terça-feira, 30 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Merry Christmas!


Um Natal de muito amor pra todos...e pra quem tá passando fora de casa, FORÇA, CARA*HO! hauahuahuauahua.

Aiai. Tem horas que tudo que vc(eu!) queria era ser um personagem de Harry Potter e poder aparatar em casa, fala aê. Não que não esteja sendo legal ter uma experiência nova, mas ou, meu pai tá fazendo pavê lá em casa...


Enfim, Feliz Natal!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aiai...

Cansada. Trabalhando bastante nesses últimos dias. Cheia de coisa pendente e tal, não sei nem por onde começar. Minha cabeça tá cheeeia. Tô com dois posts pela metade pra postar também. Pensei em tomar aquele banho quente agora enquanto Bob tá na escola, e lavar a juba que tá ransosa já, mas pra quê? Pra sair no frio depois? Não, pq o frio resolveu baixar aqui no sul da Califórnia. Hj por exemplo, 10C e chuva. Tipo, onde é que eu tô mesmo? Ah! A moça que limpa aqui acabou de perder um dos meus slipers. Logo o meu, logo EU que morro de frio nos pés até quando é verão. E agora, como faz? Quero nem saber, vou carregar o menor pra Old Navy e gastar $10 sofriiidos num par de slipers. E eu mais dura que...ah, deixa pra lá. Ia usar aquela piada do pau de tarado, mas meu humor tá desligado hoje.

Quanto a quem perguntou sobre como faz pra vir morar aqui, resposta no próximo post (isso se eu não morrer de tédio até o fim do dia).

*yawns*

Tem dias que tudo que a gente mais quer é voltar pra cama (com o heater ligado e uns bons 3 cobertores).


Pergunta que não quer calar: O que vcs vão dar pros host de Natal?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FireworkS Festival

Tem coisas que o dinheiro não compra.

Bom, pode até ser verdade, mas foram essas notinhas coloridas que juntei e que depois viraram verdinhas, que me trouxeram aqui. E mais uma vez vivi uma cena de filme, uma cena do filme que passava na minha cabeça quando estava no Brasil.

Domingo teve o Fireworks Festival aqui em Manhattan Beach, se é que se pode chamar o que teve de festival. Aliás, defina 'Festival'... A bagunça começou às 4pm com brincadeiras e diversão pras crianças. Apesar de ter sido um dia atípicamente frio, a cidade estava cheia (lê-se sem 1 parking spot que seja). Aí vc pergunta "fogos? fogos porquê?!". Explico: Esses fogos costumavam ser no Ano Novo, mas como a cidade ficava absurdamente cheia, resolveram mudar para um dia "qualquer" de Dezembro(informação dada pela minha host, Sandra Bullock. Se estiver incorreta, a culpa é dela) >>



Os fogos propriamente ditos seriam às 6:30pm, então fui pegar a Camilla (Noruega) aqui pertinho às 5pm pra gente jantar e assistir aos tais dos fireworks. Pois eis que quando volto da casa dela percebo a missão impossível que seria encontrar um spot pro carro. Bendita (?) hora que resolvi sair de casa motorizada. Depois de uns 30 minutos eu finalmente encontrei um lugar, só que lá na pqp. Tudo que eu menos queria era ter que andar mais de 15 minutos no frio, mas foi o jeito.

Acabamos comendo no Subway. Não era o que eu queria, mas como perdemos muito tempo zanzando pra encontrar um lugar pra estacionar, nos atrasamos e pra não correr o risco de perder o espetáculo, vai o Subway mesmo.

Uma das coisas que mais gosto aqui são as pessoas que encontro, tipo, as pessoas que cruzam meu caminho. Encontramos um lugar pra ficar. Espremidas, no meio-fio, mas com alguma visão da coisa, mesmo que parcial. Aí, lá pelas tantas uma mulher pára atrás da gente com uma criança de seus 2 anos e pouco e cutuca a gente dizendo "vcs poderiam sentar pra ela poder ver?". A boa educação que mamãe me deu me fez sentar, mas a minha vontade era mandar ela procurar um outro lugar, pq convenhamos, pq foi se enfiar atrás da gente então. Fala sério. Enfim, ainda não foi dessa vez que eu deixei de ser otária.

Só sei que por mais aleatória que seja a data, foi ótimoooo! Eu confesso que não estava esperando muito. Pra quem mora no Rio e conhece os fogos de Copacabana, nada que envolva fogos impressiona mais...isso era o que eu pensava. Foram mais de 15 minutos de fogos, nào tão barulhentos quanto os que temos na terrinha, e bem bonitos, viu.

Seguem as fotos do evento:


Sente o drama de como estava a rua principal. Meus hosts ficaram na praia mesmo e com certeza tiveram uma vista melhor que a minha. Aí eu pergunto: o que então esse povo todo tá fazendo se amontoando na rua??? Eu fiquei um pouco arrependida de não ter ido pra areia. Mas o que tá feito, tá feito.















Lembrando que o tempo todo tinha uma banda tocando musicas famosas de Natal. Filmei quase o firework todinho e peguei as músicas de fundo *.*

. x .


Quem já está aí faz um tempo e fez algum curso, pode me dizer onde posso encontrar um lugar que venda livros mais baratos online, usados tá valendo. O que não posso é pagar $200 só nisso agora em Dezembro. Quer pior mês que esse?!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

:@

isn't LOVELY when you're writing a post at the same time you're surfing on Orkut, and then you sign off on Orkut, forgetting you were at Blogspot (too), and that it's all the same fucking shit. So you press submitt and it shows you the l o g i n page.

I.HATE.ITTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT............................................








aff.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Just so you know

Tô partindo amanhã e voltando só depois do Thanksgiving. Queria postar hj a review dos shows, mas não vai dar. Não cheguei nem na metade do primeiro! Rolou também um camping com a family que foi muito legal, California pegando fogo literalmente, mas tudo isso e mais um pouco fica pro próximo post.

Só pra não pensarem que abandonei :P


Happy Thanksgiving adiantado! (ou seria Black Friday?)

<3
Bel B. (Pocahontas só me chama assim agora, rs)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Whatever!



Tô indo ver o Hanson sem um puto no bolso, sem saber como chegar, como voltar, duas noites seguidas e...sozinha. Não tem uma criatura nesse lugar disposta a pagar pouco mais que $30 pra se divertir. Se eu tivesse chamando pro bar, tinha até lista de espera! Nem que não fosse uma banda de que sou fan, por esse preço, carona e uma companhia, eu ia sem nem hesitar. Adoro essas coisas, sempre gostei. Mas no caso sou só eu, 2 tickets, um pouquinho de inocência, muita expectativa (principalmente de saber se vou conseguir chegar no destino, rs) e um coração necessitado de algo do tipo pra lavar a alma, sabe como?



E seja o que Deus quiser!

(livrai-nos de todo mal, amém)

[ pic credit: http://rebela-wanted.deviantart.com ]

sábado, 8 de novembro de 2008

Halloween




Parece que foi ontem que vi as primeiras abóboras na porta das casas, os primeiros morcegos, esqueletos e corvos-enfeite. Digo enfeite porque tem muito dos "de verdade" por aqui. Já que toquei no assunto, deixa eu abrir um parêntese antes de continuar. Não sei nas outras cidades/estados, mas aqui tem MUITO desse pássaro preto muito do supeito. Não sei se sou eu que vi muito filme ou o quê, mas que nervoso da 'orra esses pássaros me dão. Vira e mexe tô eu no quintal (?) ou numa rua deserta e me escuto um gaaaaaaaah-gaaaaaah desses bichos voando sobre a minha cabeça. E quando eles pousam em algum lugar e ficam encarando? Vá se ferrar! Mau agouro do caramba! Eles são tão pretinhos que chega a brilhar no sol, cara. Sem brincadeira alguma. Se não me arrepiasse tanto a espinha quando eu escuto um deles, eu até acharia um pássaro bonito. Mas dá medo até de espantar, eu hein O.o

Enfiiiiiiim, voltando ao Halloween, esse feriado chegou muito rápido. Nem tive tempo de pensar numa fantasia decente. Na verdade tempo eu tive, mas faltou criatividade. Tipo que uma das irmãs de Sandra Bullock é a ninja das fantasias de Halloween. A mulher tem idéias fantárdicas. Já foi um Picasso (o quadro, galerinha), carteira de estudante, já foi um bug junto com o namorado e agora ela foi um fisher man e o filho de 2 anos a minhoca. Dessa maneira ela tem ele preso no anzol a noite inteira e não corre o risco de perdê-lo, rs. Tô doida pra ver foto deles. Pelo jeito as idéias ficaram todas com ela, não sobrou nenhuma pra minha host pois essa não deu uma sugestão se quer, e todas que Pocahontas (lembrando, 6 aninhos) sugeriu, eu fui obrigada a recusar (flor, cachorro, vela...).

No último final de semana eu já estava meio tensa. Resolvi ir a praia do lado, Hermosa Beach, e descobri uma suposta loja de fantasia pro Halloween, que na verdade pretendo voltar lá depois das festas pois achei umas roupas um tanto quanto interessantes. Tava mais pra brechó do que pra fantasia de Halloween. Só Deus sabe o preço e só com muita sorte eles terão o meu número, mas tá beleza. Fora isso, só achei fantasia sexy. Tipo, HELLO-OU. Era pra ser funny/scary, certo? Se era eu não sei, mas essas lojas estão por toda parte. Eu até achei algo interessante que eu gostaria de ser: Irish girl. Lá vai eu ver a fantasia (inutilmente, claro): uma saia que na verdade é um cinto-wannabe, bota branca xuxa-old-days e um corpete com um rasgo profundo no meio (e não, essa parte não fica nas costas). Valeu então [Y]

No dia seguinte, num ato desesperado, já disposta a me fantasiar de banana, corro pra Target. Só encontrei os restos, pqp. Tá, vamos dar uma olhada na seção infantil, just in case. Achei uma noiva tamanho L! Perfeito pra uma encalhada como eu. Sem graça, mas perfeito. Depois, não sei de onde veio, mas eu tive a idéia de usar o vestido da noiva que era bem simplesinho, comprar asas e ser Juliet do Romeo + Juliet. TA-DÁ! Tá, eu A-MO o filme e confesso que sempre tive vontade de me fantasiar de Juliet. Mas admito que não é lá uma coisa muito original. Eu podia apostar que a maioria das pessoas (se não todo mundo) ia pensar que eu estava fantasiada de anjo (o que aconteceu), mas não deixa de ser já que no filme ela está de anjo no baile (DUH!).


