Memórias preciosas

Como uma boa canceriana, sou sentimental em excesso e muito emotiva. Meu verbo é recordar, e não é a toa. Tenho muitas lembranças e memórias maravilhosas, todas bem guardadas lá no fundinho do peito. O coração é como se fosse um grande salão, cheio de pessoas queridas indo e vindo, e memórias flutuando como música no ar. Existem memórias em que tive a necessidade de abrir uma sala especial e trancá-las lá dentro, não por serem ruins, mas por serem preciosas demais. Essas eu não visito com frequência, eu até evito, pq toda vez que abro a porta e as vejo lá dentro chega a doer lá fundo. É uma dorzinha fina e não é uma dor boa, mas é de uma lembrança maravilhosa. Engraçado, né? Por isso evito abrir essa porta sempre que posso, na esperança de um dia voltar a abrir e não mais doer, pois a lembrança que era do passado, fará parte do meu presente e do meu futuro.

Que assim se faça.