espaço alheio, ou melhor, a hora sagrada da janta? rs. Admito que são essas pessoas caras de pau que conseguem tudo e um pouco mais nessas horas, mas eu não sei ser assim(eu bem que podia aprender, né?).

Entrando no estabelecimento tamanha foi minha felicidade ao ver o quanto era pequeno o lugar. Ô alegria! Alegria melhor que essa só se o bar fosse num nível mais acima, facilitando a vida da minha pessoa como na House of Blues. Já que não tinha diferença, nem sequer um degrauzinho, uma elevaçãozinha que fosse, mirei o palco e tratei de procurar um bom spot pra ficar.

Quando cheguei não estava cheio e visto que ficar lá atrás não era vantajoso, fui o mais pra perto do palco que eu pude e finquei meus pés. Esperei mais de duas longas horas, putz. Eles foram bem pontuais, mas teve banda de abertura e o caramba. Minha coluna doíiida, ainda mais depois de um dia de trabalho com crianças saudáveis.

Sei que vi todos os membros da banda entrarem no palco, e por último o vocalista principal, claro. Tá sissi, aquele ali. Mas ele pode, vai. Blusa social vermelha, gravata e calça branca (cara, só nele isso fica legal, fala sério), e só Deus sabe como era o sapato pq eu não estava tão perto assim pra ver. Ele entrou, cantou, pulou, SUOU e foi assim, 1 hora de show só pq afinal eles só tem um cd, haha. Variedade 0, mas tá beleza. Foi muito legal poder ter estado ali, conferir um lado diferente de um músico que eu conheço já faz uns anos. Não foi a mesma emoção que Hanson nem de longe, já falo logo.



Terminou o show e eu morrendo de vontade de ter aquele momento de sorte, aquela luz divina que cai once in a life time sobre a gente e te proporciona momentos surreais. Total me vi sendo convidada por alguém pra jogar papo fora no backstage e poder trocar umas palavrinhas com o Hanson do meio(só ele tb, pq o resto eu só sei mesmo o nome do japa e olhe lá). Mas aí o mundo real me chamou de volta pra Terra, eu caí em mim e tomei o rumo do estacionamento. O dia seguinte era dia de branco, ralação e já eram mais de 11pm, hora de Au Pair estar na cama. Fui mas não antes de virar pra trás e dar aquele último look no local repassando as memórias da noite.

Fui pra casa com aquela vontade contida de dar dois tapinhas nas costas daquele ser e dizer o quanto eu estava orgulhosa e feliz por ele como uma velha amiga de infância, mas mais uma vez a Terra fez aquela chamada interespacial(?) e eu tive que entrar na 405 S e voltar a minha atenção para os carros que mais pareciam flechas voando do meu lado.

Resumo da ópera: Muito bacana e tal esse projeto paralelo. Acho legal que ele(Taylor Hanson) tá tendo uma nova oportunidade de fazer com que as pessoas pelo menos escutem, sem o preconceito cego que todos tem quando escutam o nome Hanson. Torço muito pra que dê tudo certo. As músicas são legais, o show é animado, descontraído, mas Hanson é Hanson. As duas bandas são bem diferentes. Nada substitui pra mim. Acho tb que é o fato de Hanson estar ligado a muitos momentos da minha vida, amigos que eu fiz, etc.

Então taí, minha review pra quem quiser ler, com bastante detalhe que não é importante, mas tá beleza. São minhas memórias.



Boa sexta pra todos!
Off topic total: não comam a Pringles de Salt e Vinegar. O gosto é bom, mas o cheiro de vinagre é tão forte que me broxa o gosto, argh.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dois comentários (desnecessários)

Hoje:

Tava saindo pro curso quando resolvi parar e me intrometer na briga alheia entre Bob e Pocahontas. Eu e minha mania de mediar conflitos. Fui tentar apaziguar o negócio, acalmar Bob que mais parecia Enéas em horário político, e me venho com a brilhante idéia de assoprar a cara do muleke que tava ficando vermelho de raiva e choro. Pronto. Achou que eu tava cuspindo nele. Cuspiu de volta e me beliscou várias vezes. Tudo isso por causa das batatinhas chips de arroz recém chegadas da rua que a irmã estava colocando pra ele num guardanapo mas ele queria no prato. Nessa hora dei uma de Quico e gritei "Jackieeeeee, o Bob me beliscoooou!". Já com a voz embargada e a vista embaçada com o excesso de lágrimas, peguei minhas coisas, meu tênis e sumi antes que me vissem chorando por causa de um beliscão de um cotoco de quase 4 anos.

Tô muito emotiva esses dias(só esses dias?!). E acho que é tudo culpa do pão doce. O pior é constatar que o pão doce é bem parecido com aquela rosquinha (estragada) que vc tanto queria anos atrás, mas nunca chegou a sequer provar. É como se a história estivesse se repetindo, credo. Pelo menos não lembro da rosquinha quando olho pro pão doce.

(sabe o que é isso? Carência - a décima potência)

Tá brabo.

Etc:

Não é de hj que vejo esse homem barbudo (meeesmo), de óculos, descalso, pés com rachaduras super profundas, andando pela rua lendo um livro e carregando na mão algum outro. Não sei como atravessa a rua, menina. Ele tá sempre lendo, sempre. Quando o vi pela primeira vez fiquei fascinada. Eu sou uma people watcher, fato, então fiquei analizando a figura e não conseguia decidir se ele era um mendigo (o único da minha cidadezinha), louco, os dois, e com ou sem teto. Vi ele passando e atravessando a rua (feito mágica!) mais de uma vez. A última vez? Aqui na minha rua, entrando em uma das casas. Ele é meu vizinho, HÁ!

Que coisa, não? Conclusão que eu cheguei foi que eu sou muito normal. Me achei bem boring até.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

What's the secret?

I mean, really.

Tipo que quando eu vou em algum lugar, festa, confraternização, batizado ou enterro, eu me comunico facilmente. Chego chegando e logo já tô batendo papo com um aqui, outro ali. Basta eu conhecer um ou dois no meio da multidão. Mas que fique bem claro que esse meu comportamente acontece só em português. Já em inglês, a coisa muda de figura. Eu fico mais calada do que qualquer coisa. Não consigo ser desenvolta e começar conversa assim fácil. É péssimo, me sinto péssima. Passo uma imagem que não é minha.

Então venho aqui hj perguntar a vcs, fellow au pairs se vcs tem algum segredo pra esse dilema.

Edit: Vim fazer um adendo. Eu postei isso aqui pq ontem eu fiquei passada como algumas meninas mesmo falando um outro idioma tem uma facilidade quase assustadora de se misturar e se enturmar(?) assim, puff, do nada. Quando vê já tá batendo aquele papo gostoso. Vi isso acontecer ontem, e pensei "comofas, Jesus?". Invejei, assumo.

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Ia deitar, mas acabei de ver que tá passando The Notebook na TV e eu tô bem sentimental esses dias (darnit)

Boa semana pra todos!
p.s. pra quem interessar, eu postei o resumão a Visitante e o Pianista uma semana atrás, mas como eu já estava escrevendo fazia um tempo, ficou embaixo do último post.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

LOL of the day

Jackie tá assobiando a melodia de "O Sapo Não Lava o Pé" desde que chegou em casa. Agora pouco virou pra mim e disse que esperava que no final do meu ano ele soubesse falar mais do que "mas que chulé" em português. E isso não é tudo! Tá lá dedilhando no piano umas notas pra acompanhar a música, HAHA! Tá viciado, rs.

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Tô trabalhando no post sobre a visitante e o pianista. Juro!