(tava frio, por isso a manga comprida por baixo)

O que me deixou mesmo passada foi o fato de que praticamente todo mundo se fantasia sem medo de ser feliz. Que coisa maravilhosa! E não é fantasia furreca não, como a gente vê no Brasil neguinho usando só acessório com medo de parecer rídiculo. Assim...defina ridículo. Tipo que de manhã, quando fui levar Pocahontas pra escola, eu já via os primeiros sinais de que aquele não seria um dia normal. Me fez lembrar um pouco do mundo de Harry Potter. Vi um monte de mãe mega fantasiada, cigana, bruxa, e quando digo isso, veja bem, quero dizer que elas estavam fantasiadas MESMO. Super bem produzidas. Eu cheguei a me sentir mal de estar fantasiada de eu mesma. Andando pela rua vi um cara indo pro trabalho com uma peruca. Uma suposta gueixa e uma freira de braços dados também passaram por mim, e isso de manhã. Onde quer eu que eu fosse eu via alguém com algum detalhe, um chapéu, orelhas diferentes, algum acessório de Halloween. Achei um must tudo isso, cara! Amei!

Nem era noite ainda e a rua aqui já estava movimentada, com princesas, piratas, monstros, animais e frutas andando pra lá e pra cá. Segundo Sandra B. o Halloween aqui é bem diferente. Segundo ela, quando veio morar aqui se espantou com o Halloween, pois onde ela morava e até em Boston mesmo, ela via grupos de crinças e tal indo de porta em porta, não a muvuca que fica aqui. As casas pro lado de lá são relativamente longe um das outras, há um espaço, digamos assim. Lá pelo menos se tem backyard, o que aqui em Manhattan Beach é praticamente um milagre. A terra aqui é BEM disputada e cara (põe cara nisso). Então uma casa é bem do ladinho da outra. O vizinho espirra de lá, a gente diz 'bless you' daqui. Durante o trick or treat com as kids, passei pela casa de uma amiguinha de Pocahontas. Quase caí pra trás quando vi o 'quintal'da fulana. Ela comprou o espaço pra uma nova casa do lado e fez de quintal. TODO mundo que passava por alí apontava e comentava. Muito estranho, rs. Vc olha e parece que roubaram a casa que tinha ali durante a noite, rs.

Onde eu moro é uma rua onde carro não passa. Nem todas as ruas são assim, mas o fato de não passar carro atrai mais gente ainda. É complicado de explicar, só vendo mesmo pra entender:

(nessas fotos a rua ainda estava vazia)







Deu umas 7hs, a rua estava LOTADA, só faltava o funk. Adultos, teens, crianças, babies, grávidas e cachorros, todo mundo fantasiado. Eu vi foi de tudo, de Sara Pailin a Jesus. Tentei tirar fotos, mas todas saíram como essa aí acima, e claro, ganhei muitos compliments sobre a minha fantasia de anjo. O mais cômico foi eu me acostumar a andar com as asas, coisa que não aconteceu. Eu esbarrava em todo mundo que passava por mim e perdi a conta de quantas vezes fiquei entalada, literalmente, nos portões das casas durante o trick or treat com as kids ::rolls eyes::

A decoração merece um parágrafo a parte. As casas aqui na rua capricharam. Algumas assustavam até a mim (que fique entre nós, mas isso não é muito difícil). Decora-se por fora, e para os mais entusiasmados decora-se também o interior das casas. Coisa de louco. Vampiros, partes de corpo sangrando, corvos, gatos pretos assustados, e abóboras, muuuitas abóboras. Cada casa mais criativa que a outra. Aqui em casa nós fizemos as decorações. Os pais não ligam muito, as crianças se divertem cortando e colando, aqui eles são total pró-economia. Nada de gastar dinheiro com 'besteira'. Pois então fizemos os nossos próprios enfeitos (confesso ter copiado de várias casas aqui da rua, mas quem se importa? rs). Não ficou cinematográfico, mas deu pro gasto. As crianças se amarraram "wow, vc é muito criativa!"... ??? Entáo tá.



Peguei candy, dei candy, comi candy. Deu 9hs da noite e eu tava na cama lendo um livro.

The end.

What an exciting night! Não, sério. Parte culpa minha, parte culpa da falta de companhia. Eu me diverti, foi interessante vendo pelo ponto de vista cultural da coisa, mas poderia ter sido bem melhor, vai.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

*dances*



HAHAHA, sorry! TIVE que postar :P AMO House e tô entraaando naquela fase do mês em que fico com o humor parecidíssimo com o dele.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E lá vamos nós... (continuando de onde parei)

A chegada em Manhattan Beach

Meu vôo de NY pra LA atrasou 4 horas devido ao mal tempo. Cheguei aqui as 2 da matina. Meu futuro host estaria esperando. Talk about awkard moment. Reconheci ele de cara, foi um primeiro encontro bem agradável. Estranhamente, EU não parava de falar. Eu lembro de estar bem curiosa quanto a cidade, pois antes de vir, tudo que eu conseguia achar sobre Manhattan Beach era o pier. Eu ficava imaginando se a cidade era SÓ o pier. Tipo, 10 ruazinhas com casinhas e um pier. Boohoo. Mas lembro como se fosse hj, no caminho pra cá eu comecei a ver parque, correio, corpo de bombeiros, mais de 10 ruas... ainda lembro do que senti. Parecia que eu estava entrando em algum cenário de seriado de tv. Na verdade, hoje me sinto privilegiada. Manhattan Beach é uma cidade super bonitinha, bem organizada... e cara. O nível econômico aqui, no geral, é bem alto. Tô a 4 quadras de todo tipo de lojas (caras, but still), de roupa a comida, sem contar a praia que tá logo ali no final da rua. Às vezes me lembra aquelas cidades em que as pessoas que residem nela aparentam ser felizes e perfeitas, sempre com um sorriso no rosto pra vc, e um belo dia a cidade vai parar nos jornais por ter sido palco de alguma tragédia, algum acontecimento bizarro ou coisa do tipo. Talvez eu esteja assistindo filme demais. Só talvez.

Quando cheguei na casa achei ela suuuper bonitinha e aconchegante, ainda me lembro como se fosse hj (pra quem tem memória curta, até que tô lembrando bastante, rs). Meu primeiro pensamento foi a minha mãe. Ela com certeza ia adorar. Não é uma casa grande, é uma casa com espaço suficiente para o número de pessoas que moram nela, sem o famoso exagero americano. Quando vi meu quarto, noooossa, que alívio, huahuahua. Eu não tinha visto fotos do quarto nem de nada. Só da casa por fora e não tinha tido muita informação sobre o quesito acomodação. Eu sabia que tinha um quarto e que dividiria o banheiro com as kids, mas isso era tudo. Luckily, o quarto é todo fofinho, sem exageros e com tudo que eu preciso. Mas o que eu mais gostei foi a janela, rs. O meu quarto no Brasil tem uma janela mínima, e aqui tenho duas. Uma tradicional e outra grande com uma "bancada". Amo essa janela (!). Quando cheguei tinha um welcome sign na porta do quarto, um mapa da casa (como se fosse possível se perder, HAHA) feito pelas criaturinhas e dois homemade porta-retratos com fotos da minha família. Uma surpresa pra mim já que eu não estava esperando nada. E pra quem está se perguntando se tenho problemas em dividir o banheiro com as kids, eu não tenho nenhum. Tudo é contornável. De vez em quando a bathtub amanhece toda desenhada como no meu primeiro tour pela casa. Quando fui apresentada ao banheiro minha host disse "Alguém deixou um recado pra vc na bathtub como vc pode ver". Rabiscos vermelhos everywhere. Nada que um esfregão e um pouco de sabão não resolvam. O espelho tem animais grudados segurando escovas fofinhas, e na parede perto do chuveiro, pratileiras cheias de brinquedos pra brincar na bathtub. Fico tentada as vezes, confesso. O patinho amarelo de borracha vive me encarando.



A família hospedeira

E eu lhes apresento a minha família:

Parents: Sandra Bullock + Jack Chan
Kids: Bob The Builder (03yo) & Pocahontas (06yo)

Eu sinto como se estivesse em eterno processo de adaptação, mas já deu pra ter uma idéia de como eles são. O iníco foi paulera. Muita informação, muita coisa nova, muita diferença. Viver com a sua própria familia pode ser complicado, que dirá cair de pára-quedas numa família de estranhos num outro país. Madness, só pode. Até vc se adaptar ao jeito do outro, até vc entender que o sentido daquela frase era esquerdo e não direito, até vc se acostumar com a presença e o ritmo de vida, isso leva tempo e paciência de ambas as partes. Meus hosts são super inteligentes, bem informados, interessados e corretos (as vezes até demais). Aqui nada se desperdiça, e quando eu digo nada, é nada mesmo. Não jogamos comida fora nem deixamos nada no prato, e se sobra água no copo, esta vai pra as plantas. A maior parte do nosso lixo é reciclado, separamos papel, vidro, plástico, e tentamos ao máximo não desperdiçar nada. Eu tenho aprendido muito com eles diariamente. A mãe é o tipo de pessoa que já viu de tudo um pouco, entende de tudo um pouco, já viajou meio mundo e vc olha pra ela e parece que ela mal saiu da faculdade. Ela é bem mãezona, não deixa para os outros o que é trabalho dela, observadora e exigente. Dá o melhor de si e espera que os outros também façam o mesmo (tá parecendo até coisa de horóscopo isso). Já o pai é mais reservado. Assim como a mãe, é inteligente, interessado e viajado, e muito perfeccionista. Ambos são ótimas pessoas, e acabo passando bastante tempo com eles, embora eles sempre me encorajam a sair, fazer amigos e principalmente construir a minha vida aqui para esse ano. Sempre me agradecem por tudo que eu faço, tudo, thank you very much. Uma das coisas que eu mais gosto neles é o fato de terem plena noção do que é e do que não é minha obrigação aqui, o que parece ser algo que não se encontra em qualquer família. Eu sou a quinta au pair deles, então era de se esperar.

Eles não são uma família tradicionalmente americana (e eles sabem bem disso), o que no início antes de fechar com eles me deixou um pouco na dúvida. Hoje penso que fechar com eles foi a melhor escolha que fiz de todas as opções que eu tinha. O pai é filho de chineses e a mãe é americana. Os pais de Jack Chan já vieram visitar e tô pra encontrar nessa terra pessoas mais doces que eles. A mãe de Sandra Bullock passou as duas últimas semanas aqui e foram dias bem agitados, mas definitivamente muito agradáveis. Tanto os avós maternos quanto paternos merecem um post a parte.

O final de semana aqui (e quando digo isso me refiro a eles) é fazendo trilha, picnic, acampando, enfim, coisas em família. Se tem uma coisa que eles fazem questão, isso é passar tempo juntos. As crianças não assistem tv, só em ocasiões especiais, é um special treat, como eles chamam. Enquanto a maioria das crianças hoje em dia fica na frente do computador, aqui quanto mais tempo fora de casa em parques, brincando na rua, na praia ou biblioteca, melhor. Aqui eu não paro. Não que eu tenha uma vida social ativa, rs, mas eu literalmente não paro com as crianças. Tudo que eles querem brincar, a au pair tem que brincar também. E eu me divirto (na maior parte das vezes). Claro que tem dia que vc acorda meio Dr.House, curta e grossa, mas isso acontece com todo mundo. No fim do dia eu fico louca pra fazer alguma coisa diferente, mas sempre bate aquela preguiça, aquela vontade de deitar e morgar na frente da TV, ou dormir. Tenho que lutar MUITO contra o cansaço no final do dia se eu quiser sair e fazer alguma coisa pra mim.



Lugares que já visitei

Eu faço muito programa com a família, principalmente quando não tenho planos, o que até pouco tempo atrás significava sempre. Já fui fazer trilha no Will Rogers State Park, o que é algo que eu definitivamente não estava acostumada a fazer. Eu sabia que eles eram super fans de trilhas e coisas do tipo, então assim que cheguei tratei de providenciar shoes decentes pra isso. Aliás, minha host fez esse favor. Primeiro sapato comprado do lado de cá. Foi meio tiro no escuro pq foi online, mas foi certeiro. Tá aqui, BEM esportivo, mas posso fazer o caminho de volta U.S - Brasil a pé que nem sinto (eu, como sempre, muito exagerada).

Já fui a Palos Verdes 3 vezes acho. É um lugar aqui pertinho, umas duas ou três cidades ao lado, ao sul do estado. Liiindo demais. Que praia maravilhosa! Pena que naquela época eu não tinha minha camera ainda. Não tem muita areia e sim pedras de todos os tamanhos, e altas "barreiras" perto do mar. Acho que eles chamam de clifs. Me lembrou muito um sonho que eu tive anos atrás em que eu estava numa praia como essa. Foi quase um Deja Vú quando cheguei lá. Fui também a Disneyland, San Diego Zoo e fiquei num ótimo hotel por lá. Não tenho mesmo do que reclamar. Se for pra reclamar, vai ser do defeito dos outros, e defeitos todos nós temos. Agora em Novembro tem o Thanksgiving e lá vou eu pra Boston e depois Connecticut. Pode me chamar de doida, mas eu não poderia estar mais animada :D (sério
). Já ouvi falar TANTO de Boston que tô ficando agoniada. Meus hosts moravam lá antes de vir pra Califórnia, Pocahontas vive falando de lá, assim como ambos os avós das crias. E já que vou estar em Boston, porque não conhecer Salem? Ne-ces-si-to!



O balanço

Os 2 primeiros meses são cruciais. Depois de 2 meses aqui vc já consegue fazer um balanço, não só dos dias que já viveu em terras estranhas, mas também das idéias que se tem quando estamos no Brasil e do que é realmente viver a vida de au pair. Quando ainda estamos na fase de sonhar com a mudança, com o novo, tudo parece ‘fácil’. As coisas tem uma proporção tão pequena, e lendo a experiência alheia nos sentimos preparadas para todo e qualquer tropeço que possa aparecer. Passamos horas em blogs e comunidades lendo sobre o dia a dia da vida de au pair, muitas vezes até criticamos fulana ou ciclana pelo modo como encararam as dificuldades ou as simples tarefas diárias. Pensamos ‘nossa como ela é exagerada. Eu agiria diferente’. Claro, existem exageros e com certeza vc agiria diferente, mas quando se chega aqui e vc vive a experiência que vc costumava ler, só aí vc entende. Eu sei porque eu fiz muito isso. Passei horas, dias inteiros lendo blogs e comentários em comunidade, quase sempre pensando como eu encararia as coisas diferente da maioria daquelas meninas, como todos os meus dias seriam felizes pois só de estar nos EUA me bastava, já que era a realização de um sonho mais que antigo. Mas quando vc chega aqui, a coisa muda de figura. Sei que todo mundo diz isso, mas é verdade. Ser diferente não significa que é ruim, claro. Mas é longe de ser simples, principalmente no início. Por mais que vc aí que está lendo e ainda não embarcou tenha acabado de pensar ‘eu sei que não vai ser fácil’. Não querendo ser chata, mas vc não faz idéia. Não tô dizendo que é difícil, mas quando vc chega tudo tem proporções triplicadas, tanto as coisas boas quanto as coisas ruins. Vivemos de extremos nesses dois ou três primeiros meses. Não importa se era o sonho da sua vida morar nos EUA, quando vc tiver homesick vc nem vai lembrar disso. Vai querer pegar o primeiro avião pra casa e ver um rosto conhecido. Não dá pra explicar homesick. Ela vem, vc acha que a sua vida tá uma merda, nada presta, nada tá bom, vc vê defeito em tudo e todos, menos na sua família e amigos que vc deixou em terras tupiniquins. Pode passar o Brad Pitt nu de bicileta na sua frente que vc vai bocejar e fazer cara de poucos amigos. Ah! Fique sabendo também que em 1 semana todas as suas idéias para brincadeiras já terão acabado e vc terá que se virar nos 30. Vc talvez descubra também que não tinha tanta paciência quanto pensava, ou pode descobrir que tem mais do que imagina. Por mais que vc amasse ser voluntária da creche na sua rua ou assistente da professora na escolinha do vizinho, vc não vai querer mais ouvir falar de criança, ver qualquer programa estilo SuperNanny, ou passar perto de humanos com menos de 1,30m depois do seu "horário". Isso pq vc estava acostumada a ficar de 3 a 5 horas do seu dia com os anjinhos. Agora vc vai morar com eles.

Nas primeiras semanas, talvez nos primeiros meses, vc estará sozinha, sem amigos. Vc será seu melhor amigo. Isso pode ser bom pois vc terá tempo suficiente pra conhecer vc, uma pessoa que talvez vc desconheça. Seu dia livre vc poderá escolher entre ficar em casa e fazer programas com a host family, que podem ser ótimas pessoas, mas são aqueles que vc vê todo santo dia, e isso inclui brincar das mesmas brincadeiras que vc brinca todo dia também. Ou vc pode passar um tempo com vc, e vc apenas (de novo, como no seu último dia off). Vc vai se sentir bem só, não uma ou duas vezes, mas muitas. Vai querer dividir o que vc vê com alguém, falar das suas descobertas, rir daquele cachorro quente pelado que americano come, mas não tem ninguém contigo, e seus amigos ainda são seus amigos, torcem por vc, estarão sempre abertos a te ouvir, mas eles tem a própria vida pra viver no Brasil. Vc vai ter muita coisa pra ver, vai querer ir a muitos lugares, mas não vai ter companhia. Isso foi um dos meus maiores problemas aqui quando cheguei, e ainda tô trabalhando nesse quesito. Eu sou uma pessoa que as vezes preciso de um tempo só pra mim, um tempo pra mim comigo mesma, mas chega uma hora que cansa. Chega uma hora que vc vai querer ver gente diferente e interagir com pessoas. Vai repensar suas decisões, começar a se perguntar se realmente vale a pena estar aqui. Esses são os primeiros 2 ou 3 meses. Depois disso, ou vc se adaptou, ou desistiu e voltou para o Brasil. Quando vc começar a estudar, fazer qualquer tipo de atividade voltada pra vc, quando vc fizer amigos e começar a ter uma vida social, só aí vc vai sentir como se as coisas estivessem se encaixando, aos poucos a sua percepção dos problemas e do mundo a sua volta deixarão de ter proporções exageradas. Depois que vc passar por isso tudo, seu ano começará a valer a pena, e o que vc aprendeu e a experiência que vc ganhou até chegar nesse ponto, com certeza não tem preço.

Viver o que eu estou vivendo aqui é um presente de Deus ou de uma força superior, seja lá qual for a sua religiáo. Agradeço todos os dias por estar aqui e poder viver algo que eu sonhei e guardei comigo por tanto tempo. Aproveite muito bem, mas não esqueça seus valores, quem vc é e de onde veio, pois muita menina vem pra cá, se deslumbra, vira de ponta-cabeça pra se enturmar. Sai dessa, nem vale a pena. Stay true to yourself, a menos que vc prefira ser mais uma na multidão. Aqui vc vai acabar conhecendo bastante gente, gente de tudo quanto é tipo, pra tudo quanto é gosto. Cabe a vc ver com quem vc se afina mais. Amizades aqui vão e vem, tipo estação do ano, sabe?

Esses são só meus primeiros 2 meses, 3 semana que vem. Ainda tenho muito chão pra percorrer e muuuuuuuuita coisa pra aprender. A sua experiência não será igual a minha, mas pode ser que alguma coisa que eu falei aí em cima sirva de alguma forma pra SUA experiência. Fica dado o recado :)



[ no próximo post atualizo com fotos, ok? ]
[[ Carlitchaaaaaaaa, 'brigada por me ensinar como colocar acentos aqui! :D THANK YOU! ]]


[[[ Obrigada por todos os comentários! Eu escrevo aqui por mim, pra guardar minhas memórias e também pra dividir um pouco do meu ano aqui com as pessoas que me conhecem. Mas é bom ter comentários, 'brigada! :) ]]]

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Aiai *sighs*

Tô eu ouvindo I've Been Down do Hanson e num momento de reflexão espontânea e repentina, percebo que nenhuma outra música descreveria melhor minha vida aqui na ‘America’ de Sol. Sabe quando as coisas tem tudo pra dar certo e acaba dando tudo errado ou meio torto? É bem assim. Eu sinceramente não sei explicar, não sei de onde vem.

Outro dia estava eu brincando com Bob em frente de casa, e eu muito sagaz (?) resolvi pegar a bicicleta de Pocahontas, que estava na escola, e fazer companhia a ele. Era óbvio que a bicicleta era pequena demais pra mim, mesmo eu não tendo as longas pernas de Ana Hickman, but still. Dava pra usar com as pernas bem dobradas parecendo asas (?). E lá vou eu muito animada atrás de Bob, me divertindo horrores até que decido fazer a volta. Eu não sei meeesmo como, mas a bicicleta travou por algum motivo desconhecido e uma das minhas pernas ficou presa(ONDE?). Caí com força no chão (não conta pra ninguém mas mesmo no chão eu ainda estava presa na bicicleta) e lá fiquei. Bob não viu eu no chão (pelo menos isso!), mas ao ser questionada sobre tal ematoma de proporções assustadoras no joelho, disse sem remorço ter sido causado por um tombo enquanto corria pela rua com Bob. Melhor do que dizer que estava me divertindo na bicileta de Pocahontas, 18 anos mais nova e muitos inches menor que eu. Isso foi há quase dois meses atrás e eu ainda tô sentindo o joelho. Não tô manca, mas não consigo andar de gatinho (!!!) ou encostar o joelho em lugar nenhum. Tô a base de pomada de arnica. Fora os outros ‘roxos’ não identificados que teimam em aparecer nas minhas pernas. Pálidas pernas com bolotas violeta. No mínimo exótico.

Meu processo pra tirar a carteira de habilitação foi um novela a parte, a maior de todas, e o principal motivo da minha homesick. A começar pelo teste escrito. Tive uma semana pra estudar aquele caderninho miserável com a foto do Shwazneger(whaat?), e essa semana foi justamente a semana em que o irmão do meu host veio passar aqui com a esposa e os 2 filhos de 04 e 07 anos. A cereja do bolo foi o fato de ter passado a semana praticamente inteira fora com eles, indo em lugares como a Disneyland, San Diego Zoo e etc. Foi uma semana ótima, sem dúvida. Só não foi melhor porque passei horas e horas me preocupando em encontrar um tempinho pra estudar. No dia da prova peguei um taxi e fui fazer a bendita. Cagada de medo de reprovar, mas fui. Passei! Bom, depois disso eu precisava chegar em casa. Liguei pra companhia de taxi que tinha me levado até lá uma, duas, tres, quatro vezes. Meu taxi estava sempre chegando, mas só chegou uma hora depois junto com o taxi da outra companhia que eu tinha pedido cinco minutos antes depois de desistir de esperar. Foi cena de filme quando vi aqueles dois taxis, um atras do outro, entrando no DMV de Hawthorne (vazio por sinal. Só eu ainda ali esperando). Qual a probabilidade disso acontecer? Só sei que peguei o taxi que chegou em cinco minutos, claro. Quero mais que a outra companhia vá a falência (será que eu já era vingativa assim antes de pisar em solo americano?). Como pode um serviço tão mal prestado nos Estados Unidos da América, o país onde tudo funciona! Ou nem tudo funciona por aqui, ou foi mais uma vez a nuvem cinza que me ronda. E não pára por aí! Só passei na prova prática de direçao na terceira tentativa, e nem sei porque estou contando isso aqui pois só acredito que finalmente consegui quando a carteira chegar pelo correio, o que ainda me deixa a possibilidade de estravio, morte do carteiro, problemas no DMV e várias outras improbabilidades prováveis quando se trata da minha pessoa.

Meus hosts pagaram umas aulas de direçao pra mim. No início achei ótimo, até porque eu estava bem perdida com esse monte de sinais, traffic lights, pedestres suicídas, e interceções bizarramente confusas pra mim. O tempo passou, mais aulas foram pagas e eu comecei a me sentir mal, além de sentir aquela pressão de ter que passar no teste já que eu estava tendo aulas particulares pra isso. Inicialmente eu faria a prova prática no mesmo local que fiz a prova escrita, só que um dos instrutores de direção me indicou um outro DMV, dizendo ser um lugar melhor, com examinadores mais ‘compreensíveis’. Mudei, e por isso tive que esperar duas semanas a mais pra fazer a prova, que acabei reprovando pois o examinador era tudo menos compreensivo. Há! Fiz mais aulas de direção, mudei o local da prova e me senti mais pressionada. Eu precisava da carteira já que a minha do Brasil expirou 20 dias depois que cheguei aqui e até hoje o que eu tinha comigo e que me permitia dirigir era uma carteira temporária que o DMV me deu depois que fiz o exame escrito, com o porém de que essa carteira como o nome já diz, é temporária e expiraria dia 19 agora. Mais uma vez lá estava eu num filme, ou seria melhor dizer clipe de hip hop? Inglewood parece ser o que eles chamam de bairro de negros, um primo bem pobre de Santa Mônica ou Manhattan Beach. Vários daqueles caras com as calças caindo, cordões nada chamativos e um sotaque bem característico. Do meu lado na fila dois caras dançando (!) e se comunicando como se estivesse no clipe do 50cent. Me senti total naquele filme ‘No Balanço do Amor’. Enfim, fiz a prova e não passei porque examinadora jurou de pé junto que não olhei por cima do ombro (o que na minha opinião pode ser perigoso até). A essa altura eu já estava me sentindo a última e pior das au pairs, daquele naipe bem xexelento. Mais aulas foram pagas, mais kilos foram perdidos. Parecia que eu acordava todo dia com uma bigorna das mais pesadas bem em cima dos meus ombros, uma de cada lado. Minha vontade era sair correndo, fugir, dizer pra eles que tava voltando pra casa. Eu fui a primeira das 5 a ter problema com a prova de direção, sente o drama. Marquei uma nova data, novamente em Inglewood pois era o único lugar que tinha a data que queríamos. Passei a semana como, né, me arrastando. Meu host passou os cinco dias repentindo a palavra da semana que segundo ele era bravery. Tá, uhum, sei. Eu me cagando de nervoso (literalmente), sorrindo amarelo, e tentando aparentar confiança. O dia da prova chegou, e como nas outras vezes, lá fui eu by myself fazer o exame. Burramente, decidi mudar o caminho de última hora, seguindo o conselho do meu host. Bad, BAD³ idea. Chego eu no cruzamento de Manhattan Beach Blvd com Hawthorne Blvd, e não sei como chegar na rua seguinte. Tipo, eu precisava virar a esquerda, eu conseguia ver a pista, mas eu não conseguia visualizar como chegar lá. Não fazia sentido, não havia marcação no chão. Eu achei que estava no lane de virar a esquerda, eu posso jurar que tinha uma setinha no chão, mas aparentemente eu não tinha pra onde virar, mas mesmo assim eu decidi arriscar. O sinal a minha frente, que eu não tinha certeza se era o que eu deveria seguir, ficou verde e eu fui. Eu fui, e os carros a minha frente também vieram NA MINHA DIREÇÃO. Eu, desesperada, na contramão de uma grande, grande interceção. Chupa essa manga, Jesus. Aposto que Ele arrancou dois ou tres fios de cabelo quando eu fiz essa manobra nada arriscada, mas pelo menos (!) eu entrei na rua que eu queria. Tremendo, quase infartando, mas entrei. E o medo de alguém ter anotado a minha placa ou de chegar alguma coisa aqui em casa? Sabe o olho que tudo vê? É essa coisa aqui em casa? É essa impressão que eu tenho aqui, qualquer merda que eu falo ou faço, fico eu imaginando se alguém de alguma forma tá vendo isso. Parece que tô sempre sendo vigiada, mesmo quando eu tô sozinha O.O


Chegando lá, o mesmo ritual. Entreguei minha papelada, entrei na fila e esperei a minha vez. Uma nova examinadora se aproximou. Parecia bem demanding, dando ordem pra lá e pra cá, mas aos poucos minha opinião sobre ela foi mudando. Quando eu tirei o parking break, mudei a marcha e tentei andar com o carro sem nem ter ligado a chave e ela disse "vc precisa ligar o carro primeiro", eu vi que eu tinha chance, rs. Se fosse qualquer outro, acho que teria me reprovado ali mesmo, mas ela sentiu que eu estava nervosa. Pra quem ainda não fez a prova, vc só fica sabendo que não passou quando vc entra no DMV sem ter feito o parking/back up. Eles simplesmente sentam do seu lado, dão as direções e vão ticando as etapas que vc já passou ou os seus erros. Se vc ver que eles estão escrevendo alguma coisa no papel, preocupe-se. Vc provavelmente reprovou. Durou mais do que eu esperava, mas dessa vez alguém lá em cima queria que eu passasse. Quando ela falou que eu tinha passado, eu queria dar um beijo nela, sem brincadeira. De língua se ela me pedisse. O meu alívio era tanto que naquele momento nada mais importava. Eu tinha passado, eu PASSEIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Demorou, foi sofrido, mas nasceu. Com atraso mas veio, e só eu sei a novela que foi. OBRIGADA MEU DEUS!

Comprei meu laptop também, e adivinha só, ele não reconhece a wireless aqui de casa. Que coisa, não? Tudo comigo é mais complicado. Se eu for parar pra contar tudo, vou escrever por dias aqui, mas acho que deu pra ter uma idéia. Agora deixo vcs com a letra da música que citei no início do post:

I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low
I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low

You know that even a strong man falls
And even a wise man has to learn
Ooo Ooo Ooo
Yes it's true that some men have it all
While me and the rest just crash and burn
Ooo Ooo Ooo

You keep telling me something
But I heard it once or twice
You've been taking every turn wrong
I've been taking your advice

I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low
I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low

I know the day will come
When all my worries now are dead and gone
Ooo Ooo Ooo
But assume tomorrow by what's gone
But I'll be right here holding on
Ooo Ooo Ooo

Well, you keep telling me something
But I've heard it once or twice
You've been taking every road that's wrong
And I've been taking your advice

I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low
I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low

Said Oooooo
Said Ooooooo
Never this low

I've been down
I've been down
Said ooooo
I've been down
I've been down
Never this low
I've been down
I've been down
No no no no oh yeah
I've been down
I've been down
Oh yeah

Sing it now
I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low
I've been down
I've been down
I've been down before
I've been down
I've been down
But never this low




Essa música agora tem um sentido todo diferente pra mim, haha. Hanson, I love you [/end of teeny moment ]

No próximo post: A chegada na família e o balanço geral dos quase 3 meses (wow!).

sábado, 4 de outubro de 2008

A volta dos que ja foram

[desculpa]
O negocio e o seguinte: e um computador so aqui, computador este que os pais usam para o trabalho tambem. Chato ficar tendo que pedir e perguntar se eles estao usando, alem de nao querer incomodar, of course. Entao e isso. Ate eu comprar meu laptop (soon!) as postagens continuarao escassas (?) :/

[/desculpa]

Enfim.

Como sempre, vamos por partes:

Breve introducao

Eu sempre quis fazer um intercambio, e tinha que ser para os EUA. Loucura pra uns, sonho pra outros, o real motivo eu ainda nao sei, mas passei anos e mais anos a fio sonhando (literalmente) com o momento em que eu ia pisar nessa terra de meu Deus. Chegar aqui no dia 4 de Agosto de 2008, foi mais do que um sonho realizado, e algo que eu ainda nao sei explicar direito, e deixa eu parar de falar que ta ficando cafona essa budega. Nao e por causa disso que eu vou achar tudo lindo e maravilhoso(muito pelo contrario...). Entao, vamos aos fatos.

A Chegada

Antes de contar da chegada, preciso contar da partida. A crianca aqui fez questao de levar o velho coelho rosa (velho mesmo. O fedorento tah comigo desde os 3 anos), mas ele eu consegui enfiar na mala despachada. Beleza. Pra quem nao sabe a STB da um cachorro de pelucia (?!) tambem pra quem esta embarcando. Nao me leve a mal, eu AMO bichinhos de pelucia, fiquei meses esperando pelo meu host dog, mas quando ele finalmente chegou o que eu mais queria era "esquecer" ele em algum lugar (oops!) ou dar pra adocao (sorry!). Eu tinha tanta coisa na mao, tanto documento pra mostrar, tanto na minha cabeca, que carregar um cachorro de pelucia medium size ate no banheiro foi dose. Era eu, minha mala de mao nada leve, o super casaco que eu fiz questao de comprar e trazer na mao(nao usei, btw) achando que fazia muito frio no aviao e uma mochilinha com documentos e mais outras coisas desnecessarias. So sei que no final eu ja estava dando o cachorro quando pediam o passaporte, o casaco quando pediam o DS e a mala quando me perguntavam o que eu estava fazendo nos USA. Eu, claro, sempre muito enrolada :D Pra finalizar a cena, tentar dormir(nao dormi, alias) no aviao com essa tralha toda na sua super-ultra-mega-poltrona economica e missao impossivel, mesmo eu sendo compacta. Enfiiiim, de volta ao assunto partida... bom, foi dramatica. Chorei todas e fiquei indo e vindo do portao de embarque pra ver o rosto dos meus familiares mais uminha vez :') Todos chorando tambem, mas ao mesmo tempo (se e que isso e possivel) com uma expressao de felicidade no rosto, pq cada uma daquelas pessoas que me acompanharam ao aeroporto sabiam o quanto essa viagem significava pra mim. Mas, uma vez depois do gate a caminho do aviao eu era so alegria. Ajoelhou tem que rezar, entao vamo que vamo!

A viagem foi tranquila, levando em consideracao que foi a primeira vez ever que eu estava voando, e que ate o aviao estabilizar foi como se eu estivesse numa crise de labirintite. Ate aquele momento eu tinha evitado pensar que ficaria pelo menos 8 horas direto dentro de um negocio enorme que voa. Tipo, minha nocao de fisica e zero, e por mais que eu tenha certeza que isso e possivel(duh!), isso nao faz com que eu me sinta mais segura.

Logo depois que o aviao estabilizou e meu estomago voltou para o seu lugar normal, o jantar foi servido. Surpreendentemente bom, diga-se de passagem, embora a cada garfada eu tivesse a sensacao de tudo era artificial O.o. Engracado foi eu muda. Nao queria pedir nada pra aeromoca. Varias opcoes de bebida e eu so na agua, thanks! Hahaha. Era medo de falar e nao ser entendida, mas eu dizia pra mim mesma que alem de estar poupando saliva, nao tinha necessidade de pedir nada. Foram 8 horas interminaveis de voo, um voo tranquilo, gracas a Deus.

Finalmente chegamos em Miami, eu certa de que o pouco de bunda que eu tinha ja nao tinha mais(gente, serio, que doooor nas nadegas O.O). Tinhamos 2 hs pra passar pela imigracao, pegar as malas, fazer check in e pegar a conexao que era as 7:30am. Vamos rir todos juntos comigo: HA-HA-HA! Filas imeeeensas na imigracao as 5:50 da manha, e a nossa fila, minha e da Analu(amiga que viajou comigo e foi parte fundamental da viagem) deu problema. Espera, espera, vai e volta, espera. Finalmente passando na imigracao e tendo que responder se o cachorro de pelucia era minha companhia de viagem, vamos em busca das malas e quando estamos quaaase no check in, Analu teve que ter sua mala "aberta". Kmooom, nos temos que pegar a conexaaaao!!!!!!! Tira sapato, tira casaco, mostra passaporte, sorri, pega bolsa, pega cachorro...CORREEEEEEEEEEEEEE. O aeroporto de MIA e enooooorme, o que nao ajudou na-da. Quando finalmente chegamos, ja nao podiamos mais entrar, mas a atendente que era a cara da Shakira foi super gente boa e marcou os nossos assentos todos direitinhos na mesma hora para o proximo voo: as 13hs. (risos, please)

Na fila da imigracao conhecemos duas outras au pairs que iriam pegar o mesmo voo que a gente, as fofas Karen e Dani. Karen imediatamente adotou o cachorro, para a minha felicidade. As duas passaram os 4 dias com a gente. Gente finissima! (o cachorro voltou pra mim no ultimo dia, by the way)

Pra quem ta se perguntando (are you?) o que eu senti quando cheguei em MIA, devo dizer que foi bem estranho. Estranho pq eu me sentia como numa fase de transicao. Sabe nos jogos de video-game quando vc joga uma fase bonus antes da fase de verdade? Assim. E nao sei se vcs sabem, mas MIA faz parte de Cuba, nao da America. Ou do Mexico, mas nao dos EUA. Todo mundo fala espanhol naquele lugar, e quando finalmente fala ingles, e com sotaque!!! Gente, que nervoso! Meus ouvidos ainda se acostumando com o ingles bem articulado, me vem um estrangeiro falar ingles comigo...HELP! Sem contar o calor que fazia quando eu pisei naquela terra. Quando a porta do aeroporto se abriu de repente, parecia que tinham aberto as portas do inferno, sem brincadeira. Um mormaaaco de causar inveja a qualquer carioca.

Como tinhamos 4 horas no minimo pela frente ate pegar a conexao, decidimos conhecer Miami Beach. Deixamos nossas malas e tranqueiras numa storage(?) por alguns dolares e la vamos nos pegar sol na moleira. Dica: vc provavelmente ta levando uma graninha pra gastar em NY, primeiras semanas ou emergencia, entao faca um favor a si mesma levando dinheiro trocado. O taxista nao tinha troco (nem nos), e fez a Analu entrar nos restaurantes e hoteis da beira da praia pra trocar o dinheiro enquanto ele aguardava sentadinho dentro do carro...sooo nice. Andamos um pouco pela praia vazia e parcialmente nublada, tiramos algumas fotos e voltamos pro aeroporto a tempo de comer no Burger King(um viva a primeira junk food na America!)e pegar o voo dessa vez. Tremidinho, esse. Shakira vez o favor de me colocar nos assentos de emergencia, e fez supresa alias, pois eu so soube disso no aviao. A senhora me trocou de assento e so depois eu fui saber pq, e isso depois de ter respondido 'no' pra pergunta que eu nao entendi.

Chegando em NY, nos eramos um grupo gigante de au pairs. Dica: Quando vc tiver certeza de alguma coisa, nao de ouvido aos outros. Na agencia do Brasil, minha agente sempre muito bem informada me disse "siga as placas do Ground Transportation". Eu, bonita, queria fazer isso. Mas, como sempre tem um 'mas', uma esperta perguntou a duas pessoas que transitavam pelo aeroporto onde pegar a shuttle do Sheraton e o mesmo indicou outro caminho, um caminho oposto laaaaaa na pqp, do outro lado do aeroporto. Tivemos que subir varios andares, pegar trenzinho e tudo, e isso com carregando a casa na mala. A cena era engracada: Um grupo de meninas perdidas e um tantinho histericas zanzando pra la e pra ca. Resumo da opera, a tal da shuttle do Sheraton nao era do Sheraton que a gente precisava ir. Perdemos duas horas no aeroporto e ganhamos varios calos na mao. Se tivessem ouvido a pequena aqui, teriamos andado 5 minutos, pego a van certa e com certeza aproveitado a piscina.

No Hotel - Treinamento

Geral morto no primeiro dia, nao importa se vc e do primeiro ou do terceiro mundo, rs. No meu quarto uma alema e a gente finissima da Sabrina, da suica. A primeira impressao do estranho mundo novo e algo indiscritivel. E tudo tao novo, tanta informacao, eu estava tao feliz, que saudade era algo que eu desconhecia e nao conseguia compreender como algumas meninas ja choravam. O sentimento que eu senti quando me dei conta de onde eu estava finalmente, a sensacao de estar numa terra "estranha" foi algo que eu nunca mais vou esquecer. Embora eu tenha passado 4 dias verde de enjoada, mal demais do estomago e quase ter desmaiado no Mc Donalds da Times Square(pode falar, comecei com o pe direito, hein), foram quatro dias maravilhosos que nenhum dinheiro no mundo pode pagar. Nao digo pela Times Square ou qualquer outro cliche que a gente ve em NY(gente, estavam socorrendo um cara que teve um ataque fulminante num restaurante que passamos perto O.O sinistro), mas e tudo tao intenso quando vc chega, vc conhece tanta gente legal, e tudo tao novo e maravilhoso, que quem dera o ano todo fosse so como aqueles dias (tirando a parte que eu nao conseguia comer, claro).

Muita gente acha chato, nao da a devida importancia, mas eu achei o treinamento bem proveitoso sim, interessante, divertido, embora cansativo. Nao tem como ser diferente, ja que e muito conteudo. Eles fazem o melhor pra passar tudo pra galera, e pegam mesmo no pe de quem fica conversando durante as 'palestras' ou quem chega atrasado. Atraso e algo que eles nao toleram, nao importa se e 1 ou 10 minutos. A aula de CPR foi otima tambem. A unica coisa que eu nao gostei no treinamento (isso inclui a comida), foi o fato de eu nao poder assistir o encontro das host families com as respectivas au pairs no hotel. Caraca, maluco. Que odio da tiazinha! A gente morrendo de curiosidade e ela acabando com a nossa alegria, enxotando a gente da escada. Fala serio. Magoei.

---

Por hj ta bom, ne? Num proximo post eu continuo :)

No momento to homesick, algo que nunca pensei que passaria aqui. Mas como a gente sempre paga a lingua da gente...


[ Pelo amooor da minha sanidade e da boa aparencia - e leitura - deste humilde blog, alguem me explica como faco pra escrever com acento e tudo mais que tenho direito em portugues? Grata ]

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

[ ]

Assim que meu laptop chegar eu volto a atualizar, ok?

Nao. morri.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Re: !!!

Explicando o post do UFA!

Tava preparando um post todo explicadinho e pseudo-engraçado sobre isso, mas realmente não vai dar tempo. Tô tendo que multiplicar as minhas horas pra dar tempo de fazer tudo que preciso, pqp. Mas eu preciso dizer: EU JÁ SABIA! Já sabia que seria assim, porque mesmo que eu adiante as coisas (eu tento, vai), sempre acaba ficando um monte de coisa pra última hora e não seria diferente com a viagem.

Voltando ao assunto do post, minha permissão pra dirigir vence agora no final de Agosto, só que eu embarco dia 03 :D Segundo o Detran, não posso solicitar a minha definitiva antes (que era o meu objetivo) porque o "sistema não roda" antes de 1 ano. Mas que bela merda, hein. E nem posso deixar procuração porque agora eles precisam tirar digitais e foto tudo de novo, e claro, um novo DUDA ($$). Aliás, me mandaram pagar esse DUDA quando eu fui ao Detran tentar retirar a definitiva antes, pra depois me falar que era impossível. Ódio mortal que fiquei, fala sério. Se sabe que o sistema não roda antes de 1 ano, PQ ME MANDOU PAGAR A PORCARIA DO DUDA?! Eu dura, contando moedinha, gastei um dinheiro que poderia ter ido na minha internacional que só tem 30 dias de validade. É, tirei ela mesmo assim, fazer o quê. Tinha que tirar. E corri pra contar para os meus host, morrendo de medo de dar algum problema (até pensei que eles poderiam pedir rematch :|). Tudo que eu menos queria era causar problema sem nem ter chegado, rs. Mas eles me disseram pra nem esquentar com isso (UFA!), que lá eles vão resolver meu problema. Falou tá falado. E aí está o motivo do post anterior foi: Alívio.

Conclusão: se você pretende embarcar com a permissão faltando pouco tempo pra ela vencer, sossegue o facho (?). Espera vencer, pega a sua definitiva e embarca. Não vale a pena a dor de cabeça.

Tá, agora deixa eu ir ali fazer o pre-departure project que eu nem comecei.

terça-feira, 22 de julho de 2008

!!!

UFA!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

<3

Receber ligação da sua host family antes de dormir e ouvir suas duas kids de 3 e 6 anos falando feito matracas, não tem preço. Eu acho que eu ouvi minha host dizer que o irmão dela é bombeiro...será que eu ouvi errado? *insert a big LOL here* haha.

(alívio!)



Ruim é perceber que só porque você ficou uns meses sem falar inglês, você está falando pior que uma criança de 2 anos. What a shame, seriously.


Tá, agora leiam o post anterior porque deu muito trabalho escrever aquilo tudo.

Night!

sábado, 12 de julho de 2008

Atualizando!

Pois desde a última vez que postei, muita coisa aconteceu. Tipo:

Meu aniversário: O dia não foi lá grande coisa porque eu me decepcionei um pouco, mas a noite foi ótima (ainda bem?). Caiu numa sexta, mas uma sexta em que ainda tinha gente fazendo provas na faculdade. Por isso, achei que poucos iam poder aparecer lá no Outback pra comer uma batata comigo. Mas de última hora várias pessoinhas foram chegando e nossa, foi ó-ti-mo! Bem melhor do que eu esperava. Ainda ganhei um dog sunday báaasico, que teve sua cereja roubada pelo noivo de uma amiga que mal me conhece. Tipo...? Pedi outra, claro. O carinha não acreditou muito que a cereja tinha sido comida por outra pessoa, mas enfim. O que importa é que ele trouxe uma nova :)


A cereja original :(


Eu cabreira com a nova cereja na colher.


Amigo que vai fazer falta :(


Amiga querida e ciumenta que eu tenho.

De lá eu ia pra casa mesmo, porque uns parentes...tinham vindo "visitar" e estavam me esperando pra cortar a torta, que a princípio eu comeria sozinha já que sou bem egoísta quando se trata de comida (não sejam assim, crianças). Porém, o pessoal decidiu ir ao boliche depois do Outback e bom, os parentes tiveram que esperar :P Mais uma vez eu tive a certeza de que tem alguma coisa errada com aquelas bolas. Não, eu não jogo mal, juro! Mas aquelas bolas de boliche devem ter alguma coisa errada porque fogem dos pinos, minha gente. Como pode isso?


Alto jogo de luzes (fankão tocando, acredite se quiser)


Rindo horrores :P


Eu e Biaaaa. Preta que eu amo <3 e o noivo dela doido no canto da foto.


Taí, dei o presente da Mr Cat que eu ganhei pra uma menina de rua no shopping, rs.

Depois de muitas bolas foras, poucos acertos, e muitas gargalhadas, fui embora feliz da vida pra minha casinha onde comi meu pedaço de torta e assisti a pessoas comerem o resto...triiiste.

Faculdade: Aparentemente estou livre. Digo aparentemente porque ô coisa complicada de sair essa tal de colação, que nada mais é que uma comemoração falsa já que o "canudinho" que a gente recebe é de mentira. E no meu caso será eu e eu colando grau. Que divertido!

*dois girinhos e um pulo de alegria*

¬¬'

Tô só esperando liberarem o requerimento do colação de grau. Novela à parte, diga-se de passagem. Entreguei meu TCC, não precisei apresentar, fiquei com uma nota mediana (péssimo), mas passei, e no momento that's all that matters. Outro dia recebi uma cartinha sem graça da faculdade me comunicando que só a partir do dia 21 de Julho (!!!) posso fazer o requerimento da colação, que sai em 15 dias. Hummm...usando a matemática, fazem exatos 15 dias no dia do meu embarque. Que emoção...não. Já avisei lá aquele povo, vão ter que se virar nos trinta pra adiantar isso. Nunca vi tamanha demora pra fechar as notas de um semestre. Valha! (opa, essa eu aprendi com minhas amigas de Fortal :D - breve homenagem, ahem - espero ter usado da maneira correta, hahahaha)

Auto-escola: Essas tem sido bem divertidas. Tô fazendo essas aulas extras em uma outra auto-escola. Resolvi. Chega de ver cara feia de instrutor e depois ficar me achando a motorista zarolha. Afinal, tô pagando. O meu atual instrutor dessa nova auto-escola é 98% (falou aquela que é exigente). Ele é super relax, tem senso de humor, mas é um pouquinho lazy e não liga muuuito para algumas regras de trânsito tipo "esse sinal você por avançar", rs. Não sei para você, mas senso de humor pra mim é fundamental, então prefiro muito mais ele.

Falando das partes técnicas, troquei o Celta pelo Fox. Agora dirijo um Fox. Queee diferença. Não, sério. Nunca mais quero dirigir um carro sem direção hidráulica, e suspeito que direi o mesmo do manual quando pegar um carro automático, já que a embreagem me odeia (o sentimento é recíproco). O resultado tem sido bem bom. Bem mais fácil de manobrar e bonito também. Se não dá pra eu já ir treinando num carro automático, que ele pelo menos seja maior do que o que eu estou acostumada e com direção hidráulica, né não? Hã! A última aula foi ladeira... (prefiro não comentar, rs)

Exames: Tenho ido a médicos de todos os tipos ultimamente. É basicamente nisso que o meus dias tem se resumido (e umas comprinhas aqui e ali, vai). Outro dia fui na gineco e convenhamos, tá na hora de eu escolher outra. Apressada, bruta (ai!), fazendo pouco caso do meu exame e ainda chamando meus seios de "maminhas". Como assim maminhas? São pequenos, mas de respeito! Eu mereço...mereço um chute na canela pra aprender a não insistir num médico que eu sei que já não dá mais certo.

Compras: Falem o que quiser, mas é impossível não se empolgar com as compras quando se está pra viajar. Das coisas úteis as desnecessárias, compra-se de tudo. Dentre os supérfluos, já comprei uma touca de banho de coraçãozinho (ri, pode rir), fronha do Pequeno Príncipe (kinda remind me of myself o.o), caderno do Pequeno Príncipe (obsession detected?) e um porta-retrato. Alguns sapatos foram comprados também, mas isso são coisas extremamente necessárias. Ouvi dizer que lá número 34 só na sessão infantil. Na hora que li tive uma imagem mental, no melhor estilo Fantástico Mundo de Bob, da minha pessoa comprando botas, sandálias e sapatinhos da Barbie :( Suber Séquici. Não quero nem pensar em quantos quilos vai dar! Aliás, mentira. Já estou pensando. Alguém tem uma balança de banheiro pra me emprestar? Pedi a vizinha e ela me deu uma balança de cozinha, daquelas que se pesa frutas e legumes. Joinha, Arlete...joinha (Y) Lembrando que pra mim não vale 32kg já que farei vôo interno. Agora, chupa essa manga.

Até chamada pra trabalhar na eleição eu fui, acredita? Pois é, mas todo ano de eleição/referendo eu sou premiada (?). Porém, entretanto, contudo, todavia, esse ano não será possível, sorry. Fui comunicada e já comuniquei. Pelo menos esse pepino tamanho P já foi resolvido. Tenho ainda um tamanho G pra resolver essa semana, mas isso é assunto para o próximo post.

É, acho que tá bom por hoje.

Boa noite ;*

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Pergunta:

Pra quem já está aí in loco e pra quem está pra embarcar:

Por acaso acontece de vcs fazerem perguntas para as host families de vcs (via email) e algumas não serem respondidas? Perguntas bobas, daquelas que a gente faz para conhecer melhor com quem a gente vai conviver ou porque em um dos e-mails eles mencionaram um assunto/alguém da família e vc lembrou de perguntar disso/da pessoa.

Alguém? Tô grilada.

. x .

Sim, a foto da estrada foi tirada torta, haha. Peguei de um flickr, mas nem lembro mais qual foi :/

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Start spreading the news...

Quem marca o Dia-V para uma sexta-feira 13? Eu, claro. Não foi de propósito, mas não tive escolha. Como encalhada mor(aff), tentei marcar no dia 12 de Junho, mas não tinha mais vaga. A semana seguinte era semana de provas, entrega de trabalho (aliás, semana que vem!). Então, sobrou para a sexta-feira 13 mesmo que estava lá piscando para moi, e que Santo Antônio fizesse milagre!

Confesso que até chegar a minha vez de agendar o visto eu não estava preocupada com ele. Eu achava que nada seria pior que o martírio (!) do aceite + escolha da família (drama detected). Não que tenha sido pior, mas não fiquei tranquila como eu imaginava. Fiquei mega ansiosa, e fingia não estar tão nervosa. Faz sentido? Não que eu espere que faça...

Então, fui dormir às 2hs da madruga preenchendo formulário porque claaaro que eu deixei pra última hora (as usual), e tive que acordar às 4:40. Digamos que eu só cochilei. Não deu nem tempo de sonhar com coisa ruim. Esse trabalho ficou com a minha mãe, que depois que eu saí, segundo ela, fechava o olho e me via contando para ela que não tinha conseguido o visto O.o Ainda bem que ela só me contou isso quando cheguei em casa...

Enfim, cheguei lá umas 7 e pouquinho depois de ter pego uma van que deu problema no meio do caminho. Da metade até o consulado ela foi capengando. Mas chegou! E isso é o que importa. Chegando lá, não demorou muito e já começaram a conferir os docs (vulgo formulários, passaporte e foto 5x5) e mandar entrar. Entrei teeensa, mas aos poucos fui me acalmando e deixando as coisas nas mãos de Deus. Eu tinha feito tudo certo até ali, preenchi os formulários certinhos, não inventei ou aumentei nada. Primeiro que eu sou péssima mentindo, segundo que não seria nada legal ser pega na mentira. Não tem necessidade.

Ju também estava marcada para o mesmo dia que eu. Quando cheguei não a vi por lá. O tempo foi passando e nada dela chegar. Comecei a ficar preocupada, o que por um lado foi bom porque tirou o foco de mim, rs. A sala, que lembrava um mini auditório, já estava quase cheia quando ela chegou, para o meu alívio. Coitada, estava mais nervosa que eu. Não demorou muito minha senha piscou no visor e lá fui eu tirar minhas digitais. Mulher simpática com um sotaque mega carregado, pedia pra colocar os quatro dedos de cada mão e depois os polegares no quadradinho verde para tirar as digitais. Foi nessa hora que chegou a vez do casal de velhinhos da minha frente, e foi nessa hora também que eu comecei a relaxar. Não tinha como não relaxar vendo aquela senhorinha lambendo e molhando os dedos com cuspe (!!!) várias vezes pra tirar as digitais.

Depois de scanear os próprios dedos, vc segue pra uma outra sala (ou seria um outro ambiente?) e fica de freeente para os guichês, feliz e contente (?) esperando a sua vez. Devo ter ficado ali uns 20 minutos fazendo naaada. Aliás, fiz sim. Fiquei olhando para aqueles 9 quadros que todo mundo fala, que supostamente tem uma sequência, mas sequência essa que quem pendurou ali com certeza desconhecia. CERTEZA!

Piscou: guiche 1. Ai. meu. Deus. Só velhinho e família indo lá. Provavelmente visto de turista. Nisso o guichê 7 também começou a funcionar. Mas me recorda aí, não era no 7 que tinha aquele negão que todo mundo gelava só de ver o cara? Sim, eu lembro bem das coisas que eu li no orkut. Ouvi muito isso das meninas, e eu mesma ficava tensa só de ler as reviews delas. Pois veja só, que coisa, minha senha piscou com número do guichê 7 do lado...

B: Bela
AC: Agente Consular

B: Bom dia.
AC: ...
B: Bom dia.
AC: ...
B: Bom dia... (quase agachando e grudando a boca naquela espécie estranha de microfone)
AC: Bom dia.
AC: Por que vai para os Estados Unidos?
B: Vou ser Au Pair.
AC: Por que quer ser Au Pair?
B: Porque vai ser importante pra minha carreira ter um inglês fluente, viver uma nova cultura. Por gostar de criança acho que esse é o programa perfeito pra mim.
AC: Por que vc escolheu NY?
B: NY? É Califórnia.
AC: (olha meu formulário de novo) É, por que vc escolheu Califórnia.
B: Não escolhi o lugar, escolhi pela família.
AC: Vc estudou inglês?
B: Sim.
AC: Onde?
B: CNA
AC: Quanto tempo?
B: Quatro anos.
(isso ele mexendo nos meus forms e começando a carimbar as coisas)
AC: Agora me diz em inglês por que isso vai ser importante pra sua carreira?
B: (expliquei)
AC: (me entregou o papel da taxa) Vc mora com quem?
B: Com meus pais e irmão.
AC: Vc está trabalhando?
B: No momento não.
AC: Paga essa taxa e depois volta aqui.

(detalhe: toda em português, com exceção da pergunta que ele fez em português para eu responder em inglês - aliás, ele tem um português ótimo)

Parece muita coisa, mas foi muito curta e as perguntas super simples. Eu, desorientada, fui direto para o balcão do TNT. Quando já tinha preenchido a parada percebi que não tinha pago a taxa consular de $40. Escondi o papel do TNT (ops!) e fui lá pagar e aí sim voltei no meu companheiro do guichê 7. Ele pegou meu comprovante de pagamento, rabiscou (?!) e me devolveu dizendo "seu visto foi concedido (aceito? não lembro)" e me encaminhou para o balcão do TNT finalmente (mal sabia ele que eu tinha me adiantado e estava com o papel nos peitchu preenchido, rs). Ele ainda estava falando e eu saindo da cabine mal educadamente. Que horror! Depois fiquei com vergonha O.o A frase "seu visto foi concedido" ainda ecoa nos meus lindos ouvidinhos *.*

E foi isso :) Quando saí por aquela porta pesada, meu pai me esperava lá fora. Minha vontade era sair quicando igual desenho animado de tão leve que eu estava me sentindo. Ju também teve seu visto concedido!!! A entrevista dela foi com o AC gatenho que as meninas adoram, e algumas perguntas dela foram em inglês. Mais detalhes, só no blog dela ;)

E agora? Agora é terminar a faculdade e aguardar o embarque porque eu mal posso esperar para começar a viver esse ano de intercâmbio, com todas as experiências boas e ruins.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Host Family

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Kids: 2. Menina 06 anos, menino 03 anos.
Lugar: Manhattan Beach, vizinha de Hermosa Beach, Redondo Beach, Venice Beach, tudo Beach. Fica em Los Angeles, Califórnia.
Embarque: 03/08/08

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JOAAANA, deixa o link do seu blog para eu te visitar! Não consegui entrar pelo seu perfil :/

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Hoje tem Galeria Gourmet pra comemorar as Bodas de Prata de Papi e Mami! Ainda bem que consegui pegar essa data aqui. Já vou perder 4 casamentos de amigas... :/


;*

terça-feira, 27 de maio de 2008

Aaaand I got a match! :D

Yes, my friends. Não é 1º de abril, eu agora tenho uma host family! YAY! E eu tenho dentro de mim(que profundo isso!) certeza de que fiz a escolha certa dentre as opções que eu tinha.

Foi um processo bem atípico, pois essa família não é nenhuma das que eu citei no post Famílias, pois ela não era da AuPairCare, era de outra agência. Me achou no GAP quando eu nem acreditava mais naquele site. Como toda futura au pair(ansiosa, diga-se de passagem) e também influenciada pela experiência de outras meninas e até de amigas, eu me empolguei muito com o site. Fiz meu perfil todo bonintinho, caprichei na carta, fotos e comecei minha busca. Foram vários 'NÃO' que eu tomei, mas percebi que não era só comigo, rs. O ruim é que vc não recebe um motivo, eu bem gostaria de receber um de cada família.

Enfim, busquei bastante, não adicionava muitas, mas as que eu adicionava não davam certo, ou porque me negavam logo de cara, ou porque ao longo da conversa, sempre tinha algo que não batia. Beleza, desisti do GAP e resolvi esperar pelas famílias da agência. Quem acompanha meu blog a mais tempo, sabe o quanto meu aceite demorou a sair. Durante esse tempo, por desencargo de consciência, todo mês eu me logava no GAP dava um refresh básico no meu perfil pois quem sabe o destino não vinha até mim? Um dia, do nada, essa família me adicionou. Não mandou e-mail nem sinal de fumaça. Então, eu mandei um myself me apresentando. Não obtive logo uma resposta, mas nem precisei pois fiquei online e aí sim comecei a falar com famílias. Foi aí, nessa semana, que eles responderam meu e-mail.

Enquanto conversava com as famílias da APC, conversava com eles. Me encantaram desde o início, o perfil deles para mim era perfeito. Quando me ligaram, eu senti o 'filingui'. Ela era a mais animada das hosts, falava muuuito rápido e eu estava amando tudo, a descrição das crianças, da vida deles. Continuei falando com essa família esperando que a host tomasse alguma decisão, mas ela não tocava no assunto. As famílias continuavam me adicionando, e foi aí que surgiu aquela família maravilhosa da Califórnia. Fiquei MEGA balançada, muito divida mesmo, mas foi aí que avisei a minha host family atual da situação em que eu me encontrava. Dez minutos depois ela me ligou dizendo que queria sim que eu fosse au pair deles.

Desse dia até o dia do match, acho que passou um mês, rs. Foi MUITO tempo, nossa. MUITO tempo pra mim, pessoa ansiosa. E fala com referência, muda de agência, outra referência, referência não responde, e tira ou não tira férias...e só depois disso tudo o MATCH, finalmente. Parto de quadrigêmeos obesos, mas valeu a pena :) Estou muito feliz com a minha escolha.

O destino? Los Angeles, Califórnia.

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Edit: Sobre as malas no post anterior, percebi que muitos não entenderam bem o que eu falei. Eu não pretendo levar só a mala pequena não, rs. Eu vou levar a mala grande do Papi de qualquer maneira. É fato isso. Comprei a roxinha para levar como mala de mão, mas estava achando ela muito pequena, e pensei em talvez trocar ela pela média e despachar junto com a verde grande. Agora já mudei de idéia mesmo, vou ficar com a filhotinha roxa até porque não tenho mais a notinha de compra.

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Obrigada por cada comentário! :)

sábado, 17 de maio de 2008

Um pouco de tudo

Hoje teve Club Au Pair na STB como todo mês. Cada encontro tem um tema, mas o de hoje foi sessão cinema com o filme Uptown Girls(Grande Menina, Pequena Mulher). Já tinha assistido ao filme algumas vezes, mas nunca é demais assistir Dakota Fanning. Adoooro. Garotinha prodígio! Ela já está com o quê?! 12? 13 anos? E o filme também é bem legalzinho. Curti, foi uma tarde bem gostosa. E pensar que o primeiro club tinham menos de 10 meninas, e eu conhecia todas! Chegando lá hoje parecia que eu tinha entrado na sala errada, porque de todos os váaarios rostos eu só conhecia DOIS! Aos poucos foi chegando mais gente conhecida, claro, mas muitas já embarcaram. Parando para pensar, só tenho mais 2 clubinhos para comparecer O.O Que pensamento bizarro.

Falando em pensamento bizarro, eu tenho antecipado meu sofrimento (normal), imaginando o dia do meu embarque e eu morrendo de saudades dos meus pais. Brega, cafona e até infantil, mas como eu paro isso, hein? Nunca pensei me sentir assim, já que essa minha vontade de cair no mundo é bem antiga, quase uma necessidade. Mas agora que a coisa tá chegando e o avião tá só abastecendo pra decolar, tá dando aqueeele morcego no estômago. Alguém?

Voltando para o assunto inicial, de lá do clubinho fomos para o shops bater perna e...fofocar :) Delicinha. Futura au pair fofoca que é uma beleza, e vcs sabem o assunto, né? "Minha host isso, meu kid aquilo, curfew pra lá, presentes para cá". Tudo a mesma ladainha de sempre que a gente não cansa de falar. Aproveitei pra almoçar algo mais saudável (???) porque minha saúde tá sumindo, tô sentindo isso. Não tinha tomado café, só belisquei umas batatinhas e coloquei coca-cola pra dentro, aí já viu. Chegou no shopping estava meio lesada. Fui lá e fiz um pratinho básico com feijãozinho, arroz, kibe, bolinha de queijo, macarrão, maionese e zaz e zaz. SUPER LEVE... [fiu] pelo menos melhor do que os dias anteriores comendo só doce, bolo, salgado daqui, salgado dali. Me senti até revigorada (!). Agora já tô murcha de novo, mas daqui a pouco vou lá na cozinha resolver esse problema. Segundo meu pai, a única coisa que pode estregar meu ano nos States é a minha saúde. Acho que ele tá certo O.o Melhor eu me cuidar.

Aaaahhh, necessito de opinião quanto a mala. Tipo, tenho uma verde aqui novinha, mega grande, usada de Papi, porém nova. Daí comprei uma roxa, meio retrô (?) e pequena. Hoje estava eu vendo a média dela e comecei a achar a minha pequena demais. Close na foto:





A mala é roxa, juro!

E aí? Troco ou não troco? (se eu vou conseguir trocar são outros quinhentos, mas por hora foque na minha pergunta, ok?)

domingo, 11 de maio de 2008

As Famílias

Tenho que admitir que essa era a fase que eu mais temia do processo. Só de imaginar me subia aquele frio na espinha, ui! Imagine vc falar com um estranho por telefone em outro idioma O.O frightening. Pior, e se eu gostasse da família? O que eu poderia fazer para ser única, parecer melhor que as outras meninas aos olhos deles? E SE ELES NÃO GOSTAREM DE MIM?! Soma-se a isso o nervoso e tá feito, temos o pânico das ligações de possíveis candidatas a host families (???). Cada vez que eu pensava nessa etapa, três fio de cabelo branco brotavam. Triste!

(Não, a minha intenção não é assustar vc que está esperando o aceite, rs)

Fiquei sabendo que estava online minutos antes de ir pra faculdade, embora meu AuPair Room ainda me dissesse que meu application estava sendo revisado pela APC pela septuagésima quarta vez. Fui pra aula, afinal, eu ainda estudo, certo? A aula terminou, eu bem batendo aquele papo na frente da faculdade quando meu celular toca. Até aí normal. Olhei o número: 011. Até aí normal também. Devia ser a Vivo. Atendi, "Alô". Response: "Hello? May I speak to Isabela?". Aí não é normal. Corri igual uma louca pra dentro da faculdade, uma mãe segurando o celular, a outra tampando o ouvido, provavelmente uma cara de desespero e um "Hi, it's me" torto, tentando (em vão) paracer doce e calma. E assim começou a minha saga. Vamos à lista:

Família da Georgia 1:
1 menino de 4 anos e um bebê que está para nascer. A mãe é um amor, gostei muito dela, mas ainda não era a família. E aproveitando que não "bateu", já que eu posso escolher, prefiro crianças um pouco maiores e falantes.

Família da Georgia 2: (wth? qual o problema com esse estado, hein? As duas no mesmo dia!)
Essa não mandou e-mail nem ligou por uma semana, até que recebo uma ligação no meio do dia do marido dela. Na verdade, quando ele ligou eu fiquei meio que pensando se eu tinha deixado meu telefone no GAP e algum freak tinha resolvido me ligar, mas ao menos que eu estivesse realmente perdendo a memória, eu não tinha feito isso. O telefonema começou com perguntas do tipo "Vc é casada? Noiva? Tem namorado? Tem alguém que goste muito". Hello-ow?! Quem é VOCÊ? Nem se apresentou, não disse de onde era nem a que veio. Só adivinhei que ele era quem era porque eu já tinha lido a letter dessa família no site. Perguntou até a minha altura...HELP!

Mais tarde a hostmom me ligou e eu fiquei TÃO feliz que consegui sentir o sotaque do sul dela! Emocionei :') Depois ela me mandou um e-mail e tal, mas...não. 'Brigada.

Família de Maryland:
Assim, local ótimo, família parece ótima. Tinham gêmeos bem novinhos e um cotoco de 3anos. Não senti o feelING...Próxima!

Família da Virgínia 1:
Essa família é bem interessante. Uma criança só, a mãe violinista profissional, pertinho de D.C, porém 2 cachorros grandes dentro de casa(treinados...) e um gato. Eu mesma tenho duas cadelas, mas eu sei como as coisas funcionam aqui em casa, mas lá é terreno estranho. Seriam 2 cachorros que parecem da raça Pastor Alemão e um baby de menos de 1 ano. Pode ser que essa seja a família perfeita pra vc (eles pareciam bem legais), mas não era a minha.

Família da Califórnia 1:
Essa fez meu coração bater. Perfeita! Linda! Um cachorro de filme(óoon), uma casa charmosa, lugar ma-rá, e duas crianças com idades ótimas(e lindas ♥) pra mim: 1,5 e 3 anos. Manhê, eu quero! :D Quando tudo parecia ir bem, eles me dispensaram. Great ¬¬' Nessas horas eu adoraria uma explicaçãozinha, mas deixa quieto. Let's move on.

Família de New York 1:
Christian family procurando Christian Au Pair. Três meninos com cara de levado com idades em escadinha e a mãe é stay-at-home mom(ela é fotógrafa! :D 'dorei!) Quando eu expliquei que eu ia a "igreja" para ensinar as crianças e não para ir ao "culto", não deu. Mas a mãe é uma FO-FA e já achou uma au pair.

Família de Connecticut 1:
Família linda! Casal lindo, achei ela uma lady, haha. Duas crianças menores de 2 anos, pais professores e dois cães. O que pegou nessa foi o fato de que nem um mês após chegar lá eu teria que ficar sozinha na casa por uma semana. So-zi-nha. Não curti. Em menos de um mês nunca que eu teria um número suficientemente grande de amigos pra poder fazer uma festa na casa! (BRINCADEIRA, HAUHAUAHUAHUA) Mas sério, não me senti confortável. Vamos esperar então...

Família Califórnia 2:
Essa queria tomar logo uma decisão. Mãe falante e decidida. Tipo, pá-pum! Gêmeos de 7 meses e um menino de 5. Well, eu gostei deles, estavam buscando a 2º au pair, mas eu acho que a relação dela com a atual au pair não era muito boa pelo que ela falava...fiquei cabreira O.o E pode ter sido impressão minha, mas achei ela meio obsecada com limpeza/arrumação. Não sou bangunceira, mas pelo amoooor do meu saco imaginário, não me enche com arrumação que eu não gosto. Eu sei o que eu tenho que fazer, não preciso de alguém me lembrando 24hs no meu ouvido. Queriam fechar comigo. I had to decline, sorry.

Família de Wisconsin:
Gente, para tudo. O que eram as crianças dessa família? Liiiindas demais e com nomes super exóticos. Curti muito! Boas idades e tal, mas não bateu com os pais. Primeira au pair. Aliás, muitas famílias que me ligaram estavam em busca da primeira au pair...estranho. Quiseram fechar comigo também, ainda não era ali que eu ia armar minha barraquinha.

10º Família de North Carolina:
Essa mulher foi uma fofa! Pena não ter falado muito com ela. Passei logo adiante. Agradeci o interesse e zaz, disse que no momento meu interesse estava mais para morar na costa Oeste e ela me respondeu mega fofa me indicando a região do Oregon que era linda e que ela gostaria de morar lá, mas infelizmente ela não tinha nem família no estado. Amei! haha. Sugestão anotada :)

11º Família de New York 2:
Bom, bem profissionais também, primeira au pair, um ótimo ambiente famíliar, mas sei lá, rs.

12º Família Califórnia 3:
Amoooooooooooooooooores da minha vida! Amei! Amei! Amei! Tô falando com eles ainda. Mãe uma fo-fa, querem uma au pair só pra cuidar do filhos mesmo, no laundry needed. Vários benefícios e cara, mesmo sem benefícios eles são tudo de bom e as crianças...bom, as crianças são um caso a parte. Parecem crianças esculpidas, feitas na maquininha de crianças perfeitas(mas não tem manual e a fábrica não se responsabiliza pela personalidade). É uma família de filme, sério. Coisa de louco ♥ Quem fechar com eles vai se dar MUITO bem.

13º Família de Illinois:
Stay-at-home mom precisando de um extra set of hands. Três kids escadinha também, o pai muito educado, e tudo certinho e tal. Mas tinham algumas coisas going on com outra família, então passei para frente. Em seguida recebi um e-mail do pai dizendo que eles estavam tristes por não me terem como au pair deles <3 haha. Mesmo que não fosse total verdadeiro, achei fofo.

Depois dessa, tiveram mais 7 (Califórnia, Texas, Connecticut, Michigan, Indiana e Virginia) que eu nem cheguei a conversar pois já estava decidida. Enviei um email agradecendo o contato e desejando sorte. Nessa altura eu já estava em dúvida entre duas, sabia que seria uma delas, e por isso o post da dúvida que fiz aqui há uns dias. O pior disso tudo era ver as fotos das crianças. Se fosse por elas eu já estaria trabalhando em pelo menos 19 das 20 famílias que entraram em contato nesses 29 dias online.

• Resumo da ópera: Não é um bicho de sete cabeças receber ligações das famílias. Consegui entender super bem cada família que me ligou, com exceção daquelas em que a ligação estava ruim, claro. De resto, é tranquilo. Só não é tranquilo quando a família marca um horário para ligar. Pê-quê-pê total. É bom porque vc sabe que horas eles vão ligar, mas é ruim justamente por isso também, rs. Vc fica numa ansiedade tamanha que te consoooooome por dentro *.* hauhauhauhau. Eu pelo menos não consigo me concentrar em nada. Mas o sentimento de alívo depois, não tem preço. Não sei se com vcs é/foi assim.

Fique ligado: Se a família te adicionou, mas não entrou em contato, mexa-se! Já li em blogs e até no orkut meninas comentando que a família adicionou, mas não entrou em contato. Não fique esperando a família decidir se liga ou não para vc. Mande um e-mail se apresentando, foque na sua experiência com crianças e no final diga que está looking forward to hear from them. Falei com todas as famílias que me adicionaram, e quando o perfil me interessava de cara, eu nem pestanejava e já enviava logo um e-mail. Deu muito certo para mim. Caso a família te dispense ou vc não tenha gostado deles, seja educada sempre. Agradeça a atenção e o tempo que aquela família dedicou a vc, elogie-os. Todo mundo gosta de um compliment. Dessa maneira por mais que não tenha dado certo, eles ficarão com uma boa impressão de vc. Tudo que não precisamos é uma notinha negativa no app online, né? Isso pode arruinar o seu processo. Seu inglês não é lá muito bom? Aproveite os longos dias de espera pelo aceite para dar aquela estudada, porque pelo que eu vi, o inglês conta MUITO para eles. Eu tenho muito menos experiência do que a maioria das meninas, lembro até de ficar bem preocupada com isso quando estava preenchendo o application, e posso dizer hoje que isso não influenciou muito no meu processo. Aliás, não influenciou nada. Na minha opinião, um bom inglês impressiona e em segundo lugar vem a experiência em direção. Mas o que importa mesmo é vc ser sempre sincera. Não adianta falar que é pilota de fórmula 1 e chegar lá mal saber pegar no carro. Isso quebra a confiança da família em vc, pode até dar em rematch. Confiança é outro fator fundamental. Tudo menos passar insegurança no que fala. E fale o que vc pensa e não deixe de perguntar nada(claro que há maneiras e maneiras de saber as coisas, rs) e não feche com a família só porque ela é do local que vc sonhou a vida inteira morar. Não adianta eu ir para NY(exemplo cláaaassico) e ralar como uma corna, trancada em casa, sem poder curtir a cidade. Um bom relacionamento com os seus hosts conta muito no seu ano. Lembre-se que vc vai acordar todo dia e dar de cara com eles (Y) E nenhuma família é perfeita, nem a nossa. E lá será mais difícil ainda de lidar pois é uma cultura diferente. Então procure por uma família que tenha mais a ver com vc, com atividades e estilos de vida que vc acha que seria mais fácil de se adaptar. Faça uma lista de prioridades e trabalhe em cima delas. Conversando com a host de uma amiga, ela me disse coisas bem importantes e fundamentais para a minha escolha, como:

"host parents will be the ones you ultimately have to get along with. The kids in either family will love you"
"Your instincts tell you more than emails do"
"How about their lifestyles? Which one has a lifestyle that you will be more used to or comforable with? but remember...you will be in a different country. Everything is going to be different. So make sure things aren't so different you end uo homesick"


Só feche mesmo se sentir que é a certa e que vai ser feliz, pq vc não tá gastando dinheiro pra chegar lá fora e levar uma vida meleca, contando os dias para voltar para casa. E gente, tem famílias de todos os tipos, pra todos os gostos assim como esse mundão de meninas aí se inscrevendo no programa. Com certeza vc vai encontrar uma que vc se identifica e que ela também se identifique contigo :)

A propósito, ainda estou online, só que já estou decidida :) Breve trarei notícias concretas! :D

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HAPPY MOTHER'S DAY!!!